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Os Olímpicos

Prévias Pequim-2022 – Esqui Alpino Feminino e Equipe

Na parte final do esqui alpino, as 5 provas femininas e a curiosa prova por equipes, que fez sua estreia em PyeongChang-2018.

O programa olímpico feminino do esqui alpino sempre foi igual ao masculino. As mulheres fizeram sua estreia em Garmisch-Partenkirchen-1936 com a prova combinada, voltaram em St. Moritz-1948 após a Guerra também com o slalom e o downhill. Em Oslo-1952, o slalom gigante fez sua estreia e em Calgary-1988 teve início o Super-G.

Downhill feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Sofia Goggia (ITA); Prata – Ragnhild Mowinckel (NOR); Bronze – Lindsey Vonn (USA)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Corinne Suter (SUI); Prata – Kira Weidle (GER); Bronze – Lara Gut-Behrami (SUI)

A prova de downhill é a mais rápida do esqui alpino e com a pista mais longa e com maior queda vertical. Ela chegam a ter até 3km com uma queda de uns 800m. Cada atleta desce apena suma vez e vence quem fizer o melhor tempo.

Assim como na versão masculina, fez sua estreia nos Jogos em St. Moritz-1948 e foi dominada por Áustria e Suíça. Em 19 disputas olímpicas, os dois países somam 5 ouros e 4 pratas, mas as austríacas tem 7 bronzes contra 2 das suíças. Em Sochi-2014, ocorreu um curioso empate pelo ouro entre a suíça Dominique Gisin e a eslovena Tina Maze.

Campeã olímpica em PyeongChang-2018, a italiana Sofia Goggia segue como a grande favorita ao ouro nesta prova. Ela venceu as 7 últimas etapas da Copa do Mundo que disputou, sendo quatro na temporada 2020-21 e três nesta atual, chegando a 11 vitórias e 20 pódios apenas no downhill. Um dos maiores nomes do esqui alpino atual é o suíça Lara Gut-Behrami, que tem apenas um bronze olímpico em 2014, mas no Mundial de 2021 fi ouro no Super-G e no slalom gigante, além do bronze nesta prova. Ela tem 33 vitórias em Copas do Mundo sendo 11 no downhill. Outra suíça favorita é a atual campeã mundial Corinne Suter, que já soma 4 medalhas em Mundiais, mas busca sua 1ª olímpica, após o 6º lugar em 2018.

Já do outro lado da fronteira, na Áustria, a equipe tem nomes de peso como Mirjam Puchner, Ramona Siebenhofer e Cornelia Hütter. Nenhuma tem medalhas em Mundiais ou Olimpíadas, mas são presenças constantes nos pódios da Copas do Mundo. Vale ficar de olho na estadunidense Breezy Johnson. Apesar de nunca ter vencido uma etapa de Copa do Mundo, tem 7 pódios, sendo três pratas nesta temporada. Outro nome importante é o da eslovena Ilka Stuhec. Ela surgiu pro mundo em 2017, venceu o título da Copa do Mundo, mas uma lesão a tirou dos jgoso de 2018. Em compensação, é bicampeã mundial em 2017 e 2019.

Minha aposta: Ouro – Sofia Goggia (ITA); Prata – Corinne Suter (SUI); Bronze – Breezy Johnson (USA)

Super-G feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Ester Ledecká (CZE); Prata – Anna Veith (AUT); Bronze – Tina Weirather (LIE)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Lara Gut-Behrami (SUI); Prata – Corinne Suter (SUI); Bronze – Mikael Shiffrin (USA)

O slalom super gigante, mais conhecido como Super-G, foi a última prova individual a estrear nos Jogos, em Calgary-1988. Em 9 disputas olímpicas, a Áustria lidera sozinha com 4 ouros. Vale lembrar que foi nesta prova em PyeongChang-2018 que tivemos uma das maiores surpresas, quando a checa Ester Ledecká, um grande nome do snowboard, surpreendeu todas e levou o ouro por apenas 0.01 sobre a favorita austríaca Anna Veith, que buscava o bicampeonato. Alguns dias depois, Ledecká levaria seu 2º ouro ao vencer o slalom gigante paralelo no snowboard, se tornado a 1ª mulher da história a vencer ouros em esportes diferentes em uma mesma Olimpíada.

A suíça Lara Gut-Behrami venceu esta prova no último Mundial, assim como o slalom gigante. Ela tem ainda uma prata e um bronze em mundiais e dois quartos lugares seguidos em Olimpíadas. São 17 vitórias em Copas do Mundo para ela apenas no Super-G e 28 pódios. Nesta temporada, ela teve que se afastar de algumas etapas após contrair Covid, mas segue como uma das favoritas. Na sequência, temos o trio italiano que vem obtendo grandes resultados nas últimas temporadas. Sofia Goggia tem todo o favoritismo no downhill, mas já venceu duas etapas do Super-G nesta temporada e foi prata no Mundial de 2019. Federica Brignone tem 17 vitórias em Copas do Mundo sendo 5 nesta prova. Elena Curtoni fecha a equipe, com um título mundial júnior no currículo.

