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Tóquio 2020

Na estreia em Tóquio, C1 feminino terá Ana Sátila na briga

Nova prova da canoagem slalom, o C1 feminino terá a canoísta brasileira Ana Sátila entre os principais destaque em Tóquio-2020

Com Ana Sátila, canoagem slalom terá duas chances de pódio nos Jogos (Divulgação/CBCa)

Depois de competir no K1, daqui exatamente um ano a brasileira Ana Sátila cairá na água para competir em uma Olimpíada no C1 da canoagem slalom. Essa será a segunda chance de medalha da canoísta em Tóquio-2020 e ela pode surpreender na prova que estreia em Jogos Olímpicos.

Ainda mais se vier embalada por um bom resultado na correnteza artificial de Kasai Canoe Slalom Centre, na capital japonesa.

A margem para erros é bem pequena. Afinal, Ana Sátila (24 anos) vai enfrentar adversárias experientes. Só que mesmo ainda bem jovem, a canoísta brasileira já vai para sua terceira olimpíada.

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Ela estava em uma evolução crescente, que foi interrompida pela pandemia, mas está com vaga olímpica garantida e vai poder se dedicar inteiramente aos treinamentos e ajustes para chegar veloz e precisa em Tóquio-2020.

Tanto no caiaque (K), quanto na canoa (C), Ana Sátila vai chamar a atenção no Japão.

Histórico

Com apenas 16 anos, Ana Sátila foi a canoísta mulher mais jovem a disputar a Olimpíada de Londres-2012. No K1, ela não chegou às semifinais e terminou na 16ª colocação geral. Na Rio-2016, com 20 anos, a canoísta foi a 17ª colocada nas corredeiras de Deodoro, também sem conseguir chegar nas semis do K-1.

Ou seja, a brasileira ainda não teve nenhuma experiência olímpica no C1. Sua primeira vez será em Tóquio-2020, já que a prova estreia no feminino.

K1 ou C1

Ambos. Os resultados de Ana Sátila provam que ela vai nas duas modalidades.

O ciclo olímpico de Ana Sátila foi muito bom e jogou holofotes sobre seu desempenho. Logo após a Rio-216, já conquistou um segundo lugar no K1 da etapa de Praga da Copa do Mundo de canoagem slalom.

Sem grandes surpresas, Ana Sátila acabou também se destacando no C1 ao longo de 2017 e dividiu-se entre as modalidades ao longo do ano. No Mundial Sub-23, terminou como a segunda melhor no K1 e a quarta no C1.

Na etapa de Ivrea da Copa do Mundo, mais dois bronzes foram conquistados, no K1 e C1. Pelo Mundial adulto, a canoísta não passou da semifinal do K1, mas foi bronze no C1, mesmo sendo ainda Sub-23.

+ A um ano dos Jogos, expectativa é quebrar recorde de medalhas

Em 2018, seu ano mais discreto, a brasileira conquistou bronzes no C1 na etapa polonesa e alemã da Copa do Mundo, só que não conseguiu o mesmo desempenho no K1.

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Ana Sátila foi campeã no C1 e no K1 Extremo de Lima 2019 – Jonne RorizCOB

Consistência durante o ciclo

Veio 2019 e com ele um novo salto de qualidade. Um ouro na etapa polonesa da Copa do Mundo, mas no C1. A redenção no K1 aconteceu na Final da Copa do Mundo, onde Ana Sátila garantiu a prata.

Pelos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, Ana Sátila foi a campeã no C1, não pegou pódio no K1, mas também levou o ouro no K1 Extremo. Para azar da brasileira, o K1 Extremo ainda não é olímpico, pois com seus resultados nesta prova nos últimos anos, canoísta brasileira seria uma das favoritas.

E para fechar a última competição antes da pandemia, a canoísta competiu no Evento-Teste de Tóquio-2020.

Um sexto lugar no K1 e um quarto lugar no C1. Como será a representante brasileira nas duas modalidades da canoagem slalom, Ana Sátila tem a chance de pódio dobrada.

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