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Líbero em adaptação, Jaqueline confessa: “Muito difícil”

Jaqueline - seleção brasileira
Gáspar Nobrega/Inovafoto

Na seleção brasileira de vôlei feminino ocupando uma nova posição, Jaqueline falou sobre a adaptação em quadra. Confira!

Convocada por José Roberto Guimarães para um novo desafio com a seleção brasileira de vôlei feminino, Jaqueline teve que trocar de posição dentro de quadra: de ponteira para líbero. Acostumada a atacar, bloquear, sacar e estar presente em quadra durante todos os jogos, a jogadora conta que tem tocado pouco na bola ao longo dos treinos, e a adequação tem sido trabalhosa.

“Eu tenho que me adaptar bem, tenho que trabalhar minha cabeça, porque realmente está sendo muito difícil”, considerou Jaque. “É um desafio a mais na minha vida. Quando o Zé me chamou, eu sabia que seria difícil para mim, porque eu fui atacante minha vida inteira, mas tenho a sorte de ter esse algo a mais”, completou.

Porém, aos 34 anos, a atacante – ou a nova líbero – considera o momento certo na carreira para a mudança. “Faz parte, para eu estender meu voleibol, para eu continuar e ter uma vida mais prolongada no voleibol. Acho que essa é uma opção muito bacana e eu tenho que começar agora”, acredita.

Como ponteira, Jaque foi bicampeã olímpica, em Pequim 2008 e Londres 2012, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011, prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, vice-campeã mundial em 2006 e 2010 e pentacampeã do Grand Prix em 2005, 2006, 2008, 2014 e 2016. Agora, como líbero, a jogadora segue em busca de novos títulos. “Eu vou ter que surpreender muita gente nessa função, como eu surpreendi na função de ponteira”, garantiu.

 

Exemplo dentro de casa

No novo desafio para se firmar na seleção, Jaque conta com um apoio especial. Murilo, marido da jogadora, também atuava como ponteiro e agora é líbero no Sesi-SP – equipe na final da Superliga masculina de vôlei 2017/2018.

“A gente teve uma responsabilidade diferenciada, sempre fomos ponteiros passadores, jogadores de volume. Eu jamais imaginaria virar líbero assim de uma hora para a outra. Ele acabou virando, e sucessivamente eu também, mas não foi nada conversado, foi natural”, contou Jaque.

 

Liga das Nações

O primeiro campeonato da seleção brasileira na temporada será a Liga das Nações, que reúne 16 equipes em sete semanas de disputa pelo título, e começa no próximo dia 15, em Barueri (SP). Jaque, retornando ao grupo, comentou a rotina carregada.

“Vão ser viagens bem pesadas, vão ser seis semanas viajando direto, fora essa do Brasil. Ficar longe da minha família vai ser muito difícil, faz tempo que eu não disputo e fico muito tempo fora de casa, mas é algo que eu quero. Eu sei que meu filho vai entender no futuro”, explicou a jogadora.

A estreia no Brasil traz mais confiança à nova ponteira. “Se a gente fosse para a Europa ou até mesmo para a Ásia, para voltar para cá e depois viajar de novo seria muito mais pesado. A primeira semana sendo aqui, depois a gente ficando direto por lá, fica mais fácil. Lógico que ficamos mais longe de casa, mas aí a gente já pega uma reta só e vai até o final, se Deus quiser”, finalizou Jaque.

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