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COI tomará decisão sobre Tóquio 2020 em quatro semanas

Manifestações de entidades e atletas, em razão da pandemia do coronavírus, teve peso decisivo na decisão tomada neste domingo

Thomas Bach, do COI em mensagem de abertura de 2020 - Foto Hanna Lassen / Getty Images
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (Divulgação)

A pressão internacional e a gravidade da situação da pandemia do coronavírus, foram decisivos para que o COI (Comitê Olímpico Internacional) resolvesse se mexer. Neste domingo (22), após uma reunião de emergência com os membros do Conselho Executivo da entidade, foi estabelecido um prazo de quatro semanas para definir um adiamento da Olimpíada de Tóquio.

Até o momento, a pandemia que já atinge 189 países em todo o planeta, com mais de 13 mil vítimas fatais.

Na reunião, ficou definido que não há a possibilidade de cancelamento dos Jogos. Esta situação, que só ocorreu durante as duas Guerras Mundiais, em 1916, 1940 e 1944, está descartada.

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” O COI, em total coordenação e parceria com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o Governo Metropolitano de Tóquio, iniciará discussões detalhadas para concluir sua avaliação do rápido desenvolvimento da situação mundial da saúde e seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo o cenário de adiamento. O COI está confiante de que finalizará essas discussões nas próximas quatro semanas e aprecia muito a solidariedade e a parceria dos comitês olímpicos nacionais e federações internacionais, no apoio aos atletas e na adaptação do planejamento dos Jogos”, diz o comunicado do COI.

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Thomas Bach, presidente da entidade, fez uma direcionada aos atletas, na qual reforçou a preocupação com a saúde de todos.

“As vidas humanas têm precedência sobre tudo, incluindo a realização dos Jogos. O COI quer fazer parte da solução Portanto, tornamos nosso princípio principal proteger a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus. Desejo, e todos estamos trabalhando para isso, que a esperança que tantos atletas, CONs e FIs dos cinco continentes tenham expressado seja cumprida: que no final desse túnel escuro todos estamos passando juntos, sem saber por quanto tempo é, a chama olímpica será uma luz no fim deste túnel”, escreveu Bach.

MUDANÇA DE ATITUDE

A cúpula do COI foi obrigada a tomar uma posição mais firme em razão das inúmeras manifestações nos últimos dias. Comitês olímpicos, entidades esportivas e atletas, todos defendendo o adiamento diante do aumento de casos de infecção pelo coronavírus nas últimas semanas.

Entre as vozes contrárias para que a Olimpíada ocorra este ano, destacam-se o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), que emitiram notas oficiais pedindo adiamento. Duas das mias importantes federações esportivas dos Estados Unidos, da natação ( USA Swimming) e do atletismo ( USA Track & Field) também solicitaram o adiamento ao Comitê Olímpico e Paralímpico do país (USOPC) .

Neste final de semana, uma pesquisa por teleconferência feita com 300 atletas da delegação dos Estados Unidos apontou que 70% defendeu o adiamento.

Todo o calendário esportivo está suspenso em razão da pandemia. Além disso, normas severas de quarentena estão sendo aplicadas em diversos países, impedindo que os atletas nem consigam treinar.

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