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Tóquio 2020

Almir Junior vive sonho e se inspira em medalhistas olímpicos

O atleta quer colocar seu nome no ‘clube dos 18 metros’ e tem como referência Adhemar Ferreira da Silva, João do Pulo e Nelson Prudêncio

Almir Junior Adhemar Ferreira da Silva Nelson Prudência João do Pulo Medalha Olímpica Tóquio
Almir Junior trabalha para conquistar uma medalha nos Jogos de Tóquio (Alexandre Loureiro/COB)

O Brasil tem história no salto triplo e Almir Junior quer entrar na lista de medalhistas olímpicos do país nesta prova. Ele quer se colocar no grupo dos lendários Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico, em Helsinque-1952 e Melbourne-1956, Nelson Prudêncio, prata na Cidade do México-1968 e bronze em Munique-1972, e João do Pulo, bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980. O atleta deseja uma medalha olímpica nos Jogos de Tóquio.

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“Penso muito em medalha olímpica depois dos resultados que obtive. É óbvio que quero ser campeão olímpico, mas trabalho e vou dar o meu melhor sonhando com uma medalha. Se conseguir fazer uma preparação tão boa quanto a desse ano tenho condições de brigar por isso. Sei que Olimpíada tem uma grande magia, mas sonho com esse momento há muito tempo e na final é 50% de chances para todo mundo”, disse Almir Junior.

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“Tem três pessoas que me inspiram mais do que nunca. Além de grandes atletas, Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João do Pulo são caras com história no salto triplo e que me motivam por tudo que fizeram. Espero um dia poder colocar meu nome, não junto, mas pelo menos perto para fazer minha história e continuar a deles. Acho que se eles conseguiram eu também posso”, completou o triplista em live do Olimpíada Todo Dia.  

Trabalho para quebrar hegemonia

Almir Junior Adhemar Ferreira da Silva Nelson Prudência João do Pulo Medalha Olímpica Tóquio
Almir Junior tem como principais rivais os americanos Christian Taylor e Will Claye (Wagner Carmo/CBAt)

Os últimos dois Jogos Olímpicos foram dominados pelos americanos Christian Taylor e Will Claye, respectivamente, campeão olímpico e medalha de prata nas edições de Londres-2012 e Rio-2016. Na capital londrina, Taylor marcou 17,81 m e Claye 17,62 m. Já no evento realizado no Brasil, o vitorioso anotou 17,86 m e o segundo colocado 17,76 m. Confiante, Almir Junior se coloca entre os postulantes a quebrar essa hegemonia.

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“Os principais adversários são Christian Taylor e Will Claye. Eles têm essa hegemonia a ser quebrada. Se for parar para pensar, o primeiro e segundo lugares são deles e os outros brigam pelo terceiro. Estou aí para mudar isso e gosto de saltar contra quem está bem. Gosto do embate e quero que seja uma Olimpíada de alto nível que melhores subam ao pódio. E espero estar entre eles”, destacou o atleta.  

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“Não penso muito nos meus adversários. Penso em mim e sei que preciso trabalhar muito para alcançar o sonho que tenho. Se eu fizer a minha parte eles terão que fazer a deles e se não fizerem terão problemas”, concluiu Almir Junior que, atualmente, está em Porto Alegre (RS) e voltou aos treinos na Sogipa, seu clube.

Sonhando alto

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Almir Junior quer entrar no seleto grupo dos atletas que saltaram acima dos 18 metros (Marcos Nagesltein/Sogipa)

Aos 26 anos, Almir Junior tem como um de seus principais resultados a conquista da medalha de prata no Campeonato Mundial Indoor (pista coberta) de 2018, disputado em Birmingham (ING). Ele anotou 17,41 m e ficou apenas dois centímetros atrás de Will Claye, atleta americano e atual vice-campeão olímpico.

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“O Brasil tem tradição no salto triplo e tem que ser respeitado. Quero colocar meu nome no clube dos 18 metros e tenho trabalhado para isso e já mostrei que posso”, afirmou Almir Junior que, no momento, tem a terceira melhor marca na história do Brasil. Com 17,53 m, ele está atrás apenas de Jadel Gregório, primeiro, com 17,90 m, e João do Pulo, segundo, com 17,89 m.

Adhemar Ferreira da Silva ganhou sua medalha de ouro em 1952 com a marca de 16,22 m. Já em 1956 saltou 16,35 m. Nelson Prudêncio alcançou a prata em 1968 com 17,27 m e o bronze em 1972 com 17,05 m. Por fim, João do Pulo ficou em terceiro em 1976 com 16,90 m e em 1980 com 17,22 m.

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