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Vôlei de Praia

Duda assume “lado professora” com Mari no Circuito Brasileiro

Melhor do mundo com apenas 21 anos, Duda Lisboa é veterana quando o assunto é vôlei de praia. Tímida, a sergipana assumiu o desafio de formar dupla com a estreante na modalidade Mari (que estará ao lado de Paula Pequeno em 2020), campeã olímpica do vôlei, apenas nessa etapa, porque Ágatha está poupada do Circuito. Com isso, Duda passou a ter um “lado professora” jogando desde o primeiro dia – novidade para ela.

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“É muito bom porque é um torneio diferente. Eu nunca tinha jogado. Quando eu joguei era aquela diferença de Open e Nacional. Era uma Liga B e uma Liga A. É um sentimento diferente tanto com a Mari, que é uma menina nova, não no vôlei, mas no vôlei de praia. E é muito legal, porque a gente treinou bastante. A gente fez o nosso máximo. Sabia que ia ser difícil, tensão, aquele medo, mas deu certo. Então a gente está feliz”, contou Duda sobre a sensação de disputar o qualifying.

A dupla obteve vitórias por 2 sets a 0 (21/13, 21/11) sobre Emanuely/Lara (MG) e pelo mesmo placar sobre Ari Melo/Débora (SP), com parciais de 21/16, 21/14. As vitórias vieram e a postura de Duda se adaptou ao desafio.

“Bom porque tem que mudar essa postura. Ensinar… Assim, ela já sabe, mas é outro esporte. Dar algumas dicas. Falar. Mostrar o movimento da menina. Você tem que recuar mais. Você tem que bloquear. Então eu vou ajudando. E isso é bom. Essa troca. E ela também vai trocando comigo”, completa.

Mari rasga elogios à postura da ‘professora’: “Ela é muito paciente. Ela vê a hora que eu estou: ‘e agora?’ Eu fico esperando dela a informação. Ainda mais que eu nunca joguei, eu não tenho essa vivência de jogo. Então ela fica o tempo inteiro falando e ela fala a mesma coisa que o treinador. Você vê como ela está muito consciente o tempo inteiro. Ela é muito inteligente pra jogar”.

O ‘casamento’ com Ágatha é de três anos e a diferença é grande. Duda passou a se comunicar mais e chamar mais o jogo. A experiência está sendo importante para as duas.

“O que eu aprendi eu coloco em prática também. Fica um jogo diferente. Eu tenho que chamar o jogo, eu tenho que conversar. Eu tenho que falar. E eu tenho que me concentrar no meu. Então eu vejo que isso as vezes é muito difícil. Chamar toda hora o jogo. Essa concentração que eu tenho que manter dentro da quadra, mas está sendo incrível jogar com ela. Uma oportunidade muito grande. E eu estou feliz de jogar o Open novamente. Fiquei duas etapas sem jogar e voltar,” fala Duda.

“A Ágatha chama muito o jogo e tem também essa concentração que tem que chamar o jogo. Tem que se concentrar. Eu acho que quando eu voltar com a Ágatha eu vou ver como foi diferente. Essa comunicação como é muito importante. De ter que se comunicar ao máximo. Ver como é essencial. Esses pontos que eu vou levar pro resto da vida,” completa.

Foto: Divulgação/CBV

A postura em quadra tem sido outra e nas entrevistas também. Quem vê Duda falante e sorridente quase não se lembra da menina tímida que começou na Seleção de vôlei de praia com 13 anos.

“Eu era muito envergonhada. Eu estou em um esporte que eu estou muito exposta, tanto o corpo tanto eu. Eu era muito, muito, muito envergonhada. E eu fui mudando. A Ágatha foi ajudando, porque ela também fala bastante. Ela tem essa facilidade. Aí eu fui vendo: legal isso. É só você e a câmera, não tem problemas conversar não. Aí foi se soltando. Fui aprendendo ao longo do tempo.

Além de Mari e Duda (SP/SE), avançaram à fase de grupos Talita/Tory Paranagua (CE), Fabrine/Flávia Moura (BA/RJ), Rosimeire Lima/Naiana (AL/CE), Thais/Bárbara Ferreira (RJ), Victoria/Carol (RS), Verena/Hegê (CE) e Sandressa/Rupia (AL/MG). 

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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