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Vôlei de Praia

Brasil classifica três duplas às oitavas de final em Ostrava

Ana Patrícia/Rebecca, Carol Solberg/Maria Elisa e Fernanda Berti/Bárbara Seixas avançaram como campeãs de seus grupos e estão no mata mata da República Tcheca

Divulgação/FIVB

O Brasil avançou com três duplas às oitavas de final do torneio feminino na etapa quatro estrelas de Ostrava (República Tcheca), pelo Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Foram nove jogos e sete vitórias nesta quinta-feira (30.05), com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) e Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ) saindo em primeiro de seus respectivos grupos e garantindo um lugar na próxima fase.

Ágatha e Duda (PR/SE) venceram na estreia, mas acabaram superadas pelas compatriotas Fernanda/Bárbara no segundo jogo da chave e disputarão a repescagem para irem às oitavas de final. Já Talita/Taiana (AL/CE) perderam na estreia e disputaram somente um jogo nesta quinta, precisando de vitória nesta sexta-feira para seguirem à repescagem.

As adversárias das brasileiras, tanto na repescagem, quanto nas oitavas de final, serão definidas apenas na manhã desta sexta-feira, ao final da fase de grupos. A competição segue até domingo (02.06), dia das disputas de medalha de bronze e ouro.

Carol Solberg e Maria Elisa começaram o torneio superando a atual campeã olímpica e mundial, Laura Ludwig, e sua nova parceira, Meg Kozuch, da Alemanha, por 2 sets a 1 (21/15, 16/21, 15/9), em 50 minutos. Horas depois, em duelo contra as canadenses Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes, mais uma vitória, desta vez por 2 a 0 (21/18, 21/19), em 39 minutos. Carol analisou o triunfo e comentou a influência das baixas temperaturas no jogo.

“Foram vitórias muito importantes, está bastante frio em Ostrava e, nesta situação, precisamos ter uma concentração muito maior em todos os movimentos, o corpo fica um pouco mais ‘rígido’. Maria jogou muito bem, defendeu muito e converteu muitos contra-ataques, me ajudou nos momentos de dificuldade. Perdemos para elas em Itapema (SC), então era uma partida que queríamos muito jogar bem. O torneio é longo, foi uma largada boa, mas já passou. Vamos descansar e focar na fase eliminatória”, declarou.

Ana Patrícia e Rebecca passaram pelas tchecas Kubickova/Kvapilova na estreia: 2 sets a 0 (21/14, 21/16), em 27 minutos. Na segunda rodada, valendo a liderança do grupo C, triunfo sobre as norte-americanas Kelly Claes e Sarah Sponcil de virada, com parciais de 19/21, 21/14, 15/8, em 40 minutos de partida. Ana falou sobre o bom começo em Ostrava.

“Foi um dia proveitoso, tivemos uma partida um pouco mais difícil contra as norte-americanas, mas conseguimos recuperar o controle das ações para vencer. Temos um fator externo, que eu particularmente gosto bastante, que é o frio, mas sabemos que influencia no jogo. Temos a mentalidade de que precisamos dar nosso melhor nas próximas partidas para seguir no torneio, foi só o começo”, disse a mineira de 1,94m.

No grupo com duas equipes brasileiras, Ágatha/Duda e Fernanda/Bárbara largaram com vitórias na primeira rodada. Ágatha e Duda superaram as austríacas Plesiutschnig/Schutzenhofer por 2 sets a 0 (21/19, 21/16), em 36 minutos. Já Fernanda e Bárbara derrotaram as alemãs Bieneck/Schneider por 2 sets a 0 (21/14, 21/18), em 35 minutos. Horas depois, as compatriotas se enfrentaram valendo a liderança da chave E, com triunfo de Fernanda/Bárbara por 2 sets a 1, de virada: 20/22, 21/19, 15/11.

Talita e Taiana acabaram tropeçando na estreia, sendo derrotadas pelas russas Makroguzova e Kholomina por 2 sets a 1 (13/21, 26/24, 15/13), em 48 minutos. Elas voltam à quadra na madrugada desta sexta-feira (31.05), às 4h50, e precisam vencer as tchecas Bonnerova/Maixnerova para irem à repescagem do torneio.

Ostrava será o terceiro torneio do nível quatro estrelas em três semanas. O primeiro aconteceu em Itapema (SC), terminando no dia 19 deste mês. Na sequência veio a etapa de Jinjiang (China), encerrada no último domingo, e agora é a vez da cidade tcheca. A etapa de Ostrava conta pontos para a corrida olímpica brasileira. A cidade recebeu um torneio do Circuito Mundial pela primeira vez em 2018.

A corrida olímpica que define as duplas brasileiras para Tóquio-2020 leva em consideração os 10 melhores resultados nos eventos quatro e cinco estrelas, além do Campeonato Mundial. Essa disputa acontece em paralelo com a disputa para assegurar a vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.

Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.

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