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Tóquio 2020

Atletas brasileiros condenam decisão do COI sobre os Jogos

Atletas brasileiros criticam entidade por não realizar mudanças quanto a programação das Olimpíadas

Nadador Bruno Fratus foi um dos atletas que desaprovou o posicionamento do COI (Foto: Satiro Sodré/rededoesporte)

Na terça-feira (17), o COI se posicionou oficialmente afirmando que a pandemia de coronavírus não causará mudanças drásticas em relação ao planejamento para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O anúncio gerou reações de atletas brasileiros, que criticaram a decisão da entidade.

Algumas dessas reações ocorreram na publicação feita no post do Instagram do Olimpíada Todo Dia informando do pronunciamento do COI. A atleta Keely Medeiros, do arremesso de peso, foi uma que deixou claro o seu descontentamento.

“Vergonha!! Decisão completamente errada. Estamos sem poder treinar e competir. Essa decisão beneficia apenas quem tem índice é já está qualificado. O COI está pensando somente em dinheiro e não nos valores olímpicos (entre eles a igualdade de oportunidade) e na saúde das pessoas. Pessoas morrendo pelo mundo e o COI pensando em ter olimpíadas?! Por favor né!”, publicou.

Fratus se manifestou no próprio perfil do Twitter

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Recordista brasileira no lançamento de dardo, Jucilene Lima foi outra atleta que não concordou com o posicionamento da entidade. “Estão beneficiando apenas os atletas que já tem índice. Precisamos treinar e competir, os lugares que treinamos estão fechados, competições adiadas. Como vamos nos preparar desse jeito? Adaptar não significa treinar 100%, quando adaptamos não fazemos nem 10% do nosso treino. Situação difícil”, avaliou.

https://www.instagram.com/p/B91qVtkBYYY/

Outra atleta que criticou o fato de não ocorrer nenhuma mudança quanto ao planejamento dos Jogos Olímpicos foi Juliana Menis Campos, do salto com vara. “Essa decisão beneficia apenas os envolvidos economicamente nos jogos olímpicos. Os protagonistas, os atletas, estão sendo prejudicados sem locais de treinamento e sem competições para alcançar a vaga olímpica. Os únicos atletas com condições de treino são os que já possuem o índice olímpico, e no Brasil sabemos que essa é uma posição privilegiada e para poucos atletas. Lamentável!”, escreveu.

O velocista Matheus Américo Medeiros lembrou ainda da falta de tempo para as competições qualificatórias para a competição no Japão. “Tokio 2021 né… porque não tem como se preparar pra alcançar os índices”, comentou.

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