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Assunção-2025

 

Famílias sofrem e celebram medalhas da ginástica rítmica



Familiares da seleção brasileira de ginástica rítmica vivem altas emoções naa finais por aparelho em Assunção



(Foto: Gabriel Gentile/OTD)

De Assunção – Se tem um esporte que é puro coração é a ginástica rítmica. Qualquer detalhe pode mudar o resultado final da competição. E quem vai precisar passar no cardiologista após os Jogos Pan-Americanos Júnior são os familiares das ginastas brasileiras que passaram por grandes emoções durante as finais em Assunção.

Um setor da arquibancada do ginásio onde acontecem as provas da modalidade na capital paraguaio é dedicado às famílias das ginastas. Ali era um misto de aplausos, gritos, sorrisos e muita tensão ao longo da competição. Dois grupos eram os mais barulhentos: os brasileiros e os mexicanos.

Dona Gardênia é avó de Maria Luiza Lima, atleta da seleção brasileira juvenil de conjunto. Do grupos dos familiares do Brasil, ela era uma das mais enérgicas, pulando com uma bandeira do país na hora que as ginastas eram anunciadas no ginásio. “Muito feliz. Uma medalha muito merecida. Com muito esforço, luta e dedicação. Ela é a caçulinha da seleção, com 13 aninhos, e tá vivendo esse momento único na vida dela. E nós da família estamos muito felizes e realizados”, comentou Gardênia em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

A avó de Maria Luiza comentou que o pior momento é a hora das séries. “Na hora dá muito nervoso. Eu fico entre choros e lágrimas de felicidade e de nervosismo. Mas vale a pena”, afirmou. E valeu mesmo. Maria Luiza e o conjunto brasileiro ganharam um ouro e duas medalhas de bronze em Assunção.

Ficou rouca

No individual, o destaque do Brasil foi Sarah Mourão que ganhou duas pratas e dois bronzes. Karina, mãe da ginasta, perdeu até a voz de tanto gritar pela filha. Mas a voz rouca durante as competições já é costume. “É uma emoção que não cabe dentro do peito. Não tenho mais voz, mas meu coração está muito feliz. Está quase explodindo de felicidade. Ela merece muito”, disse a mãe da medalhista pan-americana júnior.

Sarah Mourão fez uma boa campanha em Assunção. Durante a prova, ela não escuta a voz de Karina. Mas ela percebe a torcida antes e após as apresentações. “Na hora da série eu escuto nada. Mas antes e depois eu só escuto a voz dela. É muito bom ter ela sempre comigo nas competições. O coração fica mais quentinho”, disse a ginasta ao OTD. Sarah levou o bronze no individual geral e na bola, além da prata na fita e nas maças em Assunção e sai da competição com um salto positivo. “Fico muito feliz com o que eu realizei em quadra. Tive alguns errinhos, mas tá tudo certo”, finalizou.

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Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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