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Medina e Ítalo desabafam após ataques de tubarão

Reprodução/Twitter

Dois ataques de tubarão nas proximidades de Margaret River assustam oeste australiano. Gabriel Medina e Ítalo Ferreira cobram mais segurança.

No último domingo – segunda-feira na Austrália – dois ataques de tubarão nas proximidades de Margaret River, palco da terceira e última parada da perna australiana do Circuito Mundial de surfe, assustaram os atletas. Em suas páginas no Instagram, os brasileiros Gabriel Medina e Ítalo Ferreira cobraram mais segurança. O oeste australiano, onde ocorre a competição, é famoso pela presença de tubarões.

Primeiro brasileiro campeão mundial, Medina afirmou que não se sente seguro em treinar ou competir em locais como este. “Hoje tiveram dois ataques de tubarão numa praia próxima a que estamos competindo. Eu não me sinto seguro treinando e competindo nesse tipo de lugar, qualquer hora pode acontecer alguma coisa com um de nós. Espero que não. Deixando minha opinião antes que seja tarde! ✌️”, escreveu Gabriel.

Assim como Gabriel, o atual campeão de Bells Beach, Ítalo Ferreira também usou as redes sociais para comentar o caso. O potiguar questiona a insistência em ter etapas do Circuito Mundial em praias que têm tubarões. “Dois ataques de tubarão em menos de 24h aqui na Austrália, detalhe, apenas alguns Km de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso não acham? mesmo assim, continuam insistindo em fazer etapas onde o risco de ter esse tipo de acidente é 90% aí eu pergunto: a segurança dos atletas não é prioridade? Já tivemos vários alertas. A vida vai mais que isso ! Espero que não aconteça com nenhum de nós. Eu não me sinto confortável treinando e competindo em lugares assim!”

Os ataques aconteceram durante a competição feminina. O primeiro ataque ocorreu próximo a Gracetown, cerca de 15km do local de competição. De acordo com a imprensa local, a vítima foi o italiano Alejandro Travaglini, 37 anos, que mora em Margaret River. Ele foi mordido na perna, levado para o hospital de helicóptero e precisou ser submetido à cirurgia. O ocorrido paralisou a repescagem feminina ao final da terceira bateria.

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Horas mais tarde, um novo acidente resultou no encerramento do dia de competição ao final da terceira fase. Um free surfer dinamarquês de 41 anos foi mordido na perna em Cobblestones. A região estava com alerta devido ao ataque ocorrido mais cedo. A mordida do tubarão também ficou registrada na prancha do surfista. Uma carcaça de baleia foi encontrada pela manhã em uma praia na região e pode explicar em parte os acidentes.

O último ataque de tubarão durante uma competição do WCT ocorreu em 2016, em J-Bay, na África do Sul. A vítima foi o australiano tricampeão mundial, Mick Fanning (AUS). Na final da etapa, contra Julian Wilson (AUS), Fanning foi surpreendido pelo tubarão, lutou com ele e saiu ileso.

Em resposta aos comentários do surfistas, a World Surf League declarou que “continua avaliando a situação em Margaret River, onde houve dois incidentes com tubarões nas últimas 24h.  A liga acionou os protocolos estabelecidos de segurança e está reunindo todo as recentes informações que chegam para determinar o próximo passo. Continuaremos em contato com todos os envolvidos, principalmente com os surfistas, a segurança deles é nossa prioridade. A competição ficará interrompida até quarta (terça, dia 17 no Brasil) e todos os surfistas foram avisados para não surfar na área de risco. Estamos constantemente avaliando a situação, e teremos  novidades assim que possível”.

A etapa de Margaret River terá um intervalo, devido a uma baixa do mar, com próxima chamada apenas nesta terça-feira, à 20h (horário de Brasília). A competição está paralisada nas quartas de final feminina e terceira fase masculina. Ao todo, oito brasileiros seguem vivos na briga pelo título.

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