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Surfe

Conheça a surfista Tati West classificada para Tóquio 2020

Nascida em Porto Alegre e criada no Havaí, Tati West estará em Tóquio 2020: “eu tinha que escolher o Brasil”. Conheça a história da surfista!

Algumas palavras fogem da memória, é verdade, mas Tatiana Weston-Webb, a Tati West, se vira no português e no inglês. Nasceu no Brasil, mas foi criada no Havaí. Não teve dúvidas ao escolher o país natal e vai para a Olimpíada de Tóquio 2020 ao lado de Silvana Lima, Ítalo Ferreira e Gabriel Medina.

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“Eu nasci em Porto Alegre, mas eu cresci no Havaí. Em uma ilha chamada Kauai. Eu cresci entrando no mar todo dia e surfando. Então (surfar) pra mim foi algo que rolou porque era o estilo de vida de lá,” contou em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

“Eu comecei a competir só pra me divertir mesmo. Daí meus pais viram alguma coisa em mim, que era diferente. Gostava muito de competir. Eles viram que eu tinha uma chance grande de ser campeã mundial, talvez. Não sei. Eles estavam colocando muita fé em mim. Então por causa deles eu comecei a surfar e competir fazendo isso. E foi isso,” completou Tati West.

Aos 23 anos, a brasileira teve uma carreira meteórica na modalidade. Começou com a classificação em 2015 à elite do surfe feminino e, decidiu em 2018 na etapa do Brasil, anunciar a mudança de país. Antes, havaiana/americana. Hoje, oficialmente brasileira.

“A minha vida no surfe aconteceu muito rápido, eu cresci muito rápido e eu me tornei profissional muito mais rápido do que eu imaginava. Eu nunca tive que escolher um país antes de estar no tour. Então foi uma coisa que quando o Brasil chegou para mim e falou: ‘ah, a gente queria você no nosso time’. Eu pensei: ‘nossa, eu nem estou no nível que eu gostaria de estar pra ser campeã mundial, nem pensar de trocar time’. Eu só estava focando em melhorar o meu surfe,” relembra.

Não poderia ter dúvidas pensando nas raízes que tinha: “Quando a gente realmente pensou nisso. Eu falei: ‘nossa, eu nasci no Brasil, minha mãe é brasileira, meu pai é da Inglaterra e eu só cresci no Havaí’.”

“Claro que o Havaí formou a surfista que eu sou hoje, mas eu sentia muito no meu coração que eu tinha que escolher o Brasil, porque eu me sinto muito em casa quando eu venho aqui. Eu quero morar aqui no futuro e eu venho aqui desde criança. Eu passei muito tempo da minha vida aqui. Eu gosto muito e é um país que está no meu coração. Foi uma escolha muito fácil.”

Surfe na Olimpíada de Tóquio 2020

“2019 foi o nosso ano de se classificar para as Olimpíadas. Na verdade, pra gente competindo no tour a gente teve que finalizar o ano no top 8 para se classificar. Esse foi o meu objetivo o ano inteiro: ir bem no tour para se classificar.” O que aconteceu exatamente no dia 5 de novembro.

“Na minha vida eu nunca achei que o surfe ia estar nas Olimpíadas. Então, agora, que obviamente está (era meu sonho). E eu sou a primeira surfista brasileira. É um título gigante pra colocar na história e na minha carreira. Eu estou muito animada mesmo”, lembrou emocionada a já classificada para Tóquio 2020.

“Agora que está nas Olimpíadas eu acho que o surfe vai crescer mais ainda. O surfe já está crescendo sozinho, mas agora com isso está bombando. Especialmente aqui no Brasil. Eu acho que todo mundo está gostando muito de surfar e da vida do surfe, porque é muito saudável, muito bom pra mente. E é lindo de ver. E ter o surfe nas Olimpíadas vai fazer muita diferença pra nova geração”.

EXTRA! O que a Tati West mais gosta no Brasil? Tem comida favorita?

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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