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Tóquio 2020

Torcedores brasileiros buscam alternativas para 2021

Brasileiros já começam a adiar viagens e hospedagens para companhar Jogos diretamente de Tóquio

Grupo dos "chapolins" esteve no Rio em 2016 (Foto: Arquivo Pessoal)

O anúncio das novas datas do Jogos Olímpicos de Tóquio feito na segunda-feira (30) pelo Comitê Olímpico Internacional trouxe um sentimento de alívio para muitos envolvidos no evento. Dentre os que comemoraram o fato do evento já possuir o dia de abertura estão os torcedores brasileiros que irão ao Japão acompanhar o maior evento esportivo de perto.

Este é o caso de Gustavo Cardoso, agente de viagem, que já tinha tudo acertado para viajar ao Japão em julho. Com 114 ingressos comprados para o evento, ele e seu grupo de amigos, autointitulados “Os Chapolins”, comemoram o fato de já saberem as novas datas do evento para começarem o seu planejamento para o ano que vem.

“Todos nós fechamos a viagem, a casa que ficaríamos em Tóquio, 114 ingressos. Agora que sabemos a data para os Jogos novamente, queremos entrar no processo de adiamento disso tudo desde já. A expectativa é de que conseguiremos alterar as datas sem grandes prejuízos e somente haja multas para as passagens aéreas”, explicou.

Outro brasileiro que irá à Tóquio para assistir as competições, o médico Luiz Gonzaga afirmou que inclusive já conversou com o proprietário do local que havia alugado para passar a sua estadia no Japão e acredita que não terá grandes problemas para ajeitar a situação com antecedência.

“Meu grupo de amigos alugou apartamentos em uma região próxima do centro de Tóquio e já entramos em contato com a pessoa que disponibilizou esses apartamentos, que já se mostrou solícito em mudar as reservas sem custos”, garantiu.

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Mesmo com todas essas mudanças, Luiz ressalta que aprovou a decisão do COI em adiar a realização do evento em um ano. Isso porque, na visão do médico, o evento não tinha mais clima para acontecer e o foco de momento precisa ser outro.

“Se continuasse a ser disputada nesse ano, eu iria acabar desistindo, pois sou médico e não me sentiria bem em sair do país sem poder ajudar com o que posso numa situação de pandemia, além de pôr a minha própria saúde em risco. Não havia mais clima psicológico para a realização do evento, que é a união dos povos e dos atletas em torno do esporte”, avaliou Luiz, que irá acompanhar a sua segunda Olimpíada de perto após 2016.

Novas oportunidades

Apesar de todas essas mudanças representarem uma dor de cabeça por parte dos torcedores brasileiros que já haviam garantido presença no evento, o adiamento abre espaço para quem adoraria acompanhar este espetáculo de perto, porém estava impedido em 2020.

Esta era a realidade de Rovilson de Freitas, que agora vê uma luz no fim do túnel para que possa finalizar o seu mestrado – referente aos dados dos atletas olímpicos brasileiros na história – e cumprir a sua meta criada em 2016, após ser dançarino voluntário da cerimônia de abertura, de acompanhar todos os Jogos Olímpicos in loco.

“Eu definitivamente não iria a Tóquio. Esse ano de 2020 é fundamental para a conclusão do meu mestrado. A ideia era aproveitar esse período para adiantar o que fosse necessário no meu projeto, que pretendo concluir no primeiro semestre de 2021. Com um pouco de organização, talvez seja possível ir ao Japão. Nada se compara em estar pessoalmente, vivendo o clima do evento”, garantiu.

Uma outra boa notícia para os torcedores brasileiros que desejam aproveitar essa nova data para viajar e acompanhar de perto os maiores esportistas do planeta pode ser a manutenção do custo da viagem. Segundo o agente de viagem Gustavo Cardoso, ele e o restante do seu grupo pretendem arcar com um custo bastante similar ao que gastariam se o evento fosse realmente realizado neste ano. 

“A expectativa é de que não aumente. Pelo fato de se tratar de um evento de tanta magnitude já é relativamente caro. Ainda existe uma pequena esperança de que toda essa crise faça que alguns países foquem em retomar o turismo. Porém, a expectativa realista é de que a faixa de preços se mantenha a mesma em relação ao que gastaríamos esse ano”, diz Gustavo.

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