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Marcelo Demoliner, André Sá e Rogerinho estão na final de duplas do Brasil Open

A final de duplas do Torneio Aberto do Brasil – ATP 250 – Brasil Open 2017 terá a participação de três jogadores brasileiros. Marcelo Demoliner e o neozelandês Marcus Daniell enfrentam André Sá e Rogério Dutra Silva às 14h deste domingo, no Esporte Clube Pinheiros. A decisão de simples, entre o uruguaio Pablo Cuevas e o espanhol Albert Ramos-Viñolas, começa não antes das 16h.

O gaúcho Demoliner tentará vencer o primeiro título de ATP da carreira. O tenista de 28 anos e Daniell garantiram a vaga na decisao ao vencerem os argentinos Guillermo Duran e Facundo Bagnis por 6/3 e 7/6(6). Esta será a terceira final de Demoliner, segunda ao lado de Daniell.

“Não caiu a ficha ainda, mas o orgulho é muito grande de estar podendo representar meu país em um dos maiores torneios do Brasil. É um privilégio poder jogar com esta torcida a favor”, afirmou Demoliner, que treina na Academia Tennis Route, no Rio de Janeiro, além de trabalhar com o técnico especialista em duplas David Summel, da África do Sul.

Daniell, que já tem três títulos no currículo, destacou o entrosamento também fora da quadra com Demoliner. “Nós somos pessoas muito parecidas, gostamos de fazer as mesmas coisas, sempre fomos bons amigos desde que nos conhecemos. É bem legal poder jogar com um amigo, a química em quadra é ótima, e você pode ver. Acho que o público enxerga que gostamos de jogar juntos e responde a isso”, disse o neozelandês. “Marcelo é uma estrela aqui. A atmosfera amanhã vai ser incrível”, acrescentou.

Já o mineiro André Sá disputará a 29ª final no circuito, em busca do 11º troféu, segundo no Brasil Open. O anterior foi em 2008, ao lado do conterrâneo Marcelo Melo. O tenista de 39 anos e Rogerinho eliminaram na semifinal os campeões de Slam italianos Fabio Fognini e Simone Bolelli, por 6/3 e 6/2. “Temos dois torneios por ano no Brasil, então é muito especial. Ainda mais depois de 16 anos que jogo aqui”, afirmou Sá.

Único finalista que não é especialista em duplas, Rogerinho jogará sua segunda final no domingo. “Não imaginava que minha primeira final aqui seria na dupla, mas é o que buscamos no começo da semana. Viajamos tanto e a família está aqui com a gente. Eu joguei torneio de 10 anos neste clube. É muito especial”, celebrou o paulista.

“Para mim, é uma honra jogar com o André. É um cara que é ídolo de todo mundo. Escrevo nos meus posts que ele é lenda, porque é mesmo. Jogou bem simples, joga bem duplas, tem uma longevidade. Conhece todos os caminhos e aprendo muito com ele”, elogiou.

Além dos finalistas, também participaram da chave de duplas do Brasil Open 2017, Eduardo Russi Assumpção, que jogou ao lado do sérvio Dusan Lajovic, e a parceria formada por João Souza, o Feijão, e Fabricio Neis, ambas foram eliminadas na primeira rodada.

João Souza, o Feijão, foi o brasileiro que chegou mais longe no Brasil Open

Melhor brasileiro na chave de simples
do Brasil Open foi João Souza

Eliminado nesta quinta-feira, João Souza, o Feijão, foi o representante do país que mais longe chegou no Brasil Open 2017. Antes de ser eliminado por Pablo Carreno Busta, cabeça-de-chave número 1 do torneio, nas oitavas-de-final, ele venceu o argentino Horacio Zeballos em sets diretos com parciais de 6/2 e 7/6 (3). Foi a única vitória do tenista em chaves principais até agora na temporada.

Todos os outros brasileiros, Thomaz Bellucci, Thiago Monteiro, Rogério Dutra Silva, Orlando Luz e Guilherme Clezar foram eliminados na primeira rodada da chave de simples do Brasil Open 2017.

Depois de ter desistido de jogar no torneio de duplas com Thiago Monteiro por causa de uma indisposição estomacal, Thomaz Bellucci  levou uma surra de Diego Schwartzman, da Argentina, que venceu por 6/2 e 6/0 em apenas 57 minutos de partida e saiu lamentando:

“Vida de atleta é assim, são poucos dias que você entra em quadra não sentindo nada. Sabia que hoje teria que me superar. Acabei jogando aquém do que poderia. Talvez eu tenha me colocado muita pressão de jogar bem e as coisas não saíram como eu gostaria. Eu errei bastante hoje. Minhas bolas estavam sem intensidade, eu estava sem a energia certa para imprimir no jogo. Mas ele tem os méritos dele também”, afirmou Bellucci para dizer em seguida que precisa reencontrar a alegria para jogar tênis.

“Tenho que esfriar a cabeça e reencontrar a alegria e a motivação de estar na quadra que só o dia a dia vai me dar. Tenho que pensar no que a gente tem que fazer para dar a volta por cima”, concluiu.

 

Thiago Monteiro foi eliminado pela segunda vez seguida pelo argentino Carlos Berloq

Além de Thomaz Bellucci, quem decepcionou foi Thiago Monteiro. Depois de ser eliminado por Carlos Berloq há dez dias em no ATP 250 de Buenos Aires, o cearense teve a chance de se vingar da derrota sofrida para o argentino, mas acabou virando freguês do rival. Pela primeira rodada do Brasil Open 2017, o brasileiro venceu o primeiro set por 6/4, mas perdeu os outros dois pelo mesmo placar e foi eliminado do torneio, outra vez de virada.

“O jogo foi de altos e baixos dos dois. Sabia que ia ser complicado, porque você não pode desperdiçar chances contra ele, porque ele luta por todos o pontos, é muito competitivo e experiente. Ele me quebrou no começo do segundo e o jogo ficou mais duro”, avaliou Monteiro. “Ele teve mérito porque se puxou e se manteve positivo o tempo todo, conseguindo levar o jogo para o lado dele. Depois disso, foi complicado ter de novo o controle da partida”, analisou Thiago Monteiro.

Outro derrotado nesta terça-feira foi Rogério Dutra Silva, que abriu a programação da quadra central do Esporte Clube Pinheiros nesta terça-feira, mas acabou se dando mal. O tenista foi eliminado do Brasil Open 2017 pelo italiano Alessandro Giannesi, que veio do qualifying, em sets diretos com parciais de 6/4 e 6/3.

“O resumo foram os break points. Tive muitos, estava jogando melhor, me sentia melhor na partida, mas não conseguia concluir, acontecia de tudo. Depois acabei colocando muito em dúvida taticamente como jogar, se eu subia ou não, ia para a bola ou não. Tive muitas dúvidas e isso me complicou muito”, avaliou Rogerinho, que não converteu 15 das 17 chances de quebra.

Na segunda-feira, o Brasil sofreu duas eliminações no torneio de simples. Vindo do qualifying, Guilherme Clezar não foi capaz de superar o argentino Guido Pella e foi derrotado por 6/2 e 6/3. Orlando Luz, de apenas 19 anos, fez sua primeira partida em um torneio da ATP e acabou sendo derrotado pelo português Gastão Elias por 6/2 e 7/5.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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