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Luisa Borges defende dueto misto e fala sobre empoderamento

Em live com o OTD, Luisa Borges falou da importância de dar espaço aos homens no nado artístico e de ver mulheres se posicionando no esporte

Luisa Borges - Dueto misto
Luisa Borges é da seleção brasileira de nado artístico (Instagram/luisanpborges)

O nado artístico, antigo nado sincronizado, é uma modalidade tradicional dos Jogos Olímpicos. No entanto, ela também é tradicionalmente feminina. Hoje, no programa das Olimpíadas, não há provas masculinas e sequer provas mistas. Mas isso vem mudando desde 2015, quando o dueto misto estreou em Campeonatos Mundiais e o movimento pela inclusão dos homens no esporte passou a crescer a cada dia. Uma das adeptas é Luisa Borges, da seleção brasileira feminina.

“Achei mega legal essa união, porque o esporte é para todo mundo, independente de gênero, de tudo. Se você quer fazer, você pode. E essa troca tem sido bem legal. Em Kazan, foi o primeiro Mundial que teve dueto misto e todo mundo amou! Pessoal gritando na arquibancada, foi lindo, de arrepiar. E a gente viu o quanto isso motivou o esporte a continuar. Os meninos precisam tem espaço e eu falo isso como minha luta também”, destacou Luisa em live com o Olimpíada Todo Dia.

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Existe a possibilidade de dueto misto ser integrado ao programa olímpico em Paris-2024, mas ainda precisa passar por uma votação do COI (Comitê Olímpico Internacional). Mas na visão de Luisa Borges, isso seria um passo muito importante para a modalidade crescer.

“Seria muito bom ter o dueto misto como prova olímpica, porque a gente atingiria um outro patamar e temos buscado isso, tem movimento nas redes… É muito positivo apoiar isso. Assim como a gente almeja chegar aos Jogos Olímpicos, eles também. Eles querem ter a chance de ser um atleta olímpico e espero que isso aconteça o mais rápido. E isso daria um up também, a gente conseguiria trazer mais meninos para o esporte… Não vejo porque não acontecer”.

Luisa Borges - Dueto Misto
Luisa e Fabiano Ferreira no dueto misto (Instagram/luisanpborges)

Pressão corporal e empoderamento feminino

Há pouco mais de um mês, as atletas da natação feminina começaram um movimento por mais apoio e investimento à modalidade. Apesar de o nado artístico ainda ser majoritariamente feminino, Luisa Borges viu o posicionamento como algo imporante e significativo, como um sinal de mudança.

“Eu acho bastante importante o posicionamento da mulher dentro do esporte. Acho que a gente está ganhando mais espaço, até porque estamos falando sobre isso de forma mais aberta do que antigamente, e isso é muito positivo”.

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Quanto à pressão corporal por estar sempre de maiô e em um esporte vaidoso, como o nado artístico, Luisa Borges disse ter aprendido com o tempo e a maturidade que o mais importante não é estar magra, mas sim estar bem fisicamente para competir.

“A vida toda eu cresci de maiô. O nado artístico é vaidoso sim, pela maquiagem, figurino, pelo biotipo que a gente procura ter, porque a gente precisa de braços fortes e pernas mais finas para ficar bem mais parecido dentro da piscina. Mas existe um tabu. O atleta tem que estar saudável, bem, forte e desempenhando bem na piscina. Isso é o primeiro de tudo, e não estar magricela, porque isso não é saudável para o esporte”, pontuou.

“Acho que o esporte tem amadurecido bastante nesse ponto, nessa pressão. Antes eu tinha que estar magra e é isso. Hoje não. Eu faço uma pesagem para ver o quanto eu tenho de músculo, de gordura, para estar bem para a competição. A gente se pressiona normalmente, porque quer estar na piscina dando o nosso melhor. E na minha cabeça, eu tenho que estar e forte. Atleta que é atleta não vai se importar com isso, se tem braço forte, porque nosso objetivo é muito maior do que a estética”, concluiu.

Confira a live completa:

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