Willian Lima trouxe a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Ele ficou com a prata após lutar a final da categoria até 66 quilos neste domingo (26), na Arena Champ-de-Mars. O duelo foi contra Hifumi Abe, dono de duas medalhas de ouro, conquistadas em Tóquio-2020. O japonês aplicou dois wazaris e venceu a luta ainda com 1m24 para o fim do combate.
O judô abriu vantagem como carro-chefe do esporte olímpico brasileiro. Desde Los Angeles-1984, a modalidade traz ao menos uma medalhas.
Willian Lima estendeu ainda uma tradição nos meio-leves. Esta é a terceira medalha oriunda da categoria. Os antecessores foram Rogério Sampaio, ouro em Barcelona-1992, além de Henrique Guimarães (Atlanta-1996) e Daniel Cargnin (Tóquio-2020), que ficaram com o bronze.
Antes da medalha olímpica, os resultados mais expressivos de Willian tinham sido o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, além do título do Grand Prix de Zagreb (Croácia), em 2023. Nos últimos três mundiais, o judoca ficou na nona colocação.
Dom para luta
Conquistar uma medalha na estreia olímpica já teria um sabor especial. Mas William tratou de fazer Paris-2024 ainda mais especial. Ele e a esposa Maria Julia se programaram para ter um filho e trazê-lo para a competição francesa. Dom tinha 28 dias quando o pai foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Meses depois, bebê também estava presente na conquista do Pan de judô, no Rio de Janeiro (RJ).
O atleta nascido em Mogi das Cruzes (SP) também é conhecido pela disciplina no esporte. Ele passou a ter aulas de natação e ginástica e natação com o intuito de desenvolver a capacidade respiratória, corrigir falhas corporais, além de ajudá-lo em alguns golpes. O boxe já está no horizonte do medalhista.
Caminho de William Lima
Oitavo colocado do ranking dos 66 kg, Willian Lima estreou em uma luta dura contra Sardor Nurillaev, do Uzbequistão, 12º do ranking. O brasileiro tinha recebido duas punições, contra uma do adversário. Aos 6 segundos do fim, ele aplicou um ura-gatame e venceu o confronto por Wazari.
Já o segundo combate foi mais tranquilo. Estreante em Olimpíadas, Serdar Rahimov, do Turcomenistão, tomou três punições e foi eliminado aos 2m39 de luta. O atleta é o número 29 do mundo e se classificou pela quota continental.
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Uma nova luta difcíl ocorreu nas quartas de final, contra Baskhuu Yondonperenlei, atual número 5 do ranking. O atleta da Mongólia foi o sétimo em Tóquio e tem dois bronzes em mundiais. O asiático buscou a finalização a todo tempo. No golden score, o brasileiro aplicou um wazari aos 5m34 de luta e garantiu um lugar nas semifinais.
O duelo contra Guzman Kyrgyzbayez, 26 do mundo na categoria foi tenso. Como em quase todo o caminho de Willian em Paris, o duelo foi para o golden score. O paulista de 24 anos chegou a precisar de atendimento médico em um dado momento, mas sempre se manteve seguro.
Kyrgyzbayez tomou duas punições, mas o mesmo ocorreu com Willian antes do tempo extra. Com 6m20 de luta, o brasileiro aplicou um tai-otoshi, uma técnico de braço, para vencer por ippon.
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