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Na raça e na superação, Brasil se garante em Tóquio-2020

Brasil breca reação dominicana e garante vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Jogadoras do Brasil beijam daruma, "troféu" do Pré-Olímpico. Divulgação/FIVB

O primeiro olho está pintado. Após o jogo, Brasil foi presenteado com uma daruma, boneco tradicional japonês de olhos brancos que tem um significado especial. Quando se tem um objetivo, você pinta um dos olhos da daruma para sempre se lembrar do que precisa fazer. Com a vitória por três sets a dois sobre a República Dominicana (25-22, 25-19, 23-25, 18-25, 15-10) pela última rodada do Pré-Olímpico, a missão brasileira está definida: buscar o tricampeonato nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Mais uma vez, o tie-break foi necessário para a vitória brasileira. O brasileiro Marcos Kwiek, técnico da República Dominicana, acertou seu time após o segundo set e forçou o quinto set decisivo. Zé Roberto, no entanto, respondeu à altura e mudou a seleção para conquistar a vaga para Tóquio.

Lorenne liderou o Brasil com 22 pontos, seguida de Gabi com 18. Pelo lado dominicano, Brayelin Martínez liderou com 20 pontos marcados

Ah, e a daruma? Depois que seu objetivo é completado, o segundo olho é pintado. A torcida é para que Lorenne, Gabi, Tandara e cia. completem o par de olhos da daruma daqui a um ano.

 

O jogo

Zé Roberto Guimarães deu um voto de confiança às titulares, ao repetir a escalação dos últimos dois jogos. Apesar de Lorenne e Tandara terem sido irregulares contra o Azerbaijão, logo mostraram que o técnico estava certo em dar uma segunda chance. Ambas começaram decidindo no ataque a favor do Brasil.

No entanto, o começo não foi dos melhores. O bloqueio dominicano dificultava muito o ataque, e a disputa até o primeiro tempo técnico foi ponto a ponto. Após a parada, no entanto, a distribuição de bola de Macris melhorou e facilitou o trabalho de Lorenne. Rapidamente, a jovem começou a acumular pontos e terminaria liderando o Brasil no set com 8 pontos.

Foi a vez também do bloqueio brasileiro aparecer. O contra-ataque cubano foi neutralizado por Bia e Gabi e facilitou ainda mais o trabalho de Leia na recepção. Foi o suficiente para permitir que o Brasil abrisse cinco pontos de vantagem. O set teria um pouco de emoção no fim com as dominicanas diminuindo a vantagem para dois pontos, mas o Brasil fecharia em 25-22.

O segundo set mais uma vez começou ponto a ponto. Macris voltou a variar o jogo, agora usando Mara pelo meio mais vezes. Isso abriu espaço para Lorenne ter ainda mais liberdade no ataque, e ela voltou a dominar. Mais uma vez, o Brasil disparou no placar na segunda metade do set. Placar final: 25-19.

As dominicanas, do técnico Marcos Kwieck, voltaram melhor no terceiro set. O bloqueio enfim conseguiu anular Lorenne, que teve dificuldade em passar pelo muro adversário. O saque começou a encaixar também, com a levantadora Marte Frica obtendo ótima sequência para abrir cinco pontos de vantagem.

O set virou então uma perseguição brasileira à vantagem das rivais. Gabi voltou a aparecer com Lorenne bem marcada, e ajudou o Brasil a cortar aos poucos a liderança dominicana. Não foi o suficiente, no entanto: após defender três set points seguidos, viu a República Dominicana fechar o terceiro set em 25-23.

A reação brasileira ficou por aí. Lorenne e Gabi ficaram bem marcadas e foram anuladas pelas comandadas de Marcos Kwiek. O passe dominicano estava impecável e o Brasil logo se viu novamente atrás no placar. As dominicanas fecharam o set com tranquilidade, 25-18.

José Roberto mais uma vez mudou o time. Colocou Natália, botou Tandara novamente em quadra e juntas formaram trio com Gabi. Foi demais para a República Dominicana, que voltou a errar na recepção e no saque. Depois de dois sets sendo parada no bloqueio, Gabi superou o muro caribenho e marcou dois pontos seguidos explorando as dominicanas. Um ataque de Mara, pelo meio, fechou o jogo em três sets a dois e garantiu a vaga olímpica para o Brasil.

Em Tóquio 2020, a seleção vai buscar o tricampeonato olímpico.

 

 

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