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Atleta olímpica e medalhista em Paris rompe com Confederação



A atleta olímpica e medalhista paralímpica em Paris-2024 usou as redes sociais para anunciar o rompimento de seu contrato com a entidade



Bruna Alexandre junto da equipe brasileira no pódio dos Jogos Pan-Americanos. Atleta está em litígio com a CBTM
Pódio da disputa por equipes femininas dos Jogos Pan-Americanos de 2023 (Foto de Miriam Jeske/COB @miriamjeske_)

Fim da linha para a relação entre Bruna Alexandre e a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Nesta semana, a atleta olímpica e medalhista paralímpica em Paris-2024 usou as redes sociais para anunciar o rompimento de seu contrato com a entidade. Sem dar detalhes sobre a motivação, Bruna reacendeu outros casos envolvendo a CBTM.  

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“Essa decisão é fruto de reflexões pessoais e profissionais e visa garantir o pleno respeito à minha autonomia, à minha saúde física e emocional e aos princípios que norteiam minha trajetória como atleta”, escreveu a atleta na publicação. O Olimpíada Todo Dia entrou em contato com a CBTM, mas não obteve retorno até a publicação da notícia. O texto será atualizado em caso de manifestação.

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Em Paris-2024, Bruna Alexandre fez história ao se tornar a primeira atleta a participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No tênis de mesa convencional, ela participou da equipe feminina ao lado das irmãs Bruna e Giulia Takahashi. Em seguida, retornou a capital francesa, onde conquistou medalhas de bronze no individual e nas duplas com Danielle Rauen. 

Bruna Alexandre - Tênis de Mesa Paris-2024
Bruna Alexandre nos Jogos Olímpicos de Paris (Foto: Gaspar )Nóbrega/COB

“Agradeço à confederação pela trajetória até aqui e reitero meu desejo de que o futuro da modalidade continue sendo construído com diálogo, inclusão e respeito mútuo. Seguirei a minha preparação de treinamento em um outro lugar”, concluiu.

Denúncia contra Calderano e suspensão de Jouti

Principal nome do tênis de mesa brasileiro, Hugo Calderano já entrou em rota de colisão com a CBTM. Em 2023, a confederação fez uma denúncia ao STJD da modalidade cobrando que o atleta usasse o uniforme da entidade em competições da Federação Internacional (ITTF sigla em inglês). O jornalista Demétrio Vecchioli contou essa história. 

Hugo Calderano chegou a ser punido com uma multa de 100 reais na época. Na Copa do Mundo de 2025, em que se sagrou campeão, ele competiu usando seu próprio uniforme.

Outro caso mais recente envolveu Eric Jouti, que integrou a Seleção Brasileira de tênis de mesa. No início de maio, o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) suspendeu o atleta por dois anos. A punição se baseou em cinco artigos do código de conduta ética do COB que tratam de questões como bullying, ameaça e assédio sexual.

Top-100 do ranking mundial com a 92ª segunda posição, Eric Jouti foi o reserva da equipe masculina em Tóquio-2020. No ciclo olímpico para Paris, o atleta chegou ao titular, sendo campeão dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Entretanto, Eric acabou de fora da seleção que embarcou para a capital francesa. Ele é o atual vice-campeão sul-americano de simples e ganhou a medalha de bronze na Copa Pan-Americana de 2025.

Quem é Bruna Alexandre?

Quando tinha seis meses, Bruna Alexandre precisou amputar seu braço direito por conta de uma injeção mal aplicada, que acabou evoluindo para uma trombose. Aos sete anos de idade, iniciou sua trajetória no tênis de mesa competindo ao lado de crianças convencionais. 

Na imagem, Bruna Alexandre comemorando vitória e classificação do Brasil.
Bruna Alexandre (Foto: WTT)

Atualmente com 30 anos, a catarinense coleciona medalhas em competições internacionais, convencionais e paralímpicas. Nas Paralimpíadas, soma cinco pódios, com dois bronzes (individual e duplas) na Rio-2016, uma prata (individual) em Tóquio-2020, além dos bronzes em Paris-2024. 

Além das Olimpíadas, Bruna também fez história nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago-2023. Na capital chilena, também se tornou a primeira brasileira a disputar os dois eventos. Não só isso, ela conquistou medalha em ambos, bronze por equipe feminina convencional.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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