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Nati vira embaixadora de empresa de aparelhos para surdos

Primeira jogadora de vôlei surda a atuar profissionalmente no Brasil, ponteira se tornou embaixadora da Sonova, empresa que produz aparelhos para pessoas com problemas auditivos

jogadora de vôlei surda a atuar profissionalmente no Brasil, se tornou embaixadora da Sonova, empresa de aparelhos para surdos
Nati Martins em ação no vôlei da Romênia (Instagram/natimartinsoficial)

A jogadora de vôlei Natália Martins, mais conhecida como Nati Martins, se tornou embaixadora da Sonova Holding AG, empresa suíça que produz aparelhos para pessoas que sofrem com surdez. A atleta de 35 anos perdeu 70% da audição quando tinha quatro anos de idade e utiliza um produto da marca.

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Ex-jogadora do Osasco, Natália Martins se tornou a primeira jogadora de vôlei surda a atuar profissionalmente no Brasil. Em 2019, a central paulista se mudou para a Romênia para defender o Dínamo Bucaresti.

A Sonova produziu um mini documentário sobre sua vida e transferência para a Europa. O ex-técnico da seleção brasileira Bernardinho faz parte da produção.

“Estamos lisonjeados em trabalhar com a Natália Martins. O comprometimento da jogadora como embaixadora da marca ajuda a gerar conhecimento sobre o quão importante a causa é. Ela servirá como exemplo para a comunidade de pessoas com problemas auditivos,” disse Arnd Kaldowski, diretor executivo da Sonova.

Experiência diferente

Em 2016, Nati Martins foi convocada para o Pan-Americano de surdos. Na ocasião, a central teve que jogar sem o aparelho auditivo, uma experiência totalmente diferente em sua carreira como atleta.

A ponteira Nati Martins, 1ª jogadora de vôlei surda a atuar profissionalmente no Brasil, se tornou embaixadora global da Sonova,  empresa de aparelhos auditivos para surdos
Nati Martins em ação no vôlei da Romênia. Jogadora virou embaixadora de uma empresa que produz aparelhos para surdos (Instagram/natimartinsoficial)

“Jogar sem aparelho foi como ficar sem chão. Eu tô acostumada a ouvir e maioria delas (outras jogadoras), não. Cada vez que eu atacava a bola eu queria ouvir o barulho da bola e não sentia”, contou Natália em entrevista ao Jornal Nacional.

O Brasil ficou com a prata e a Natalia foi eleita a melhor jogadora do Pan-Americano.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de nove milhões de brasileiros sofrem com problemas auditivos. Apenas 8%, entretanto utilizam aparelhos auditivos.

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