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Tóquio 2020

‘Façam o que foi treinado e divirtam-se’, dizem Virna e Maurício para os atletas

Entre os maiores nomes do vôlei brasileiro em Jogos Olímpicos, Virna e Maurício pensam que o mais difícil já foi e os atletas precisam focar e se divertir

Virna e Mauricio

Em mais uma live no Instagram do Time Brasil com o Olimpíada Todo Dia, Virna e Maurício, donos de dois bronzes e dois ouros pela selção brasileira de vôlei, conversaram, nesta sexta-feira (16), sobre a expectativa para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Com experiência olímpica de sobra, a dupla é bem direta ao falar sobre o que eles pensam que os atletas tem que fazer no Japão. “Divirtam-se, o pior já foi. A hora chegou, faça o que foi treinado e divirtam-se”.

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Faltando cerca de uma semana para a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, os atletas começaram a não só chegar na capital japonesa como na vila dos atletas. Na conversa nesta sexta-feira, Virna e Mauricio lembraram histórias e deixaram claro que sabem que a ansiedade é normal e esperada.

“Ansiedade começa quatro anos antes quando você se prepara para esse sonho. É o sonho de qualquer jogador. É uma adrenalina muito grande, uma preparação grande. Independe dos resultados, será uma Olimpíada de superação. É muito emocionante isso tudo. Acompanhar a chegada dos atletas, ver eles chegando naquela ansiedade”, comentou Virna.

“Olimpíada é diferente. É diferente de tudo que a gente já viveu. Olimpíada é foco e a ansiedade é grande. Eu tive o privilégio de participar de cinco e ganhar duas. O ponto mais alto de um atleta é a Olimpíada. Eu fui para cinco e em todas existiu essa ansiedade. Esse ano é muito maior, porque é um ano diferente, uma Olimpíada diferente de todas as outras. Sinceramente falando, a união, que é a marca dos Jogos Olímpicos, vai ser diferente por conta das questões de isolamento e a falta de contato. Todos que estão nela estão preparados para vencer. Todos que estão nos Jogos Olímpicos podem ganhar”, disse Maurício.

De Olimpíada eles entendem

Cinco participações olímpicas e duas medalhas de ouro. Esse é o retrospecto do ex-levantador Maurício quando falamos de Jogos Olímpicos. Entre as edições de Seul-1988 e Atenas-2004, o ex-jogador esteve presente em todas e se lembra de como tudo aconteceu de maneira rápida na sua carreira.

“Minha primeira Olimpíada aconteceu muito rápido. Comecei a jogar em 1982 por conta daquela geração do Xandô e companhia. Cinco anos depois, eu estava embarcando para Seul para os Jogos Olímpicos com eles. Eeu estava indo para a Dineylândia. Foi um sonho realizado. Claro que a segunda também foi marcante por conta do resultado, mas a primeira foi única. A adrenalina, a ansiedade, o frio na barriga não muda. Você pode ir mais experiente, mas o sentimento não muda”.

Virna não fica atrás do ex-levantador da seleção brasileira masculina. Presente em três edições dos Jogos Olímpicos como atleta, a ex-atacante do Brasil fez parte da equipe que travou verdadeiras batalhas contra Cuba nos anos 90 e voltou para o país com duas medalhas de bronze e um quarto lugar.

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O que esperar do vôlei?

Com quatro medalhas e oito participações olímpicas reunidas, Virna e Maurício foram perguntados sobre o que é possível esperar do Brasil nas quadras e areias de Tóquio no vôlei. Segundo os dois, temos chance de voltar com a bagagem lotada de medalhas do Japão.

“Eu vejo o feminino com cinco equipes com condições de ganhar o ouro. China, Estados Unidos, Brasil, Itália e Sérvia podem chegar ao pódio. Acho que se o feminino chegar ao pódio, já está ótimo. No masculino eu já penso que somos favoritos. Sei que a Polônia, Rússia e França estão muito forte, mas acho que o Brasil está um pouco acima”, comentou Virna.

“O Brasil não é o favorito no feminino. A China, Estados Unidos, Sérvia e Itália são os favoritos. A seleção brasileira é o grande time. Nós temos um conjunto muito bom e se jogar desse jeito pode chegar ao pódio. Não podemos deixar de lado e duvidar de um José Roberto Guimarães. No masculino, o Brasil é muito favorito. Se não ganhar é uma zebra. Nós temos um tripé com Leal, Lucarelli e Wallace que ninguém mais tem. O Brasil chega em Tóquio como o grande favorito”, completou Maurício.

Nas areias, a situação não é diferente. Com dois campeões olímpicos presentes, as quatro duplas chegam no Japão entre as candidatas ao pódio. “Temos chances de sair do Japão com quatro medalhas. Ágatha e Duda estão muito bem, jogando em um nível muito bom. Ana Patrícia e Rebeca não ficam atrás. No masculino, a parada que a Evandro e Bruno deram por conta da Covid-19 foi complicada, mas eles retomaram agora em bom nível. Alison e Álvaro estão bem também, e as duas duplas tem um campeão olímpico e, nessas horas, isso faz muita diferença”, finalizou Virna.

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