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Surfe

Tatiana Weston-Webb foca ondas menores visando Tóquio 2020

Sem deixar o Circuito Mundial de surfe de lado, Tatiana Weston-Webb vai treinar com pranchas menores de olho na competição de Tóquio 2020

Tatiana Weston-Webb na etapa de Keramas, em 2018 (WSL/Divulgação)

A gaúcha-havaiana Tatiana Weston-Webb tem uma certeza para o próximo ano: uma das vagas do surfe feminino para Tóquio 2020 é dela. Sendo assim, a atleta já está se preparando e planejando como irá enfrentar as ondas japonesas.

“Toda a pressão vem agora. Eu posso conquistar o maior título que tem no surfe, que é a medalha de ouro olímpica. Estou super empolgada e será um ano muito cheio. A Olimpíada é o evento mais importante e estou focada nisso,” disse a principal surfista brasileira.

E a competição olímpica pede um foco diferente. Isso porque as ondas de Tóquio 2020 serão menores do que as que Tatiana Weston-Webb costuma enfrentar durante o Circuito Mundial. Uma prévia deste tipo de onda pôde ser experimentada no ISA Games, uma competição realizada no Japão nos moldes da competição olímpica e com um mar bem baixo.

“A participação no ISA Games foi bem legal, fiquei muito próxima do Time Brasil, foi uma coisa diferente. Nunca achei que seria assim uma Olimpíada, neste tipo de mar, e vou trabalhar bastante para chegar preparada em Tóquio. O ISA games deu um sentimento, um tipo de simulação de como será nos Jogos. Essa vaga já está conquistada. Foi bom estar lá para sentir as ondas”.

E cada vez mais à vontade falando em português e absorvendo a cultura brasileira, Tatiana Weston-Webb também está pegando o estilo nacional de surfar. Os brasileiros sempre foram conhecidos como merrequeiros, surfistas que ficam na parte rasa, com ondas pequenas. Muitas vezes usada de forma pejorativa, essa “habilidade” de surfar qualquer tipo de onda mostrou-se muito benéfica, preparando os brasileiros para qualquer tipo de onda. Independentemente do tamanho ou tipo de onda, os brasucas se viram e tiram o melhor da onda.

“Estou bem confiante nos dois tipos, maiores e menores. Eu estou buscando mais expressão nas ondas menores, coisa que os brasileiros fazem muito bem. Eu gosto muito de viver o momento, mas eu vou começar a treinar bastante em pranchas menores e vou treinar em ondas menores também”, completou a surfista.

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Tatiana Weston-Webb está muito empolgada com sua participação em Tóquio 2020, assim como está com a sua escolha em defender o Brasil. “Nunca tinha tido a chance de tomar essa decisão antes. No Circuito Mundial não te perguntam qual o seu país. O Brasil faz parte do meu coração, mãe brasileira, namorado brasileiro, e essa escolha mudou minha vida. Tenho novos patrocínios, o Comitê Brasileiro dá todo apoio e isso me deixa muito grata.”

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