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Vôlei de Praia

Oliveira Neto conta detalhes da preparação física na modalidade

Especialista em fisiologia do exercício e gestão do esporte, trabalhou com duplas de sucesso, inclusive as campeãs olímpicas e mundiais Juliana e Larissa

Oliveira Neto CBV
Prepardor físico fez história na modalidade com dupla medalhista olímpica (Divulgação CBV)

O preparador físico Francisco Oliveira Neto apresentou seminário com informações sobre o trabalho de treinamento com atletas de vôlei de praia durante encontro virtual para cerca de 100 profissionais de todo país.

Francisco Oliveira Neto é especialista em fisiologia do exercício e em gestão do esporte. Foi preparador físico da histórica parceria entre Juliana e Larissa, medalhistas olímpicas e campeãs do mundo, além da parceria entre Talita/Larissa. Junto do técnico Reis Castro, também forma a comissão do time Ana Patrícia/Rebecca, classificado para Tóquio.

O preparado falou sobre a história na modalidade, formação desportiva, sistemas de referência, estágios de desenvolvimento, elaboração de um programa de desenvolvimento atlético, volume de treino, períodos sensíveis, estágios para a fase adulta, influência da idade na reposta metabólica e cenário atual.

“No início do vôlei de praia, basicamente não existia a figura do preparador físico. Conforme a modalidade foi se profissionalizando, grandes profissionais foram se incorporando às comissões técnicas, fazendo com que nossas duplas se destacassem cada vez mais nos resultados internacionais. Isso foi se tornando fundamental com o passar do tempo, participamos desse processo de ter influência para vitórias de nossas duplas”, disse Oliveira, que completou, falando sobre o entendimento da genética dos seus atletas.

“Vejo muitos treinadores patinando ao lutar contra a genética do seu atleta. Tentando tornar algum atleta em algo que não é, estimular a fibra rápida e transformar em um biotipo altamente veloz, um jogador que não possui essa característica. Na realidade é muito difícil isso acontecer. Claro que a função é tentar o desenvolvimento máximo daquele atleta, mas existem limites genéticos que precisam ser respeitados, é preciso ter isso no radar”.

-José Roberto Guimarães fala da dificuldade da nova geração

Academia do Voleibol

O seminário foi promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) como forma de compartilhar conhecimento de alto nível durante a pandemia da Covid-19.

O profissional cearense agradeceu a oportunidade de falar para centenas de profissionais e destacou a importância dos encontros virtuais durante a pandemia. “É motivo de orgulho poder compartilhar um pouco da minha experiência e no vídeo de abertura notar que faço parte dessa história tão vitoriosa do voleibol, algo que me enche de orgulho”, disse.

“Tenho acompanhado as transmissões e os temas, absorvendo informação. Demonstra que quem está no vôlei é um profissional especial, diferente. Essa produção do conhecimento faz nossa modalidade uma modalidade vencedora”, celebrou Francisco Oliveira Neto.

O tema da quarta-feira (10) será ‘Sistemas de Ataque 5:1’, com artigo apresentado pelos treinadores Carlos Henrique Moreira, Fabiano Giroto Assis e Fernando Mendes Rabelo.

O Superintendente de vôlei de praia da CBV, Virgílio Pires, mediou o encontro e destacou a importância da iniciativa de disseminação de conteúdo sobre o voleibol.

“A Academia do Voleibol é um projeto inovador que desenvolvemos no período em que estamos vivendo. E temos tido um retorno extremamente significativo dos profissionais de todo país por todas as transmissões que estamos realizando. É um prazer estar com Oliveira, nós trabalhamos juntos no passado. Ele possui um currículo incrível, que fala por si, vencedor com todas as duplas com que trabalhou”, destacou.

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O primeiro encontro da série iniciada pela CBV aconteceu na quinta-feira passada (28) e teve como tema “Gestão e preparação de equipe”, apresentado pelo técnico da seleção brasileira masculina, Renan. Na terça-feira (2), foi a vez do técnico da seleção brasileira masculina de base de vôlei de praia, Robson Xavier, discutir com os participantes sobre a detecção de talentos e iniciação da modalidade.

Já na quarta-feira (3) aconteceu a apresentação de um trabalho científico feito por um grupo de profissionais envolvidos no voleibol de praia sobre “Paixão e estratégias de coping de atletas da modalidade no contexto nacional”. Na quinta-feira (4), foi a vez de um bate-papo com o técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães, que teve como tema “Desafios da nova geração”.

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