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Fofão lança biografia: “Consegui ser uma referência boa”

“Toque de Gênio – A história e os exemplos de Fofão”, livro sobre a carreira de uma das atletas mais importantes do vôlei brasileiro, é lançado em São Paulo.

2018 foi escolhido a dedo para o lançamento do livro e do filme de Fofão, uma das peças mais importantes na conquista do ouro olímpico do vôlei feminino em 2008. Dez anos após o título, a levantadora teve sua história contada por Katia Rubio e Rodrigo Grilo em “Toque de Gênio – A história e os exemplos de Fofão”, que foi lançado na noite desta terça-feira (11), em São Paulo.

“Desde 2010 eu já tinha conversado com a Katia. Ela fez uma entrevista e colocou a ideia da biografia. Era uma coisa que nunca passou pela minha cabeça. Eu sempre achei que essas coisas fossem para quando eu parasse de jogar”, contou Fofão. “Eu parei de jogar, a gente se encontrou de novo e eu tive um ano muito corrido. Em 2016 a gente começou a formatar a ideia”, completou.

Fofão

Foto: Edu Lopes/Click de Gente

O documentário “Brilhante”, inspirado na biografia, ficou por conta da Produtora Março. A ex-levantadora conta que a ideia inicial estava concentrada somente na produção do livro, mas ao ver a emoção das pessoas, surgiu a idealização do complemento em vídeo. “Foi crescendo tanto que a gente não podia perder aquele momento das pessoas. Mesmo que a gente fizesse o livro e depois fosse fazer o documentário, a emoção que a gente pegou das pessoas falando não ia ser a mesma, porque elas já iam saber o que falar”, relatou.

Entre tantas curiosidades no livro, como a reserva em 2004, a situação com Fernanda Venturini em 2008 e a posterior conquista do ouro, o apelido e histórias inéditas da vida pessoal da ex-atleta, Fofão se vê como exemplo para as jovens que querem seguir no esporte. A ex-levantadora é a mais vitoriosa da história do vôlei feminino brasileiro, com três medalhas olímpicas – dois bronzes (Atlanta 1996 e Sydney 2000) e um ouro (Pequim 2008).

“Eu acho que a nossa função não tem como ser outra a não ser incentivar essas crianças, elas precisam de referências boas. Eu acho que dentro de tudo o que eu fiz no meu trabalho, eu consegui ser uma referência boa”, disse. “Se a minha história, se o meu livro servir para essas meninas que estão começando agora saberem que não tem condição social, que não tem cor, que não tem raça e que elas podem conseguir ser o que elas quiserem, eu vou estar muito feliz”, acrescentou.

 

Seleção brasileira

Foto: Reprodução

A aposentadoria aconteceu em maio de 2015, após 30 anos de carreira, sendo 17 deles na seleção brasileira. Em um período tão longo, Fofão passou por alguns processos de renovação do grupo e hoje, de longe, avalia o momento da equipe feminina do Brasil.

“Eu acho que toda renovação passa por um processo de desconfiança, porque saem jogadoras importantes, peças importantes, e entram jogadoras que precisam de experiência”, afirmou. “Agora vai passar por uma renovação grande, que vão entrar muitas jogadoras jovens. O processo é esse, dar experiência para quem está chegando para que a gente possa ter sempre uma seleção no mais alto nível possível”, finalizou.

Já em relação à participação na comissão técnica de José Roberto Guimarães, a ex-jogadora ainda não se vê pronta. “Eu ainda não me sinto preparada para isso. Eu fico muito feliz pela lembrança, eu sempre me coloquei à disposição para ajudar, mas para estar ali como fixa ainda, eu acho que ainda não é minha hora”, concluiu.

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