Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

10 motivos para você acompanhar o esporte paralímpico

Na semana do Dia Nacional do Atleta Paralímpico, confira 10 razões pelas quais você não pode deixar de acompanhar o esporte paralímpico brasileiro

No último dia 22 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional do Atleta Paralímpico. Daqueles que defendem e alçam as cores do Brasil ao mais alto patamar mundial. Daqueles que são superação e inspiração. E por isso, para celebrar os nossos guerreiros, o Olimpíada Todo Dia preparou uma lista com 10 motivos para você acompanhar o esporte paralímpico brasileiro. Confira!

+ SIGA O OTD NO FACEBOOKINSTAGRAMTWITTER E YOUTUBE

1. Resultados e desempenho

Esporte Paralímpico
Brasil se tornou uma potência paralímpica mundial (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O esporte paralímpico brasileiro vive, talvez, seu melhor momento. Nos últimos anos, as modalidades têm tido resultados importantes, colocando o Brasil na elite mundial. E daqui menos de um ano, no dia 24 de agosto de 2021, terá início os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, onde país tem tudo para fazer ainda mais história. 

Em Pequim-2008, o Brasil quebrou pela primeira vez a barreira dos 10 primeiros colocados, terminando na nona posição do quadro de medalhas. Quatro anos depois, a delegação alcançou então seu melhor resultado até hoje, ficando em sétimo lugar, com 21 medalhas de ouro. E em casa, na Rio-2016, os brasileiros terminaram em oitavo, mas conquistaram o maior número de medalhas até agora: 72. 

+A importância da visibilidade do esporte paralímpico

No total, portanto, são 302 medalhas paralímpicas conquistadas desde a primeira participação do Brasil em Jogos Paralímpicos, em 1972, sendo que a primeira medalha veio apenas quatro anos depois. Isso sem contar o desempenho em Mundial e Pan-Americanos. Por isso, a expectativa para Tóquio-2020 é das melhores possíveis!

2. 152 classificados e contando

Esporte Paralímpico
Delegação brasileira nas Paralimpíadas cresce a cada edição (Twitter/cpboficial)

Até agora, o Brasil já tem 152 classificados para Tóquio-2020, mas o número deve aumentar bastante até lá. Primeiro porque algumas vagas ainda estão em disputa, por causa da paralisação do calendário pela pandemia de coronavírus. E segundo, porque outras vagas, garantidas antes da pandemia, carecem de confirmação, já que os critérios nacionais de convocação estão em processo de revisão.

+Confira a lista completa de brasileiros classificados para Tóquio-2020

De Pequim-2008 para cá, o Brasil aumentou e muito a sua delegação. Nos Jogos Paralímpicos na China, foi a primeira vez que o país passou dos 100 atletas, levando 188. Em Londres-2012 foram 182 e na Rio-2016, por ter sido país sede, o Brasil teve sua maior delegação até agora, com 286 atletas. 

3. Estrutura de alto nível

CT Paralíimpico do CPB
Centro de Treinamento do CPB fica em São Paulo (Divulgação/Rededoesporte.gov.br)

Você já ouvir falar no Centro de Treinamento Paralímpico do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro)? Ele fica em São Paulo e proporciona aos atletas uma estrutura de altíssimo nível, sendo referência no Brasil e na América. Tem uma área total de 130 mil m², sendo 95 mil m² de área construída.

+Conheça o CPB, a casa do esporte paralímpico no Brasil

O complexo abriga 15 modalidades, além de alojamentos, academia, Centro de Medicina e Ciência do Esporte, e muito mais. O local recebe também treinamentos, competições e intercâmbios das seleções brasileiras e tem sido fundamental para o desenvolvimento do esporte paralímpico do país. Por fim, o CT Paralímpico vai além do alto rendimento, proporcionando programas de iniciação esportiva para crianças.

4. Conhecendo novos esportes

Bocha
A bocha é um dos esportes a serem conhecidos no movimento paralímpico (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Você conhece o goalball? Ou já ouvir falar da bocha? Pois bem. Acompanhar o movimento paralímpico significa conhecer novas modalidades. Ao todo, são 22 esportes incluídos no programa das Paralimpíadas, alguns diferentes do que estamos habituados a ver no olímpico. Você sabia que o goalball é a única modalidade que não é adaptada? Ou seja, é um esporte especificamente criado para pessoas com deficiência visual?

E a bocha? Você sabia que ela é disputada por atletas com alto grau de paralisia cerebral ou deficiências severas? E que a modalidade teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos, chamado então de lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama? E foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha em Jogos? 

Esses são dois dos exemplos de diversidade esportiva que os Jogos Paralímpicos apresentam. Então por que não aproveitar para conhecer mais modalidades? 

5. O CR7 do goalball

Leomon Moreno - Esporte Paralímpico
Leomon Moreno, o CR7 do goalball (Instagram/leomonmorenooficial)

E falando em goalball, a modalidade tem um melhor jogador do mundo e ele é brasileiro. Leomon Moreno é o principal nome do esporte e peça fundamental na ascensão meteórica da modalidade no Brasil nos últimos anos. E quando foi contratado para defender o Sporting, de Portugal, foi anunciado como “CR7 do goalball”. 

