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Natação

Brasileiros fora das finais no primeiro dia em Gwangju

Atletas da seleção participaram de disputas nos saltos ornamentais e no nado artístico no primeiro dia de disputas na Coréia do Sul

Kawan Pereira (arquivo)

Ao todo seis brasileiros entraram em cena para participar do primeiro dia do Mundial de Gwangju de Desportos Aquáticos que está sendo disputado na Coreia do Sul. Todos eles ficaram nas fases classificatórias de suas respectivas provas, não conseguindo pontuação necessária para avançar às finais.

Com dois jovens atletas dos saltos ornamentais em ação na prova do trampolim de 1 metro masculino, o Brasil estreou no final da manhã desta sexta-feira (12.07), no horário local, final da noite de quinta-feira (11.07), no horário de Brasília, no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul.

E coube aos caçulas da Seleção Brasileira de saltos ornamentais, os brasilienses Luis Felipe Moura, 16 anos, atleta mais novo da delegação em todas as modalidades no masculino, e Kawan Pereira, 17 anos, a honra de serem os primeiros atletas do país a se apresentarem no Mundial da Coreia.

A prova, que não é olímpica, contou com a participação de 44 atletas, de 28 países, e teve um nível técnico elevado. Tanto Kawan quanto Luis Felipe, ambos beneficiados pela Bolsa Atleta do Governo Federal, disputam pela primeira vez um Mundial adulto e, após seis rodadas de saltos no Centro Aquático da Nambu University, terminaram na 22ª e 37ª colocação, respectivamente.

Doze atletas avançaram à final, com o chinês Zongyuan Wang em primeiro, com 429, 40 pontos, seguido do também chinês Jianfeng Peng em segundo, com 410,80, e do coreano Haran Woo em terceiro, com 396,10. Kawan somou 323,40 pontos e Luis Felipe terminou sua série com 264,45.

“Talvez eu tenha ficado um pouco mais ansioso por ser uma competição difícil e eu estar competindo contra os caras que eu sempre admirei bastante, mas cheguei hoje e estava mais tranquilo, mais relaxado. Fiz um treino bom antes da prova e saltei bem. Errei só um salto e estou feliz”, avaliou Luis Felipe, que depois do Mundial disputará os Jogos Pan-Americanos de Lima com Kawan, outra experiência inédita para a dupla.

Luis Felipe saltará outras três provas neste Mundial. “Amanhã (22h desta sexta-feira, 12.07, no horário de Brasília) vou saltar o trampolim de 3 metros sincronizado masculino, com o Kawan, e salto o trampolim de 3 metros individual e também o trampolim de 3 metros misto”, detalha o brasiliense.

“Estou bem confiante para as duas provas de sincronizado. No individual, sei que vai ser mais difícil, mas vamos tentar manter a técnica, a concentração e procurar lembrar do que o técnico nos passou na hora de saltar”, continuou.

“Eu já saltei melhor, mas foi o que eu consegui fazer hoje”, avaliou Kawan, referindo-se à sua pontuação. “Não foi o meu máximo, mas dei o meu melhor. Eu comecei muito bem, dei uma caidinha, mas depois voltei a saltar bem. Para mim, a competição foi boa e eu saio satisfeito”, concluiu o saltador, que além da prova com Luis Felipe ainda disputará a plataforma individual, o trampolim de 3 metros individual e a plataforma sincronizado masculino, ao lado de Isaac Souza.

Também nesta sexta-feira, Luana Lira e Danielle Robles disputaram a prova do trampolim de 1 metro feminino. No total, 32 atletas, de 29 países, competiram. Luana terminou em 32º, com 202,35 pontos, e Danielle foi a 43ª, com 124,95 pontos.

Nado Artístico

Ao som do tema épico Two Steps From Hell, o Brasil fez sua estreia na tarde desta sexta-feira (12.07), no horário local, madrugada de sexta, no horário de Brasília, na disputa do nado artístico no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul.

As brasileiras Luisa Borges e Maria Clara Coutinho formaram o 13º time a se apresentar na piscina do Yeomju Gymnasiun de um total de 45 duplas, de 45 países, que participaram da disputa.

#PraCegoVer: As atletas do nado artístico Luisa Borges e Maria Clara Coutinho acenam para a torcida com a bandeira do Brasil ao fundo em um telão de led após a apresentação da dupla no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul
Luisa Borges e Maria Clara Coutinho acenam para a torcida após a apresentação no dueto técnico em Gwangju: dupla ficou satisfeita, mesmo sem ter conseguido ir à final. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Desde o início, o time do Brasil empolgou a torcida e a energia das arquibancadas deu confiança para Luisa e Maria Clara, ambas beneficiadas pela Bolsa Pódio do Governo Federal. Ao final, a nota de 81.0395 pontos garantiu ao time o 17º lugar na prova.

A pontuação não foi suficiente para que as brasileiras avançassem à final, que será disputada pelas 12 equipes mais bem classificadas: Rússia, China, Ucrânia, Japão, Itália, Canadá, Espanha, Áustria, França, Grécia, México e Estados Unidos.

Apesar disso, a avaliação foi positiva por parte das brasileiras. “Eu acho que a nossa apresentação foi muito boa e a gente se sentiu muito bem. Foi a nossa melhor nadada, sem duvida”, comemorou Maria Clara Coutinho. “A gente estava até falando que na montada, que é a colocação da dupla na parte de fora da piscina, a gente sentiu o público vibrando muito. Então a gente achou que conseguiu convencer o público”, prosseguiu.

“A nota a gente realmente achou baixa. Nós esperávamos uma nota mais alta e não ficamos satisfeitas e espero que no dueto livre a gente consiga uma nota mais alta. Mas sinto que nós cumprimos nosso dever, porque fizemos um ótimo trabalho e acho que a arquibancada toda veio junto com a gente”, continuou a nadadora, que ficou empolgada para o resto da competição.

“A expectativa é aumentar sempre a nota. Esse é o objetivo que queremos alcançar. Esperamos realizar nadadas tão boas ou melhores do que essa”, afirmou Maria Clara, que ainda irá se apresentar no dueto livre, novamente ao lado de Luisa Borges, além das disputas de equipe técnica, equipe livre e combo, sempre tendo Luisa Borges no grupo.

Para Luisa, a dupla com Maria Clara está ganhando força a cada ano. “Eu e a Maria Clara temos crescido bastante como dueto. É o nosso segundo Mundial juntas e acho que fizemos uma apresentação bem consistente. Agora é treinar mais ainda porque temos muita prova pela frente”.

 

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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