Siga o OTD

Volta Olímpica

Mundial em piscina curta: nem tanto ao céu, nem tanto à terra

Mundial de piscina curta começa nesta segunda-feira, na China, e reúne parte da elite da natação mundial

Quando se fala em Campeonato Mundial em piscina curta, sempre há uma discussão sobre a importância deste evento.

Por um lado, é um campeonato gigante, reúne quase todos os países da Federação Internacional de Natação (FINA),  parte dos medalhistas olímpicos na Rio 2016 e o status de Campeonato Mundial, o que nunca pode ser esquecido.

Por outro, é um torneio em que a maior potência do esporte, os EUA, dão pouca importância e é disputado em piscina de 25 metros, metade do tamanho da olímpica, o que faz com que muitos digam que é uma outra modalidade.

Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira tem início o Mundial, e o Brasil estará quase completo, mas não contará com o seu principal nome da atualidade, Bruno Fratus. Mas, ainda assim, é um time recheado de estrelas, como Etiene Medeiros e  Nicholas Santos, além, claro, do maior da história da natação brasileira, Cesar Cielo.

A competição não pode ser jogada fora ou ser pouco comentada, como alguns fãs acham. Mas, ao mesmo tempo, tem uma importância bem menor do que um Mundial em piscina longa, disputado sempre nos anos ímpares.

Em termos de projeção olímpica, é um evento de importância mediana. Por exemplo, em 2014, o Brasil foi o primeiro colocado no quadro de medalhas, mas, dois anos depois, sequer foi ao pódio nos Jogos Olímpicos em casa.

Mas, ao mesmo tempo, dezenas de medalhistas na Rio 2016 estiveram naquele Mundial em piscina curta de 2014. Para citar apenas alguns exemplos: Florent Manaudou, Chad le Clos, Katinka Hosszú, Gregorio Paltrinieri, Adam Peaty, Cameron Van der Burgh, Mireia Belmonte e Rie Kaneto.

Além de ser disputado em uma piscina não olímpica, de 25 metros, o Mundial tem diversas provas não olímpicas: 50m peito, 50m borboleta e 50m costas, além de seis revezamentos. Ou seja, 12 das 46 provas não são disputadas em Jogos Olímpicos.

Vamos acompanhar a competição, vibrar com as conquistas brasileiras, torcer por bons tempos, se emocionar com a  merecida despedida internacional de Cesar Cielo, o maior nadador da história do país, fazer alguma projeção para o ano de 2019…Mas sempre lembrar que o Mundial em piscina curta é bem diferente de uma Olimpíada.

Mais em Volta Olímpica