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Tóquio 2020

Segundo tempo perfeito coloca os Estados Unidos na final olímpica

Os EUA chegaram a estar 15 pontos atrás no primeiro tempo, mas mudou a história na segunda metade da partida

Estados Unidos e Austrália
No jogo entre Estados Unidos e Austrália, Kevin Durant mais uma vez foi o destaque para a seleção dos EUA. Foto: fiba.basketball

Estados Unidos e Austrália protagonizaram uma das semifinais do basquete masculino em Tóquio. Kevin Durant viu seu time perdido e pareceu dizer, “subam em meus magros ombros”. Com 23 pontos e nove rebotes de KD, os EUA derrotaram a Austrália por 97 a 78 e enfrentarão a França para a grande final do basquete masculino. Devin Booker ajudou Durant com 20 pontos. Pela Austrália, Patty Mills, 15 pontos, cinco rebotes e oito assistências, e Dante Exum, 14 pontos, foram os destaques.

Estados Unidos e Austrália fizeram uma semifinal disputada nos primeiros quartos

Com problemas em arremessos de longa distância e contra-ataques, as principais armas americanas até aqui, os EUA venceram o jogo da meia distância. Os Estados Unidos converteram 63% dos arremessos de dois pontos. Foram 38 pontos americanos no garrafão, contra 24 da Austrália.

Como no segundo tempo da partida contra a Espanha, os Estados Unidos começaram o jogo da semifinal com cinco jogadores abertos. A Austrália pareceu preparada desde o início para a estratégia dos americanos. O objetivo australiano foi não deixar chutes livres dos três pontos. E conseguiram por boa parte do primeiro tempo. Somente nos últimos minutos do segundo quarto, após 10 arremessos de fora errados, que os EUA converteram um chute dos três pontos. 

No ataque, a Austrália buscou arremessos livres e equilibrados. Desta maneira, terminou o primeiro tempo com aproveitamento de 47% dos três pontos. Enquanto as demais equipes cometeram muito mais erros ofensivos que os EUA, o time da Oceania equilibrou as coisas. Foram nove erros dos australianos, que geraram 10 pontos para os EUA, e oito dos americanos, que foram transformados em nove pontos pelos australianos. Outra estatística interessante foi o 13 a 0 em favor da Austrália em pontos de contra-ataques, uma arma perigosa dos EUA.

No intervalo, a vantagem da Austrália era de 45 a 42.

O segundo tempo virou uma formalidade rapidamente. A Austrália parou no jogo. A defesa deixou adversários livres, os arremessos pararam de cair. E não podemos culpar cansaço aqui. Jogadores com menos de 20min em quadra estavam parados. No momento que os EUA viraram o jogo, uma sequência de 4 a 0 no começo do terceiro período, os australianos pararam.

Estados Unidos e Austrália agora tomam rumos diferentes. Os EUA enfrentarão a França na sexta (6), às 23h30 (horário de Brasília), na mesma Saitama Super Arena. Já a disputa da medalha de bronze entre a Eslovênia e os australianos acontece depois, no sábado (07), às 8h (horário de Brasília).

Por Rubens Borges.

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