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Judô

Ellen Santana sobe no pódio pela primeira vez em Grand Slams

Ellen Santana, de apenas 20 anos, faz campanha memorável no Grand Slam de Dusseldorf, com quatro vitórias em cinco lutas, batendo rivais acostumadas com o pódio

Foto: Reprodução IJF

A brasileira Ellen Santana coroou com um bronze sua campanha memorável no Grand Slam de Dusseldorf, neste sábado, segundo dia de competições na Alemanha. Ela venceu quatro das cinco lutas que disputou, em performances bem consistentes.

O Grand Slam de Dusseldorf foi apenas o seu segundo na carreira. O primeiro foi em Paris, duas semanas atrás, onde ela caiu na estreia. Ellen Santana tem 20 anos e é uma das apostas do Brasil na categoria, pois é atual bicampeã pan-americana Júnior e foi 5º no Mundial Júnior de 2018.

A brasileira começou a rodar o circuito adulto no ano passado e entrou em Dusseldorf como 66ª no ranking com 429 pontos. Deve dar um belo salto, já que vai somar 500 só com esse bronze.  A categoria tem Maria Portela como principal nome.

Caminho do pódio

Ellen Santana ganhou todas as lutas até a semifinal usando o ashi-waza, inclusive uma combinação perfeita de o-uchi-gari para o-soto-gari contra a sul-coerana You Jeyoung nas quartas. Ippon direto, um dos mais bonitos do dia, ainda antes da metade da luta (veja abaixo, a partir do 1min50s).

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Perdeu a semifinal para a britânica Sally Conway, bronze no Rio 2016, que acabou com o ouro no Grand Slam de Dusseldorf.

Na disputa da medalha de bronze, fez uma luta dura contra Kim Seongyeon. A também sul-coreana já foi medalhista no mundial de 2013 e ganhou o Grand Slam de Paris em 2016. Mas Ellen Santana venceu no golden score em uma imobilização com um sankako sem escapatória.

O caminho antes da disputa pela medalha teve outros momentos de destaque. Na estreia, contra a tunisiana Nihel Landolsi, conseguiu a vitória a sete segundos do final quando a luta estava empatada por waza-ari. Entrou um o-soto-gari e marcou o segundo waza-ari, consequentemente o ippon.

Logo a seguir, pregou no chão a cabeça-de-chave número 1 do torneio, sueca Anna Bernholm, com um sassae-tsuri-komi-ashi potente. Além disso, caiu sobre a rival e matou a luta no osaekomi também sem escapatória. Isso com menos de um minuto de combate (veja abaixo, a partir dos 45s).

Segunda rodada

Além de Ellen, outros seis brasileiros disputaram o segundo dia do Grand Slam de Dusseldorf.

Marcelo Contini (73kg) passou pela primeira rodada, mas parou no ko-uchi-gari do japonês três vezes campeão do mundo e duas vezes bronze em Olimpíadas, uma no Rio, Masashi Ebinuma.

Eduardo Barbosa (73kg) também ficou na segunda rodada, bem como Eduardo Yudy (81kg) e Alexia Castilhos (63kg), após vencerem a estreia. Por fim, Ketleyn Quadros (73kg) e Maria Portela (73kg) perderam na primeira luta, válidas pela segunda rodada.

Sexta e Domingo no Grand Slam de Dusseldorf

Na sexta, primeiro dia de disputas, Rafaela Silva (57kg) conquistou a prata, e Nathália Brigida (48kg) ficou com o bronze. Além delas, lutaram Eric Takabatake e Phelipe Pelim (60kg); e Charles Chibana e Daniel Cargnin (66kg) no masculino. No feminino, Gabriela Chibana (48kg); Eleudis Valentim e Larissa Pimenta (52kg); e Tamires Crude (57kg).

O Grand Slam de Dusseldorf termina no domingo. Neste dia, o Brasil participa com Eduardo Bettoni e Rafael Macedo (90kg); Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini (100kg) e Jonas Inocencio e Rafael Silva (+100kg).

No feminino teremos Mayra Aguiar e Samanta Soares (78kg); e Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman (+78kg).

Acompanhe ao vivo

O Planeta Ippon disponibiliza a transmissão ao vivo do Grand Slam de Dusseldorf, em vídeo, com acompanhamento e comentários em português. As lutas classificatórias estão agendadas para começar às 4h30 da manhã (Brasília). O ao vivo começa às 6h. Por fim, o bloco final às 13h.

O Grand Slam de Dusseldorf dá mil pontos no ranking mundial para o campeão e mais 700 para o vice, então tem bastante peso na corrida por Tóquio 2020. Quem conquistar o bronze soma 500 e, por outro lado, quem perder a luta do bronze recebe 360. Por fim, dá 260 para os sétimos e, pela ordem, 160, 120 e 100.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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