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Brasil fatura prata por equipes no Mundial de halterofilismo

Bruno Carra, Evânio Rodrigues e Mariana D’Andrea sobem ao pódio no encerramento da competição em Nur-Sultan, no Cazaquistão, e projetam repetir sucesso no Peru

Crédito: Ivo Felipe/CPB

Os paulistas Bruno Carra e Mariana D’Andrea e o baiano Evânio Rodrigues conquistaram neste sábado, 20, a medalha de prata na estreia internacional da disputa por equipes mistas, no Mundial Paralímpico de Halterofilismo, em Nur-Sultan, no Cazaquistão. O evento encerrou a competição e marcou o quarto pódio brasileiro no país centro-asiático: foram dois ouros e duas pratas. Onze halterofilistas do Brasil estiveram entre os 488 participantes de 76 países no Congress Center.

A equipe mista do Brasil se junta a Lucas Manoel (ouro na categoria até 49kg), Marcos Terentino (ouro até 54kg) e Vinicius Freitas (prata até 80kg), todos na versão Júnior (até 20 anos), como os medalhistas verde-amarelos neste Mundial. O Brasil igualou o número de pódios da campanha de dois anos atrás, na Cidade do México. Na ocasião, as láureas vieram com Lucas Manoel (ouro), Mateus de Assis (prata) e Vitor Afonso (bronze) entre os jovens, e, ainda, um bronze com Evânio Rodrigues, na divisão até 88kg, entre os adultos.

Neste sábado, dois times brasileiros estiveram entre os dez participantes da disputa por equipes mistas. Além do trio medalhista, a carioca Tayana Medeiros, o potiguar João Maria de França Júnior e o mineiro Mateus Assis ficaram com a sexta posição. Ao todo, dez times participaram do evento: Cazaquistão (A e B), Colômbia, Egito, México, Iraque e Ucrânia (A e B).

Bruno, Evânio e Mariana avançaram à semifinal com o terceiro maior número de pontos na fase classificatória. Os resultados foram pontuados sempre por meio da fórmula chamada AH, utilizada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) para igualar performances de atletas com pesos diferentes. Na semi, o Brasil superou a forte equipe colombiana. Na decisão, no entanto, esbarrou no favorito time do Egito, que levou o ouro. O bronze ficou com a Ucrânia.

“Eu estou muito feliz, sem nem palavras para explicar a sensação de ser medalhista em um Mundial de Halterofilismo. Saio daqui com o dever cumprido. Só tenho a agradecer ao meu treinador e às pessoas que fizeram parte desta conquista”, disse Mariana D’Andrea, 21, quarta colocada na disputa individual até 67kg, com um novo recorde das Américas (120kg).

Logo após a cerimônia de encerramento do Mundial de Nur-Sultan, os atletas brasileiros já começavam a pensar nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. O evento continental ocorrerá de 23 de agosto a 1º de setembro. Nove dos onze integrantes da delegação estarão também presentes no Parapan. Ao todo, 21 halterofilistas do país tentarão manter o Brasil no topo do quadro-geral de medalhas.

“Eu estou muito emocionado de subir ao pódio com os meus amigos de treino em Itu (SP), Bruno Carra, Mariana D’Andrea e nosso técnico, Valdeci Lopes. Estou muito feliz de ter representado bem nosso país. Mas quero chegar bem ao Parapan. Tenho alguns ajustes para fazer com o meu técnico, mas estou confiante de chegar lá e fazer o meu melhor”, disse Evânio Rodrigues, medalhista de prata nos Jogos Paralímpico do Rio 2016 e ouro no Parapan de Toronto 2015.

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