Siga o OTD

Tóquio 2020

Ana Marcela Cunha vira 1ª do país a bater índice na piscina e águas abertas

Já classificada para Tóquio pela maratona, nadadora bateu o índice olímpico nos 1500m livre, mas abdicou da vaga pelo foco nos 10km

(Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

A nadadora Ana Marcela Cunha, atleta do Time Nissan e do Time Ajinomoto, segue escrevendo seu nome da história da natação brasileira. Na noite dessa quinta-feira (22), a atleta a primeira mulher brasileira a se garantir nos Jogos Olímpicos nas águas abertas e nas piscinas.

+ Brasil já tem 212 atletas nos Jogos Olímpicos. Confira a lista completa

Na Seletiva Olímpica Brasileira de natação, Ana Marcela Cunha terminou a prova dos 1500m livre feminino em segundo lugar com um tempo de 16min25s08, quase sete segundos abaixo do índice que dá uma vaga direta aos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A nadadora já havia conquistado o direito de brigar por uma medalha em Tóquio na Maratona Aquática, ao terminar em quinto lugar nos 10km no Mundial de Esportes Aquáticos, distância na qual é multicampeã mundial e uma das favoritas a levar uma medalha nos Jogos Olímpicos. Com a classificação nos 1500m de hoje, Ana Marcela escreveu outra vez o seu nome na história da natação brasileira.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK

Além do feito único, Ana Marcela também participou de outro momento marcante da natação feminina nessa noite. Pela primeira vez na história, três nadadoras bateram um índice olímpico em uma mesma prova. Além da nadadora, Beatriz Dizotti, vencedora da prova e nova detentora do recorde brasileiro dos 1500m, e Betina Lorscheitter, terceira colocada, participaram do feito.

A nadadora Ana Marcela Cunha se tornou a primeira nadadora brasileira a conquistar um índice olímpico nas piscinas (1500m livre) e águas abertas maratona aquática
Ana Marcela Cunha se torna a 1ª brasileira a conseguir índice nas piscinas e águas abertas

Foco nos 10km

Como o foco de Ana Marcela é a Maratona Aquática, Ana Marcela abdicou da vaga nas piscinas.

“Sempre foi muito difícil escutar das pessoas que eu sou só da maratona aquática. Mas posso evoluir muito na piscina. Meu objetivo aqui hoje não era o tempo ou fazer o índice, era fazer o que o meu treinador determinou e nadar tranquila. Acredito que ou a Betina ou a Bia representarão o Brasil melhor na prova dos 1500m. Mas o que fiz hoje, mostra que estou no caminho certo,” declarou Ana Marcela Cunha.

Com isso Betina Lorscheitter, que terminou os 1500m em terceiro com 16min27s73, também abaixo do índice, fica temporariamente com a classificação. Isso ocorre porque Vivane Jungblut, a recordista dos 1500m até aqui, ainda não nadou por ter contraído o coronavírus. Se daqui há três semanas a nadadora não superar os 16min27s73, Betina fica com a segunda vaga.

“Eu espero entregar essa placa para a Vivi ou a Betina. Essa placa vai estar guardada para uma delas,” declarou Ana Marcela Cunha.

Mais em Tóquio 2020