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Presença de Tiffany na Superliga gera polêmica nas redes sociais

Presença de Tiffany na Superliga gera polêmica nas redes sociais
Divulgação/Vôlei Bauru

Depois de estrear pelo Vôlei Bauru como primeira transexual da Superliga, Tiffany causa polêmica nas redes sociais.

Tiffany Pereira de Abreu estreou pelo Vôlei Bauru no dia 10 de dezembro, e está fazendo história no cenário do esporte brasileiro. A atleta é a primeira transexual a jogar uma partida oficial da Superliga, o que tem dividido opiniões nas redes sociais.

Foram três anos de transição do sexo masculino para o feminino. Nascida em Goiás, Tiffany era Rodrigo Pereira de Abreu, e chegou a disputar a Superliga masculina A e B no Brasil, além de outros campeonatos internacionais.

Após a realização da transição completa, com cirurgia e novos documentos, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) concedeu à Tiffany o direito de disputar ligas femininas no início de 2017. Isto aconteceu levando em consideração o controle do nível de testosterona – que deve estar abaixo dos 10 nanogramas (ng), concentração média entre as mulheres. A de Tiffany é de 0,2 ng.

De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), no entanto, não é preciso obrigatoriamente passar por cirurgia de mudança de sexo para que tal reconhecimento aconteça. A liberação da Confederação Brasileira de Vôlei, entretanto, só aconteceu dois dias antes da estreia oficial pelo Bauru.

Em meio a atuação de destaque de Tiffany na Superliga feminina, a ex-jogadora da seleção brasileira Ana Paula Henkel usou as redes sociais para demonstrar insatisfação com a situação. Criticando a atleta, Ana Paula disse: “Muitas jogadoras não vão se pronunciar, com medo da injusta patrulha, mas a maioria não acha justo uma trans jogar com as mulheres. E não é. Corpo foi construído com testosterona durante toda a vida. Não é preconceito, é fisiologia. Por que não então uma seleção feminina só com trans? Imbatível”.

Ao site GloboEsporte.com, a atleta contou que sentiu as mudanças consequentes da queda dos níveis de testosterona em seu corpo, admitindo ter transformado também as características de jogo ao longo da transição.

A crítica de Ana Paula, porém, gerou uma polêmica ainda maior sobre Tiffany. Enquanto uns se apegam à fisiologia, ainda que os níveis de testosterona de Tiffany estejam dentro do permitido pela própria FIVB, e são contra, outros defendem a liberdade, o respeito e a diversidade.

Confira a repercussão do caso nas redes sociais:

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