Siga o OTD

Surfe

Três brasileiros seguem na disputa do título em Sydney

Os brasileiros Jadson André, Jessé Mendes e Tatiana Weston-Webb passaram para as quartas de final que vão abrir o domingo decisivo do Vissla Sydney Surf Pro na Austrália

@WSL / Ethan Smith

Os brasileiros Jadson André, Jessé Mendes, Tatiana Weston-Webb e o peruano Alonso Correa, venceram suas baterias no sábado de ondas de 2-3 pés em Manly Beach e seguem na disputa do título do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro, que serão decididos neste domingo na Austrália. Jadson não perde mais a liderança do ranking do WSL Qualifying Series e terá um duelo sul-americano com Alonso Correa, valendo a última vaga para as semifinais. Jessé Mendes disputa a segunda com o australiano Nicholas Squiers e a sua namorada, Tatiana Weston-Webb, enfrenta a australiana que lidera o QS feminino, Isabella Nichols.

As meninas abriram o sábado de ondas pequenas, mas com boa formação para manobras de borda e aéreas também, que os homens escolheram para arrancar as maiores notas do dia. A primeira bateria até animou a todos, pois entraram boas ondas para a australiana Keely Andrew atingir imbatíveis 16,76 pontos nas oitavas de final femininas, somando notas 8,83 e 7,93 nas duas melhores que surfou. A gaúcha Tatiana Weston-Webb entrou no quarto duelo do dia e começou bem, manobrando forte uma boa onda que valeu 8,33. Com ela, não teve dificuldades para ganhar o clássico do CT com Bronte Macaulay por 14,50 a 8,93.

Ela vai enfrentar Isabella Nichols na segunda quarta de final, que tirou a liderança do ranking da francesa Cannelle Bullard em Sydney. A australiana só conseguiu a classificação na última onda que pegou na sua bateria. Com a nota 5,33 recebida, virou para 13,26 a 12,73 o placar no duelo australiano com Sophie McCulloch. No domingo, a primeira vaga para as semifinais será disputada pela havaiana Malia Manuel e a australiana Keely Andrew. A segunda é a da brasileira, a terceira será entre a havaiana Alessa Quizon e a japonesa Sara Wakita, com a taitiana Vahine Fierro e a japonesa Mahina Maeda fechando as quartas de final.

A gaúcha Tatiana Weston-Webb era a única representante da América do Sul nas oitavas de final femininas. Na categoria masculina, foram seis disputando classificação no sábado e apenas metade avançou para as quartas de final. O recordista absoluto da sexta-feira, Thiago Camarão, não conseguiu pegar boas ondas na sua bateria e perdeu o primeiro confronto direto Brasil x Austrália, por uma pequena vantagem de 10,97 a 9,43 pontos para Nicholas Squiers.

PRIMEIRA VITÓRIA – Na disputa seguinte, o também paulista Jessé Mendes empatou esse placar em 1 a 1, somando duas notas na casa dos 6 pontos para despachar Jacob Willcox por 12,60 a 8,93. Mais um brasileiro entrou no mar após essa primeira vitória verde-amarela e o pernambucano Ian Gouveia não sobreviveu ao ataque aéreo do japonês Hiroto Ohhara. Nos voos mais “kamikazes”, ele fez os recordes do dia com as notas 8,77 e 8,50 que recebeu para totalizar 17,27 pontos, contra apenas 8,30 das duas computadas pelo brasileiro.

O australiano Matt Banting também acertou um aéreo que valeu nota 7,50 e acabou definindo a vitória sobre outro sul-americano, Marco Giorgi, por 13,73 a 12,36 pontos. O uruguaio ficou empatado em nono lugar no Vissla Sydney Surf Pro com os brasileiros Ian Gouveia e Thiago Camarão, todos marcando 1.550 pontos no ranking do WSL Qualifying Series. Os que passaram para as quartas de final, já garantiram um mínimo de 2.650 pontos.

GUERREIRO POTIGUAR – Só que a missão de Alonso não será fácil, pois terá um duro desafio contra o líder Jadson André. O potiguar começou fulminante a temporada 2019, decidindo os títulos das duas únicas etapas que competiu esse ano. Ele assumiu a ponta com a vitória na volta do Oi Hang Loose Pro Contest para Fernando de Noronha, na final com o catarinense Yago Dora. O segundo QS 6000 do ano também terminou com uma decisão brasileira em Newcastle no domingo passado, mas essa ele perdeu para o paulista Alex Ribeiro.

No sábado, Jadson André mostrou toda a sua garra característica de lutar até o fim nas baterias. Ele disputou a última do dia e o neozelandês Ricardo Christie começou melhor com nota 6,67. O potiguar entrou na briga com o 6,20 recebido na terceira onda que pegou. Seu oponente se manteve na ponta com um 5,50, que depois trocou por 6,63, deixando o brasileiro nas cordas. Mas, isso não é problema para ele, que seguiu tentando a vitória de todo jeito, até o último minuto, quando finalmente achou uma onda boa para mostrar o seu surfe e conseguir nota 7,77, virando o resultado para 13,97 a 13,30 pontos.

Mais em Surfe