Paris – Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Estreante em Olimpíadas, a atleta de 26 anos venceu Raz Hershko, de Israel, por waza-ari para ser elevada ao topo do Olimpo nesta sexta-feira (2).
O combate final foi um símbolo do que Bia fez durante toda a caminhada em Paris. Com segurança e tranquilidade, colocou a adversária no chão, sem fazer jogo por punições. Aos 44 segundos de luta, ela aplicou um O-soto-guruma (golpe de perna) para liderar a luta. Daí em diante, a brasileira apenas controlou as ações.
A judoca que defende o Pinheiros garantiu a 27ª do judô brasileiro em Jogos Olímpicos, sendo a terceira em Paris. Desde Los Angeles-1984, o esporte traz ao menos uma condecoração olímpica para o Brasil.
Trajetória em Paris
Cabeça de chave da competição, Beatriz Souza estreou diretamente nas oitavas de final, contra Izayana Marenco, da Nicarágua. O duelo latino terminou rápido. A atleta número 77 do ranking mundial recebeu uma punição logo aos 20 segundos. Pouco depois, com 41 segundos de combate, a paulista de Itariri encaixou um Harai-goshi (virada de quadril) e conseguiu um ippon para encerrar a luta.
Nas quartas de final, o duelo foi contra Hayun Kim, da Coreia do Sul, que venceu o bronze no último Mundial. A luta começou estudada, quase sem contato relevante entre as judocas. Ambas receberam punição aos 46 segundos de luta, algo que se repetiu aos 2m02.
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O duelo contra a número 4 do ranking foi para o golden score. Com 9 segundos no tempo extra, a arbitragem marcou um ippon para a asiática. A decisão foi revertida pelos árbitros de vídeo e virou para um wazari para a brasileira, que venceu a luta.
Na semifinal, Beatriz Souza não deu ouvidos à pressão e foi segura durante todo o combate. Venceu a número 1 do mundo, Romane Dicko, na casa dela, impulsionada por uma arena lotada por 8.000 espectadores.
Aos 29 segundos, Bia tomou punição por impedir a luta. Mas aos 2s02, foi a vez de Dicko receber um shido, mas por falta de combatividade. O duelo seguir acirrado, mas a brasileira conseguia implementar a pegada. Aos 37 segundos, no golden score, a número 6 do mundo aplicou um Kesa-gatame e imobilizou a francesa.
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