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Tóquio 2020

Erica Sena e 4×100 m masculino almejam medalha em Tóquio

Erica Sena, da marcha atlética trabalha para subir ao pódio. Já o 4 x 100 m masculino é o atual campeão do Mundial de Revezamento

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O revezamento 4x100 m masculino é candidato a medalha em Tóquio (Wagner Carmo/CBAt)

O atletismo brasileiro pode conquistar duas medalhas daqui a um ano nos Jogos Olímpicos de Tóquio. No dia 6 de agosto de 2021, Erica Sena, da marcha atlética, busca o pódio que tem escapado por detalhes, após ficar em quarto lugar nos Campeonatos Mundiais, em Londres-2017 e Doha-2019. Mais tarde, no período da noite, o revezamento 4 x 100 m masculino, se passar pelas eliminatórias do dia anterior, entrará para tentar uma medalha e, quem sabe, repetir o ouro conquistado no Mundial de Revezamento do ano passado.

Brasileira quer medalha em Tóquio

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Erica Sena é a atual terceira do mundo na marcha atlética (Wagner Carmo/CBAt)

Erica Sena é a atual terceira colocada no ranking mundial da World Athletics (Federação Internacional de Atletismo). A brasileira disputou os Jogos Olímpicos Rio-2016 e ficou na sétima colocação com o tempo de 1h29min29s. Há quatro anos, a medalha de ouro ficou com a chinesa Liu Hong (1h28min35s), a prata com a mexicana María Guadalupe González (1h28min37), e o bronze com a chinesa Lü Xiuzhi (1h28min42s). No ano seguinte, a marchadora iniciou seu ciclo para Tóquio.    

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Em 2017, Érica Sena conquistou o expressivo quarto lugar no Campeonato Mundial de 2017, disputado em Londres. Ela marcou o tempo de 1h26min59s, sua melhor marca pessoal até hoje, e quebrou o recorde sul-americano da prova. A primeira colocada foi a chinesa Yang Jiayu (1h26min18s), seguida por, respectivamente, a mexicana María Guadalupe González (1h26min19s), segunda, e a italiana Antonella Palmisano (1h26min36s), terceira.

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No Mundial seguinte, a brasileira repetiu a posição de dois anos atrás. Em 2019, em Doha, Erica Sena novamente se aproximou do pódio com a marca de 1h33min36s. A chinesa Liu Hong, assim como na Rio-2016, ficou com o ouro (1h32min53), acompanhada de perto por suas compatriotas Qieyang Shenjie (1h33min10), prata, e Yang Liujing (1h33min17s), bronze. Erica Sena concedeu entrevista ao Olimpíada Todo Dia e avaliou seu ciclo olímpico.  

Posição da brasileira

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A brasileira, da marcha atlética, terminou em quarto no Mundial de 2019 (IAAF/Divulgação)

“Foram anos muito importantes para meu crescimento. Aprendi e evolui muito e pude conhecer melhor minhas adversárias”, disse a brasileira, que apontou suas principais oponentes. “Eu não costumo descartar nenhuma adversária, mas as que quase sempre estão no pelotão da frente são as três chinesas, a equatoriana, a peruana, a colombiana e as duas italianas”, completou Erica Sena.

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As chinesas citadas por Erica Sena são Liu Hong, líder do ranking mundial, Qieyang Shenjie, segunda melhor do momento, Yang Jiayu, que aparece logo atrás da brasileira na quarta posição. Já a colombiana apontada é a Sandra Lorena Arenas, quinta do ranking. Com 35 anos, a marchadora revelou sua pretensão, mas está preocupada com as limitações dos treinos devido à pandemia de coronavírus

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“Minha pretensão para Tóquio é a medalha. Agora a minha preocupação maior é poder voltar a treinar com normalidade. Ainda temos tempos para recuperar o que perdemos com tudo isso que está acontecendo, mas não pode demorar muito tempo mais, pois senão realmente vai acabar comprometendo o resultado de muita gente”, afirmou Erica Sena, que mora na cidade de Cuenca, no Equador.

Trajetória no ciclo para Tóquio

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Erica Sena, da marcha atlética, terminou na sétima posição na Rio-2016 (IAAF/Divulgação)

No ciclo para os Jogos de Tóquio, Erica Sena participou de 19 competições da marcha atlética de 20 km. Neste período de 2017 a 2020, a marchadora esteve no pódio em dez oportunidades e, quando não ganhou medalha, alcançou posições relevantes nos Mundiais de 2017 e 2019, ambos terminando na quarta colocação.

