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Paris 2024

Carol Santiago supera pressão da torcida francesa para ser ouro

Após levar o título nos 100m costas da classe S12, a nadadora pernambucana contou a sensação de competir diante da enorme pressão da torcida da casa

Carol Santiago no pódio dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 (Foto: Silvio Ávila/CPB)
Carol Santiago no pódio dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 (Foto: Silvio Ávila/CPB)

No terceiro dia da natação nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, a pernambucana Carol Santiago brilhou na piscina da La Défense Arena, ao levar o ouro na prova dos 100m costas para a classe S12 (destinada aos atletas com uma deficiência visual pequena. Depois da disputa, ela contou como foi competir diante dos gritos da torcida francesa, já que a brasileira estava nadando junto com Léane Morceau, atleta da casa.

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“Eu tive uma pressão bem específica que foi entrar nessa prova. Tinha uma francesa, então o pessoal estava gritando e torcendo muito. Léo (treinador da brasileira) já tinha me falado: ‘Vai prestando atenção, que tem francês na prova e o torcedor vai gritar muito’. E eu fazia: ‘Tão torcendo pra mim! Olha quanta torcida pra mim!’. Mas também faço um trabalho muito sério psicológico, tenho dois profissionais comigo. Confesso que a gente ainda treme com a torcida, mas estou preparada para isso e só está impulsionando ainda mais”, contou Carol após sair da piscina.

Mudança de clima em relação à Tóquio

Esta foi a sexta medalha da nadadora pernambucana de 39 anos em Jogos Paralímpicos. Em Tóquio-2020, Carol Santiago conquistou o ouro nos 50m livre, 100m livre e 100m peito, prata no revezamento 4x100m livre misto de 49 pontos e bronze nos 100m costas. Na época, o torneio foi realizado sem a presença do público, por conta da pandemia da Covid-19. Ela também ressaltou a diferença do ambiente da edição passada para o atual na capital francesa.

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“Eu digo que foi diferente. Em Tóquio, eu chegava na prova e eu conseguia escutar o meu tempo da arquibancada que alguém gritava. Era muito diferente, você não tinha aquela gritaria, você escutava direito aos apitos e tudo. Hoje, você escuta eles pedindo pra fazer silêncio. Você tem que estar muito concentrado pra não perder o foco. Agora, isso é uma festa maravilhosa. É uma coisa incrível, a primeira vez que eu entrei eu fiquei sem acreditar no que o pessoal estava fazendo. Uma coisa linda, incrível, maravilhosa. Já tinham me dito que era grandiosa, só não sabia o quanto”, falou Carol.

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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