A americana Mikaela Shiffrin, talvez o maior nome do esqui alpino desde a grande croata Janica Kostelic, não pode ser ignorada. Apesar de ser favorita no slalom e no slalom gigante, Shiffrin já venceu quatro Super-Gs na carreira e foi campeã mundial em 2019. Ela é a úinica esquiadora da história entre homens e mulheres a ter pelo menos uma vitória em cada uma das 6 disciplinas do esqui alpino em Copas do Mundo. A norueguesa Ragnhild Mowinckel conquistou duas pratas em PyeongChang-2018 e carrega bons resultados também nesta prova. E, claro, não mpodemos deixar de lado a armada austríaca, que sempre pode surpreender, como Ramona Siebenhofer, Tamara Tippler, Mirjam Puchner e Cornelia Hütter.

Minha aposta: Ouro – Sofia Goggia (ITA); Prata – Lara Gut-Behrami (SUI); Bronze – Federica Brignone (ITA)

Slalom gigante feminino

Mikaela Shiffrin (USA)

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Mikaela Shiffrin (USA); Prata – Ragnhild Mowinckel (NOR); Bronze – Federica Brignone (ITA)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Lara Gut-Behrami (SUI); Prata – Mikaela Shiffrin (USA); Bronze – Katharina Liensberger (AUT)

O slalom gigante, diferente das duas provas anteriores, conta com duas descidas, cujos tempos são somados. As 30 melhores da 1ª descida competem na 2ª em ordem inversa. Em Copas do Mundo, apenas 30 fazem a 2ª descida, mas em mundiais e Olimpíadas, todas que completarem a 1ª tem uma segunda chance para definir sua classificação final, mas competem depois das 30 melhores. Esta prova é mais técnica que as duas anteriores, que são mais de velocidade. Aqui, as curvas são um pouco mais fechadas, mas o percurso ainda é um pouco longo, com por volta de 400-500m de diferença entre a largada e a chegada. Em 18 disputas olímpicas, quem tem mais vitórias aqui são os Estados Unidos, com 4 ouros. Potência no esqui alpino, a Áustria nunca venceu um slalom gigante feminino em Olimpíadas.

A americana Mikaela Shiffrin é o grande nome desta prova. Com apenas 26 anos, ela vem batendo todos os recordes do esporte e já tem 14 vitórias em Copas do Mundo e 30 pódios nesta prova, além de ser a atual campeã olímpica, embora nunca tenha vencido o ouro em Mundiais. Apesar da sua força, aqui ela não é a favorita absoluta e outras esquiadoras chegam muito fortes, como a sua principal rival da atualidade, a eslovaca Petra Vlhová, que foi campeã mundial em 2019 e tem 5 vitórias em Copas do Mundo.

A francesa Tessa Worley é bicampeã mundial aqui, com títulos em 2013 e 2017, tem 15 vitórias e 33 pódios em Copas do Mundo, todos no slalom gigante. Já a italiana Marta Bassino brilhou na temporada passada vencendo quatro etapas da Copa do Mundo, mas foi apenas 13ª no mundial. Esse ano teve problemas em duas etapas, não terminando suas descidas, mas já conseguiu um pódio. Também ficar de olho na sueca Sara Hector, que vem fazendo uma ótima temporada, na austríaca Ramona Siebenhofer, na suíça Michelle Gisin e na norueguesa Ragnhild Mowinckel.

Minha aposta: Ouro – Mikaela Shiffrin (USA); Prata – Tessa Worley (FRA); Bronze – Petra Vlhová (SVK)

Slalom feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Frida Hansdotter (SWE); Prata – Wendy Holdener (SUI); Bronze – Katharina Gallhuber (AUT)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Katharina Liensberger (AUT); Prata – Petra Vlhová (SVK); Bronze – Mikaela Shiffrin (USA)

Assim como no slalom gigante, a prova de slalom é formada por duas descidas cujos tempos são somados. Prova mais técnica de todas, tem descidas mais curtas, mas com muitas curvas fechadas, muitas portas que podem confundir um leigo na modalidade. É disputada nos Jogos desde St. Moritz-1948 e, em 19 edições, tem também os Estados Unidos como maior vencedor, com 4 ouros. Mas 11 países já venceram esta prova nos Jogos.

Se no slalom gigante ela já é uma das melhores, no slalom a americana Mikaela Shiffrin reinou absoluta por muito tempo. A espetacular americana tem incríveis 46 vitórias em etapas da Copa do Mundo e 65 pódios apenas no slalom. Sue primeira vitória foi em dezembro de 2012 quando tinha apenas 17 anos. Ela venceu esta prova em quatro Mundiais seguidos, de 2013 a 2019 e foi bronze no de 2021. Se tornou a campeã olímpica mais jovem da história no slalom quando venceu em Sochi-2014 próxima de completar 19 anos, mas e PyeongChang-2018 acabou num amargo 4º lugar. Shiffrin disputou na carreira 13 provas em mundiais e tem 11 medalhas. Inegavelmente uma das maiores da história.

