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Seleção Brasileira

Ameaçado no Mundial feminino, handebol do Brasil encara nova realidade

Seleção Brasileira feminina joga nesta quinta contra Montenegro, ameaçada de eliminação no Campeonato Mundial. Cenário bem diferente de alguns anos

Brasil começou melhor, mas a Dinamarca reagiu e aplicou a segunda derrota para a Seleção no Mundial (Crédito: Divulgação)

Como previsto, o Brasil segue sofrendo no Mundial feminino de handebol, que está sendo realizado na Alemanha. Nesta quarta-feira, não foi diferente. A segunda derrota na competição, para a tradicional Dinamarca, por 22 a 20, teve um gosto especialmente amargo. Pelo fato da Seleção Brasileira ter começado melhor e ficado à frente no placar na primeira etapa. E também por ter deixado a impressão de que se não fossem os erros no ataque no segundo tempo, a sorte poderia ter sido diferente.

A derrota deixou as brasileiras ameaçadas de uma eliminação precoce. Para evitar isso, o time encara nesta sexta-feira a seleção de Montenegro, às 14h45 (horário de Brasília), obrigado a vencer. Ou, se tiver sorte, pode até entrar classificado, caso o Japão, uma das surpresas deste Mundial, seja derrotado pela Tunísia, lanterna do grupo.

O sentimento de decepção com a campanha brasileira, que podia ser medido nas redes sociais durante a partida, é justificável. O Brasil ainda não fez um grande jogo neste Mundial. Para quem ficou “mal acostumado” com o bom desempenho das garotas brasileiras nos últimos anos (em especial no título mundial de 2013), é algo preocupante.

Mas é bom que todos se acostumem: esta será a nova realidade do handebol feminino do Brasil.

O novo treinador, o espanhol Jorge Dueñas, mal teve tempo de iniciar o seu trabalho. A CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), que não teve competência (e dinheiro) para segurar o ótimo técnico dinamarquês Morten Soubak, não deu a seu sucessor um tempo ideal de trabalho. Para azar de Dueñas, o time ainda sofre com várias ausências (aposentadoria de importantes jogadoras do ciclo olímpico anterior e outras lesionadas).

Toda renovação custa caro e paciência será necessária. É possível que o Brasil avance, sim, para os mata-matas. Mas não seria, diante do que estamos vendo até agora, uma zebra ou vexame caso venha a eliminação.

O handebol feminino brasileiro está em reconstrução e a paciência é o melhor remédio para este momento.

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