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Maior nome da modalidade, Lauro Chaman busca ouro em Tóquio

Com uma prata e um bronze em 2016, ciclista busca a única medalha que falta do pódio paralímpico

Lauro Chaman conquista mais duas medalhas no Mundial de ciclismo de pista tóquio jogos paralímpicos
Chaman é o maior nome do paraciclismo brasileiro (Yuri Coghe/Divulgação)

Medalhista paralímpico, campeão mundial, campeão geral da Copa do Mundo e maior nome do paraciclismo brasileiro. Esse é Lauro Chaman. Já garantido em Tóquio, o atleta tentará no Japão a única medalha que falta no seu currículo. ” Eu luto e me preparo da melhor maneira possível para subir ao pódio e trazer o ouro”.

Lauro Chaman é dono das duas medalhas paralímpicas do Brasil (Divulgação CBC)

Apesar de ter começado a participar de competições grandes em no começo da década passada, Lauro Chaman só passou a viver de ciclismo em 2014. Apesar do pouco tempo, o atleta não parou de colecionar grandes conquistas no período, como o título mundial e o dos Jogos Parapan-Americanos de 2015, em Toronto.

Nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, veio o ápice. Aos 29 anos, Lauro Chaman conquistou a medalha de prata na prova de estrada, na classe C4-C5, e o bronze no contrarrelógio, pela C5.

“Mesmo com o título mundial, as medalhas no Rio de Janeiro são as maiores conquistas. Por ser em um Paralimpíada, por toda a minha família estar presente, meus amigos, por tudo que significou. As medalhas da Rio 2016 são mais importantes para mim”, disse Lauro Chaman que é dono das duas primeiras medalhas paralímpicas da história do país na modalidade.

Ainda falta uma conquista

No Rio de Janeiro, em sua estreia paralímpica, Lauro Chaman subiu ao pódio duas vezes e comprovou o bom momento que vivia. Em 2016, o paraciclista venceu algumas etapas da Copa do Mundo e passou a colocar o Brasil nas grandes disputadas da modalidade no mundo.

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Para Tóquio, Lauro Chaman, que conseguiu manter as conquistas no ciclo, espera conquistar a única medalha do pódio paralímpico que falta. “Não sei se vou conseguir conquistar uma medalha (por causa da pandemia do coronavírus), mas eu luto e me preparo da melhor maneira possível para subir ao pódio e trazer o ouro”.

O esporte na vida de Chaman

Lauro Chaman nasceu com o pé esquerdo virado para trás. Por conta da cirurgia que teve que fazer o atleta perdeu os movimentos do tornozelo e posteriormente sua panturrilha sofreu com a atrofia muscular por causa disso.

No decorrer de sua vida, Lauro viu o ciclismo e o uso da bicicleta como uma forma de transporte e divertimento. Depois de começar a treinar e competir na modalidade convencional, Chaman passou a ter uma classificação para o paraciclismo aos 19 anos e passou alguns anos se dividindo entre os treinamentos e o trabalho.

Hoje, quase 15 anos depois que tudo isso aconteceu e conquistar medalhas ao redor do mundo, Lauro Chaman não esconde que, apesar de todos os treinamentos e avanços da medicina, a deficiência que possuí na perna esquerda faz uma diferença em sua vida e no esporte, mas o atleta não reclama mais disso.

“Nunca vou parar de pedalar. Daqui alguns anos vou parar de competir, mas pedalar eu nunca vou parar, quero brincar com meu filho, pedalar com ele. Sou muito realizado por tudo que eu tenho. Hoje eu agradeço muito mais pelo que eu já tenho do que peço algo que não tenho”, finalizou Lauro Chaman.

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