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Surfe

Corrêa busca título paulista para deslanchar no Circuito Mundial

Marcos Corrêa tem apenas 23 anos e sonha com uma vaga no Championship Tour

Marcos Corrêa
Divulgação

Com apenas 23 anos de idade, o surfista de São Vicente, Marcos Corrêa quer entrar para a seleta galeria de campeões paulistas e depois deslanchar no Circuito Mundial, em busca da sonhada vaga no Championship Tour (CT). Ele é um dos destaques no Surf Trip Onbongo Pro Contest, nos dias 22 a 24 deste mês, na Praia Grande, em Ubatuba, campeonato que definirá o campeão estadual desta temporada e também vale pontos para o ranking da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).

“O Paulista é um título que todos atletas do Brasil buscam por sua importância, sua tradição, sua força. Vou em busca dessa conquista para depois seguir mais animado para o Circuito Mundial de 2020, começando pela Austrália, para buscar uma vaga no CT de 2021”, afirmou o atleta, que em 2015, foi destaque no Paulista, terminando na terceira colocação geral, com uma vitória em Maresias, São Sebastião.

Ele conta que gosta da onda da Praia Grande, Ubatuba, até por ser semelhante com o mar onde treina, na Praia do Itararé, em São Vicente. “É uma onda fácil, parece com a que eu surfo aqui. Fico feliz em ir para lá, vai ser muito bom, até para ganhar confiança”, ressalta o surfista, que este ano fez boas apresentações no QS, com o terceiro lugar no QS 3000 no Peru, e o 17º lugar QS 10000 na Espanha.

Em 2019, Marcos Corrêa fez somente a sua quarta temporada no Circuito Mundial e vem buscando seu lugar entre os grandes nomes. Antes de ser um vencedor nas ondas, ele já se superou a infância dura em São Vicente, quando morava em palafitas, em cima da água, mas bem longe das ondas, na comunidade México 70, que já foi uma das cinco maiores favelas do Continente, na divisa com Praia Grande.

Começou no surf aos 11 anos e como amador mostrou ter talento, sendo bicampeão júnior do Hang Loose Surf Attack, uma referência no surf de base, e também bicampeão no A Tribuna de Surf Colegial, ambos em 2012 e 2013. Nessa época, chegou a pensar em parar de surfar ao perder o patrocinador, mas hoje segue com boa estrutura.

“Pensei em desistir, mas vi o que já tinha conquistado. Naquele tempo nunca imaginei que ia viajar o Mundo, surfar com os melhores. Vivi em palafita e hoje minha casa é de bloco. Tenho uma estrutura boa dos meus patrocinadores, para seguir competindo e quero focar e chegar longe”, destaca o surfista.

O Surf Trip apresenta Onbongo Pro Contest Paulista de Surf terá R$ 30 mil de premiação e segue com inscrições abertas, agora liberadas também para atletas amadores.

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