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No primeiro ano, Erica Sena abriu a temporada com a medalha de prata do Circuito Internacional de Marcha, disputado na Cidade de Juárez, no México. Depois disso foram três títulos: Circuito Internacional de Marcha, em Monterrey, no México (1h32min07s), Gran Premio Cantones, em La Coruña, na Espanha (1h29min16s) e o Campeonato Brasileiro, em São Bernardo do Campo, no Brasil (1h37min34s).

Em 2018, a brasileira ficou com o ouro em duas oportunidades e com a prata em mais uma. Ela ganhou o Campeonato Sul-Americano, em Sucúa, no Equador, com 1h30min22s, e o Campeonato Brasileiro, em Bragança Paulista, com 1h45min49s, e ficou com o segundo lugar no Memorial Jerzy Hausleber, em Monterrey, no México, com 1h30min47s.

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Para completar, Erica Sena obteve mais três pódios entre 2019 e 2020. No ano passado, a brasileira ganhou o Race Walking Challenge, em Lázaro Cárdenas, no México, com 1h29min22s, e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, com 1h30min34s. Neste ano, a marchadora competiu somente uma vez e terminou em primeiro no evento em Recife, com 1h37min06s.

Revezamento 4 x 100 m: bons resultados em 2019

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A equipe brasileira campeã do Mundial de Revezamento de 2019 (Wagner Carmo/CBAt)

Assim como Erica Sena, o revezamento 4 x 100 m masculino está credenciado a conquistar uma medalha nos Jogos de Tóquio. Em 2019, no Campeonato Mundial de Revezamento, disputado em Yokohama, Japão, a equipe brasileira formada por Rodrigo Nascimento, Derick Silva, Jorge Vides e Paulo André conquistou o título com a marca de 38s05, deixando para trás os americanos, vice-campeões, e os britânicos, terceiros colocados.

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O resultado registrado pelo quarteto brasileiro foi histórico. A prova do revezamento 4 x 100m masculino é tradicional para o Brasil, já que trouxe as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, e os bronzes nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e Pequim-2008. Além de anotar, no ano passado, o melhor resultado do país, o Brasil terminou em quarto no Mundial de Revezamento de 2017, com 37s99.

Felipe Siqueira, técnico do revezamento 4 x 100 m masculino, analisou a equipe brasileira no ciclo aos Jogos de Tóquio. “A avaliação é satisfatória, pois atingimos nosso objetivo que era melhorar os atletas individualmente nos 100m, já que estávamos muito aquém dos demais times, e aperfeiçoar as passagens de bastão. Podemos observar uma melhora significativa no tempo do revezamento com diferentes formações”, disse.

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“Nesse período a equipe melhorou 18 centésimos em relação ao antigo recorde sul-americano conquistado em Sydney-2000, onde fomos prata e conquistamos títulos importantes como o mundial de revezamentos”, acrescentou o treinador, que indicou os principais rivais da seleção brasileira em Tóquio “Os principais adversários serão Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão, Jamaica e África do Sul”, apontou Felipe Siqueira.

Evolução por medalha em Tóquio

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O time brasileiro ficou na quarta posição no Mundial de Atletismo de 2019 (Wagner Carmo/CBAt)

O técnico acha que a equipe brasileira pode brigar por medalha se melhorar as marcas dos anos que antecederam aos Jogos de Tóquio. “Acredito que melhorando ainda mais o tempo do time podemos ser finalistas e disputar uma medalha em Tóquio. A evolução apresentada durante esse ciclo já nos credencia a isso. E essa parceria entre COB (Comitê Olímpico do Brasil) e CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) está nos dando boas condições de trabalho”, concluiu Felipe Siqueira.

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Ainda em 2019, a equipe brasileira participou do Campeonato Mundial de Doha, no Qatar, e o time formado por Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick Silva e Paulo André acabou a prova na quarta posição com o tempo de 37s72. O título da competição ficou com os Estados Unidos, com 37s10, seguido por Grã-Bretanha, segundo, com 37s36, e Japão, terceiro, com 37s43.

Revezamento 4 x 100 m na Rio-2016

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O revezamento 4×100 m masculino tem tradição no Brasil (IAAF World Relays/Divulgação)

Na Rio-2016, o Brasil chegou à final do revezamento 4×100 m com Ricardo de Souza, Vítor Hugo dos Santos, Bruno de Barros e Jorge Vides. Com 38s41, os brasileiros fecharam a prova na sexta colocação. Os atuais campeões olímpicos são os jamaicanos, com Asafa Powell, Yohan Blake, Nickel Ashmeade, Usain Bolt (37s27).

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Já a medalha de prata ficou com os japoneses Ryota Yamagata, Shōta Iizuka, Yoshihide Kiryū e Asuka Cambridge (37s60) e o bronze com os canadenses Akeem Haynes, Aaron Brown, Brendon Rodney e Andre De Grasse (37s64).

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