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Impressões sobre os Jogos Pan-Americanos Lima 2019 – pt 1

Neste primeiro texto, aspectos gerais sobre a capital do Peru, o seu envolvimento com os Jogos e um panorama do Rugby Sevens neste contexto.

Foto: andina.pe

A capital do Peru recebeu a décima oitava edição dos Jogos Panamericanos, de 26 de Julho a 11 de Agosto. Organizado desde 1951, o “Pan” é uma celebração do esporte entre todos neste continente, nas três Américas: do Sul, Central e do Norte. O autor desta coluna esteve envolvido no projeto de Apresentação do Esporte em duas modalidades, Rugby Sevens e Hockey. Neste primeiro texto (de dois ao todo), algumas impressões gerais sobre o evento e, em específico, a modalidade da bola oval.

Em primeiro lugar, Lima é uma das principais e mais populosas cidades da América do Sul (e isso se reflete no trânsito), de uma economia forte, sólida e que experimenta considerável crescimento após anos de estagnação, haja vista o complexo cenário dos anos 1980 e 1990, quando os peruanos tiveram que conviver, por exemplo, com grupos terroristas. Politicamente ainda é conturbado, com um ex-presidente que há poucos meses cometeu suicídio. Chama a atenção a indústria do turismo naquele País, justificada pelas inúmeras atrações, quer seja pela história ou pela natureza: as montanhas dos Andes, a selva (Floresta Amazônica) e as praias. A oferta de serviços é bastante alta e os preços, relativamente baratos. Os Jogos se valeram disso, era comum ver cartazes e painéis alusivos ao evento, além de estações que vendiam ingressos e produtos licenciados. O frio foi um fator que surpreendeu. Com temperaturas que variavam entre a mínima de onze e a máxima de dezoito graus, a alta umidade relativa fazia a sensação térmica ser ainda mais baixa. Neste contexto que o Peru e sua cidade-capital, receberam o Pan pela primeira vez.

O Rugby Sevens teve como sede o complexo esportivo Andrés Avelino Cáceres, em Villa María del Triunfo, na grande Lima. Como analogia, este complexo está para o Pan assim como Deodoro esteve para a Rio 2016. No entanto era preciso planejar o acesso, horário e deslocamento devido ao tráfego intenso. A modalidade começou no dia da abertura dos Jogos, na sexta-feira dia 26 de Julho em um estádio bastante funcional, confortável e com capacidade para duas mil pessoas. Para quem pensava que o estádio não ficaria cheio, foi o contrário. O trabalho da Apresentação do Esporte consistiu em informar, entreter e engajar o público presente no estádio, em coordenação com a equipe de transmissão de vídeo dos Jogos, a de estatística, com os organizadores do evento esportivo (a federação internacional) e a de atrações culturais. A modalidade foi um grande sucesso dentro e fora de campo, com excelentes jogos e “casa cheia” em todas as sessões.

Na foto, Virgilio Franceschi Neto atuando junto à equipe de Apresentação do Esporte.

Com tudo isso, apesar da rapidez que foi o Rugby Sevens – começou na sexta dia 26 de Julho e terminou no domingo dia 28 de Julho, dia da Independência do Peru, bem antes do encerramento dos Jogos -, para muitos foi o termômetro e o prenúncio de como seriam os demais dias. Como, de fato, foram.

 

Virgílio Franceschi Neto é Radialista, Mestre em Gestão do Esporte pela Universidade de Lisboa e Bacharel em Relações Internacionais pela PUC-MG. Nas redes sociais, @virgiliofneto e no site virgilioneto.com.br

 

Créditos: andina.pe, José Romelo Langman e Virgílio Franceschi Neto

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