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Quem foi Mário Filho, o nome do Maracanã

Conheça a história do jornalista que batiza o mais tradicional estádio do Brasil

Maracanã. O estádio construído há mais de 70 anos é o templo do futebol brasileiro. Ele sediou a final de duas Copas do Mundo, além da abertura e encerramento de uma Olimpíada, a Rio-2016.

Depois de ser palcos de tantas histórias brilhantes do esporte nacional, o Maraca pode ter o nome alterado. Isso porque deputados do Estado do Rio de Janeiro aprovaram um Projeto de Lei para rebatizar o estádio com o nome de “Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé”.

A grandeza do maior jogador de futebol de todos os tempos é incontestável, mas o que nem todo mundo sabe é a história do homem que sempre deu o nome ao estádio do Maracanã.

Então, no Kenji Stories #3, você vai conhecer a história de Mário Filho, o Criador das Multidões. Ele foi um dos maiores cronistas esportivos do Brasil. Teve uma contribuição imensa para a concepção do Maracanã e forte influência em outros aspectos da cultura fluminense, inclusive no samba.

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Mário Rodrigues Filho nasceu no Recife, em 1908. Era irmão de Nelson Rodrigues, outro gigante da nossa literatura. Além de trabalhar por mais de 20 anos na redação do jornal ‘O Globo’, maior criou duas publicações esportivas, o ‘Jornal do Sports’ e o ‘Mundo Esportivo’.

Mas o trabalho de Mário não ficava restrito às redações. Ele botava a mão na massa para incentivar a prática do futebol. Criou os Jogos da Primavera, os Jogos Infantis e o Torneio de Pelada do Aterro do Flamengo.

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Mário Filho incentivou ainda a criação do Torneio Rio-São Paulo, em 1950, que foi um dos principais campeonatos nacionais por vários anos.

A atuação do cronista também foi importante em outros aspectos da cultura popular. Ele teve forte participação na realização do primeiro desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, na Praça Onze, em 1933.

Quanto ao Maracanã, Mário Filho atuou para a construção do estádio para a disputa da Copa do Mundo de 1950. Naquela época, muita gente era a favor de que as partidas no Rio de Janeiro fossem disputadas em São Januário. Mas para sediar os jogos, o estádio do Vasco da Gama deveria ser ampliado.

Mário Filho morreu em 16 de setembro de 1966. Escondeu durante toda a vida o fato de que torcia para o Flamengo. Não queria chatear o lado da família que era apaixonado pelo Fluminense.

O jornalista pernambucano publicou livros como “Romance do Futebol”, “Histórias do Flamengo” e “O Negro no Futebol Brasileiro”.

No Projeto de Lei que altera o nome do Maracanã, Mário Filho ainda continuaria batizando o Complexo Esportivo do Maracanã, que compreende o Ginásio do Maracanãzinho, além do Estádio de Atletismo Célio de Barros.

A autoria do PL é do deputado André Ceciliano (PT). Ele foi aprovado pela assembleia fluminense no dia 9 de março e aguarda sanção do governador Cláudio Castro (PSC).

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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