Mas a eslovaca Petra Vlhová evoluiu tanto nos últimos anos que tem derrotado a americana por várias vezes. Vlhová soma 16 vitórias no slalom e 32 pódios e tem uma prata e um bronze em Mundiais. Até hoje, foram 5 provas de slalom na temporada e a eslovaca venceu quatro e foi prata na outra. Aqui o duelo promete. Mas quem foi campeã mundial em 2021 foi a austríaca Katharina Liensberger. Ela fez uma grande temporada passada, com duas vitórias e oito pódios em nove etapas de slalom, além do Mundial. Nesta temporada, vem tendo resultados médios, mas já pegou dois pódios. A suíça Wendy Holdener foi prata na última Olimpíada e já esteve em 28 pódios em Copas do Mundo no slalom, apesar de nunca ter vencido uma prova. Outras que tem boas chances de pódio são a também suíça Michelle Gisin, a alemã Lena Dürr, a sueca Sara Hector e as eslovenas Andreja Slokar e Ana Bucik.

Minha aposta: Ouro – Petra Vlhová (SVK); Prata – Mikaela Shiffrin (USA); Bronze – Wendy Holdener (SUI)

Combinada feminina

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Michelle Gisin (SUI); Prata – Mikaela Shiffrin (USA); Bronze – Wendy Holdener (SUI)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Mikaela Shiffrin (USA); Prata – Petra Vlhová (SVK); Bronze – Michelle Gisin (SUI)

Foi esta prova que começou tudo nos Jogos Olímpicos, em Garmisch-Partenkirchen-1936. No formato olímpico atual, as atletas fazem uma descida de downhill e depois um slalom, cujos tempos são somados. Ela mede a atleta mais completa, que consegue ir bem na prova de alta velocidade e também na mais técnica. Foram 11 disputas olímpicas, já que ela foi retirada do programa entre 1952 e 1984, voltando em Calgaruy-1988. A Alemanha é a maior vencedora com quatro ouros, sendo dois de Maria Riesch em 2010 e 2014. Apesar de histórica, a prova vem cada vez sendo menos disputada no circuito da Copa do Mundo, muitas vezes nem sendo disputada, mas é presença fundamental em Mundiais e Olimpíadas.

Mikaela Shiffrin é novamente enorme favorita aqui, já que tem uma ótima prova de downhill e além disso é uma das melhores da história no slalom. Ela é a atual campeã mundial e vice olímpica. Apesar de raramente se arriscar no downhill, a eslovaca Petra Vlhová foi prata na combinada nos dois últimos Mundiais e consegue se recuperar com sua excelente prova de slalom. Já a suíça Wendy Holdener é bicampeã mundial da prova, vencendo em 2017 e 2019 e foi bronze em PyeongChang-2018. Também de olho na suíça Michelle Gisin, que é a atual campeã olímpica, na versátil norueguesa Ragnhild Mowinckel, na italiana Elena Curtoni e na austríaca Ramona Siebenhofer.

Minha aposta: Ouro – Mikaela Shiffrin (USA); Prata – Michelle Gisin (SUI); Bronze – Petra Vlhová (SVK)

Prova por equipes

Evento por equipes é disputado em pistas paralelas

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Suíça; Prata – Áustria; Bronze – Noruega

Pódio último mundial (2021): Ouro – Noruega; Prata – Suécia; Bronze – Alemanha

Última adição olímpica, a prova por equipes fez sua estreia apenas em PyeongChang-2018, mas é disputada em mundiais desde 2005, apesar de ter tido diferentes formatos. No formato atual, as equipes são compostas por até 3 homens e 3 mulheres, mas apenas 2 de cada gênero competem em um confronto. A prova tem um formato de chave, com confrontos diretos entre equipes, se iniciando nas 8as de final, até as disputas de medalha. O confronto começa com uma mulher contra outra em pistas paralelas e curtas, onde a descida dura pouco mais de 20s. No 2º confronto, a disputa é entre dois homens, depois outras duas mulheres e outros dois homens. A equipe que vencer mais disputas avança de fase. Se por acaso empatar em 2-2, soma-se o tempo da melhor mulher com o melhor homem de cada equipe e vence quem tiver o menor tempo. Para dar equilíbrio, os atletas vão alternando de pista. Se a 1ª mulher da equipe A desceu na pista da direita, a 2ª mulher da equipe A vai descer na pista da esquerda. O mesmo vale para os homens.

A final olímpica quatro anos atrás foi entre as duas maiores potências do esporte: Áustria e Suíça. E os suíços venceram por 3-1. Já no último Mundial a Noruega se sagrou campeã com 3-1 sobre a Suécia. Em Pequim, Suíça e Áustria chegam novamente como favoritas, com muitos nomes fortes no slalom e slalom gigante, provas que mais se assemelham a essa pista da disputa por equipes. A França com Tessa Worley, Alexis Pinturault e Clément Noël também chega fortíssima em busca do título, assim como as sempre fortes Noruega e Alemanha.

Minha aposta: Ouro – Suíça; Prata – França; Bronze – Áustria

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