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Nicole Silveira é a 18ª na abertura da Copa do Mundo de Skeleton

Estreante na Copa do Mundo de Skeleton, Nicole Silveira termina na 18ª posição e ganha 80 pontos no ranking pré-olímpico da modalidade

Nicole Silveira na abertura da Copa do Mundo de Skeleton 2020/21
Brasileira Nicole Silveira compete na abertura da Copa do Mundo de Skeleton (Viesturs Lacis/IBSF)

Primeira atleta do país presente na elite do Skeleton, Nicole Silveira encerrou sua primeira prova na Copa do Mundo da modalidade. A brasileira participou de duas descidas na pista de Sigulda, na Letônia, na manhã dessa sexta-feira, 20 de novembro de 2020. Na somatória das baterias, ela ficou na 18ª colocação – a última entre todas as inscritas.

Nicole conseguiu o tempo combinado de 1min49seg69 e foi quase dois segundos mais lenta do que a penúltima colocada. A vencedora foi Janine Flock, da Áustria, com 1min43seg85. A holandesa Kimberley Bos conquistou a prata e a letã Endija Terauda conseguiu seu primeiro pódio ao terminar na terceira posição.

Além da medalha inédita para Terauda, a prova reservou outras surpresas. Bronze em PyeongChang-2018, a britânica Laura Deas foi a sexta colocada. As alemãs Tina Hermann (atual bicampeã mundial) e Jacqueline Lölling (atual campeã do circuito) terminaram na sétima e oitava posições, respectivamente.

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O desempenho de Nicole Silveira, contudo, vai além dos números obtidos dentro da pista. Além de ser sua estreia e também do país na elite do circuito internacional de Skeleton, a representante da CBDG fez apenas sua primeira prova na pista. Ao todo, foram seis descidas – cinco delas na posição original de largada.

Por conta disso, há elementos que merecem ser destacados. O tempo de largada da competidora do Brasil foi de 5seg30 e 5seg27 nas duas descidas. Foi um desempenho melhor do que o da tcheca Anna Fernstaedtová, quarta colocada. Ou seja, a maior vivência em pilotagem certamente vai diminuir esse distância entre ela e as primeiras colocadas.

O que muda para Nicole Silveira na corrida olímpica?

De certa forma, a abertura da Copa do Mundo de Skeleton influencia pouco a corrida olímpica na modalidade. O ranking começou em 15 de outubro de 2020, mas vai fechar apenas em 16 de janeiro de 2022. Ou seja, ainda é cedo para qualquer tipo de projeção.

Até porque Nicole Silveira deve participar de, pelo menos, oito provas em cinco pistas diferentes e em três países no período citado. Além disso, é preciso terminar no Top 45 do ranking internacional para ficar elegível a uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022.

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Contudo, o fato é que a 18ª colocação garante à brasileira 80 pontos no ranking internacional da IBSF. É um número maior do que uma eventual vitória em uma etapa da Copa América de Skeleton. O vencedor de provas regionais ganha apenas 75 pontos na lista pré-olímpica de classificação.

Erramos!

É preciso fazer uma correção. Diferentemente do informado no post de ontem, Nicole Silveira não seria a primeira na lista de realocação olímpica com os resultados na temporada passada. Na verdade, ela ficaria com a antepenúltima vaga direta e nem precisaria esperar por desistências.

A confusão ocorreu porque a distribuição de duas cotas para seis países ocorre apenas na disputa masculina. Entre as mulheres, apenas quatro nações têm direito a levar duas atletas para Pequim-2022. Assim, são 11 (e não sete) vagas individuais. Peço desculpas aos torcedores pelo erro.

Em todo o caso, o período pré-olímpico está só começando. Na próxima semana, Nicole Silveira deve voltar à disputa da Copa do Mundo de Skeleton. A segunda etapa acontece novamente em Sigulda, na Letônia, no dia 27 de novembro de 2020. A jornada dupla foi a alternativa encontrada pela IBSF para reduzir o risco de contágio de covid-19.

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