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Cartola punido por assédio pode antecipar eleição no handebol

Ricardo Souza, presidente da CBHb suspenso pelo Conselho de Ética do COB, solicitou assembleia para discutir antecipar a escolha do sucessor

CBHB
A CBHb pode ter antecipada a eleição para presidente, que só aconteceria em fevereiro de 2021 (Divulgação)

A crise no handebol brasileiro pode estar a caminho de uma solução. Pelo menos essa foi a indicação dada por Ricardo Souza, o Ricardinho, presidente em exercício da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol). O cartola, suspenso por dois anos por assédio sexual e moral a uma funcionária da entidade, assinou nesta segunda-feira (19) um ofício solicitando uma assembleia virtual com o Conselho de Administração da CBHb. O objetivo é discutir a antecipação da eleição da confederação. A data original do pleito estava prevista para fevereiro de 2021.

Ricardinho se mantém no comando da CBHb em razão de uma liminar na Justiça Comum. Enquanto isso, ele desafia uma decisão do Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil), divulgada em outubro, na qual ele foi considerado culpado e suspenso por dois anos do movimento olímpico por ter assediado uma funcionária da confederação durante os Jogos Pan-Americanos de Lima-2019.

Ricardo Souza
Ricardo Souza, presidente em exercício da CBHb, condenado por assédio sexual pelo Conselho de Ética do COB (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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A situação política da CBHb é caótica. Na prática, a entidade tem dois presidentes afastados judicialmente, embora um deles ainda tenha o poder nas mãos. Além de Ricardo Souza, o veterano cartola Manoel Oliveira também briga pelo comando da modalidade no Brasil.

Há 31 anos no cargo, Manoel da confederação foi afastado por decisão judicial em 2018, em razão de mau uso de dinheiro público. Chegou a retomar o cargo em abril deste ano, mas voltou a deixar o posto em setembro, por decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

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Sustentado no cargo por uma liminar na Justiça Comum, na prática Ricardinho não é apoiado por ninguém. Sofreu críticas de atletas, como Thiagus Petrus, pelas mudanças constantes do técnico da seleção masculina. Também é rejeitado por quase unanimidade do Conselho de Administração da CBHb.

O último capítulo na crise do handebol foi uma carta aberta das comissões técnicas das seleções do handebol de praia. Vinte e dois profissionais se demitiram, alegando não ter condições de continuar trabalhando na entidade sob o comando do atual presidente.

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No ofício divulgado nesta segunda, Ricardo Souza solicita ao presidente do Conselho de Administração, Ricardo Trade, uma Assembleia Extraordinária virtual para o dia 28 deste mês. No ofício, o presidente da CBHb pede que neste encontro seja discutida a antecipação da eleição, prevista inicialmente para fevereiro.

Confira aqui a íntegra do ofício do presidente em exercício da CBHb, Ricardo Souza, publicado nesta segunda.

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É possível que uma luz no fim do túnel esteja aparecendo para o handebol brasileiro. Mas conhecendo a cartolagem esportiva do Brasil, convém aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

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