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Pan 2019

Brasil busca ouro inédito na Ginástica de Trampolim

Jonne Roriz/COB

O Time Brasil volta ao Ginásio Polideportivo Villa El Salvador, ao lado da Vila Pan-americana, neste domingo, dia 4, para fazer a estreia na ginástica de trampolim dos Jogos Lima 2019. A equipe brasileira é formada pela carioca Camilla Lopes, que já participou de Toronto 2015, e os mineiros Alice Hellen e Rayan Durta. Em uma modalidade onde os atletas chegam a saltos de 10 metros de altura, o céu é o limite para os brasileiros, que disputarão um lugar no pódio com países de mais tradição como Estados Unidos, Canadá e México. O Brasil soma duas medalhas em Jogos passados, um bronze na Rio 2007, com Giovanna Matheus, e a prata em Toronto 2015, com Rafael Andrade.

Neste domingo será realizada a etapa classificatória da competição. São 12 atletas em cada naipe. Cada um deles realiza duas sessões de 10 saltos. A primeira com elementos obrigatórios e a segunda livre. Os atletas são julgados e recebem notas em cada sessão. A soma das duas classifica oito para as finais de segunda-feira.

A equipe brasileira é jovem. Alice tem 20 anos e Rayan apenas 17. Os dois estreiam em Jogos Pan-americanos. A carioca Camilla Lopes, de 25 anos, é a mais experiente dos três, com participação nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, quando chegou à final e alcançou a sexta colocação. “Eu fui bem em Toronto, mas sei que podia ter ido melhor. Eu era inexperiente. Fiquei com mais vontade ainda de voltar a uma competição importante como essa. Já estou muito feliz em estar aqui e representar o Brasil. Estar com o Time Brasil é muito bom. Eu moro nos Estados Unidos. Então é bom estar entre brasileiros. Tenho saudades”, disse a carioca.

Camila treina a modalidade três horas por dia e mais uma de preparação física. Além disso, a brasileira é técnica de ginástica trampolim e artística nos Estados Unidos. A atleta afirma que os três brasileiros têm chances de conquistar uma medalha em Lima.

“A minha expectativa para os jogos é dar o meu melhor, acredito que tenho muitas chances, assim como a Alice, que também estará competindo. O Brasil veio forte e a gente vai lutar para ser medalha, se tudo der certo, serão duas. Eu estou treinada para isso e venho desde Toronto com uma vontade maior de representar melhor o meu país”, disse Camila. “Eu já ganhei das principais meninas que estão aqui, mas também já perdi. Vai levar medalha que estiver bem no dia. Espero que seja a gente”, afirmou a 12 vezes campeã brasileira e campeã dos Jogos Sul-americanos Cochabamba 2018.

Após o Pan, Camila volta às atenções à corrida pela vaga olímpica. A atleta foi bem nas duas etapas já realizadas da Copa do Mundo que classifica para Tóquio 2020. “Estou treinando muito forte e sendo consistente nas competições, pontuando nas etapas classificatórias. Meu principal objetivo na temporada é alcançar a vaga olímpica”, afirmou Camila, que confessa que tem medo de altura. “Eu tenho medo de altura desde criança. Eu não consigo subir em um prédio alto e olhar para baixo. Em avião eu fecho a janela. Mas no trampolim é diferente. Nós vamos ajustando a altura ao longo dos anos.”

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