+Goalball vai a Tóquio como favorito e para coroar ascensão

Leomon esteve presente na seleção desde 2011, quando o crescimento começou de fato, com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. De lá para cá, eles foram campeões em 2015 e 2019, além de bicampeões mundial e conquistaram uma prata e um bronze paralímpico. Agora, o CR7 do goalball quer levar o Brasil à cereja do bolo, com o ouro em Tóquio-2020.

6. Futebol de 5: uma tradição

Futebol de cinco
Brasil é tetracampeão paralímpico no futebol de cinco (Washington Alves/Exemplus/CPB)

Poucas hegemonias no mundo do esporte são tão fortes quanto a do Brasil no futebol de cinco! A modalidade, adaptada para deficientes visuais, entrou no programa paralímpico apenas em Atenas-2004. E de lá para cá, o país conquistou todas as quatro medalhas de ouro possíveis. Assim, a seleção brasileira chegará na disputa de Tóquio-2020 como fortíssimo candidato para conquistar o pentacampeonato!

+Dominante no futebol de cinco, Brasil busca penta em Tóquio

Além disso, o Brasil ainda é cinco vezes campeão mundial de futebol de cinco, com as conquistas em 1998, 2000, 2010, 2014 e 2018. E conta ainda com Ricardinho, atleta eleito três vezes o melhor jogador do mundo da modalidade! 

7. Maior atleta paralímpico da história do Brasil

Daniel Dias
Daniel Dias tem 24 medalhas paralímpicas (Divulgação)

Sim, ele existe! E seu nome é Daniel Dias. Ele é o brasileiro com maior número de medalhas paralímpicas conquistadas e o 10º maior do mundo, com 24 medalhas, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. 

Além disso, ele é o maior medalhista da história da natação paralímpica masculina e ainda é o maior medalhista brasileiro em Mundiais com incríveis 40 medalha (31 ouros, sete pratas e dois bronzes). E o melhor de tudo: o show continua em Tóquio-2020!

8. O paralímpico mais rápido do mundo é nosso

Petrúcio Ferreira
Petrúcio é o atual recordista mundial nos 100 m (Ale Cabral/CPB)

Se a Jamaica tem Usain Bolt, o Brasil tem Petrúcio Ferreira! O paraibano é o paratleta mais rápido do planeta e da história! Ele é o atual campeão paralímpico nos 100 m na classe T47 e bicampeão mundial da prova, com o recorde de 10s42. E soma-se ainda mais dois ouros em mundiais, nos 200 m, em 2017, e nos 400m, em 2019. 

+Legião de campeões vai brilhar no atletismo paralímpico

Mas quebrar recordes mundiais já é rotina na vida de Petrúcio Ferreira, já que a marca anterior também era dele, 10s50, obtida em junho do ano passado durante o Grand Prix de Atletismo Paralímpico. E isso tudo, aos 23 anos! Ele ainda tem muito para aprontar nas pistas ao redor do mundo!

9. Promessas

Maria Carol Santiago
Maria Carol Santiago entrou para o esporte paralímpico há pouco mais de um ano (Ale Cabral/CPB)

Não é “só” dos últimos e excelentes resultados que o esporte paralímpico brasileiro vive. A nova geração do Brasil já tem grandes e promissores nomes para Tóquio-2020 e os Jogos que virão. Quem puxa a fila é a natação, com Maria Carolina Santiago e Wendell Belarmino. 

Apesar de ter 34 anos, Maria Carolina Santiago adotou o esporte paralímpico há pouco mais de dois anos e já foi campeã mundial em duas provas em 2019. Já Wendell Belarmino tem somente 22 anos, mas já é um grande nome da elite da natação. Ele conquistou seis medalhas em Lima-2019, sendo quatro de ouro, e três no mundial, chegando como favorito em Tóquio.

+Renovada, natação paralímpica brigará no topo daqui a um ano

Além da natação, o judô conta com uma atleta para lá de promissora. Alana Maldonado tem 25 anos, foi vice-campeã paralímpica na Rio-2016 e campeã mundial em 2018, a primeira atleta a alcançar tal feito no judô paralímpico feminino. Assim, ela vai em busca do ouro em 2021.

10. Promovendo a inclusão

Esporte Paralímpico
Todos são bem-vindos no movimento paralímpico (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

O movimento paralímpico é um exemplo de plataforma de inclusão. Ele abre as portas à pessoas com deficiência, seja ela de nascença ou adquirida, e as faz se sentirem valorizadas. Nele, são todos iguais e todos podem ser aquilo que sempre sonharam. Os paratletas querem ser reconhecidos como pessoas produtivas e eficientes assim como de fato são e assim como qualquer outro cidadão. Eles são atletas de alto rendimento e ponto final.

+Acessibilidade e o papel do esporte na conquista de melhorias

Não tem diferença, discriminação. É todo mundo igual, fazendo o que ama e mostrando que nada é impossível. O esporte paralímpico quebra estereótipos. E mais do que isso, ele dá às pessoas oportunidade e propósito como poucas outras áreas dão.

Mais em Paralimpíada Todo Dia