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Nory, Bia Ferreira e Calderano são os vencedores de 2019

O Prêmio Brasil Olímpico coroou o grande ano de Beatriz Ferreira, Hugo Calderano e Arthur Nory

O Prêmio Brasil Olímpico, o Oscar do esporte brasileiro aconteceu nesta terça-feira no auditório da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e coroou o ginasta Arthur Nory, medalha de ouro na barra fixa no Mundial de 2019, e a boxeadora Beatriz Ferreira, campeã mundial neste ano, respectivamente, como os melhores atletas do masculino e do feminino na temporada. Além disso, o mesa-tenista Hugo Calderano foi eleito o atleta da torcida, superando Flávia Saraiva, da ginástica artística, numa votação muito acirrada.

“Esse discurso vem sendo preparado há quatro anos. A edição de 2015 foi a primeira em que participei do Prêmio Brasil Olímpico e vi atletas sendo homenageados. Aquilo ficou martelando na minha cabeça, queria poder disputar um dia. A força que me move é que sou apaixonado pela ginástica, amo treinar e competir, além de sonhar muito alto, ter os meus objetivos e trabalhar muito para chegar onde quero. Quero ser o melhor não só no tablado, mas também na vida”, disse Arthur Nory ao receber o troféu. Ele teve como concorrentes Isaquias Queiroz, que depois de vencer o prêmio em 2015, 2016 e  2018, buscava o tetracampeonato, e o surfista Gabriel Medina, que tenta esta semana o tri mundial no Havaí, última etapa da temporada.

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Isaquias Queiroz chegou credenciado por ter ganho uma medalha de ouro e uma de bronze no Mundial de canoagem velocidade, mas fez a diferença a favor de Arthur Nory o ineditismo da conquista. Foi a primeira vez que um brasileiro sagrou-se campeão mundial na barra fixa. Para o ginasta, inclusive, a conquista do Prêmio Brasil Olímpico serviu para coroar o melhor ano de sua vida. 

“Eu sofri com lesões e cirurgias em 2017 e em 2018. Mas em 2019 eu trabalhei muito em busca do meu sonho que era ser campeão mundial”, afirmou Arthur Nory, que agora busca repetir o feito em 2020 na Olimpíada de Tóquio. “Vou treinar muito para isso. Meu foco vão ser meus dois melhores aparelhos: a barra fixa e o solo, em que ganhei o bronze na Olimpíada do Rio”, afirmou.

(Foto: Ricardo Bufolin)

No feminino, a vencedora foi Beatriz Ferreira, campeã mundial de boxe na categoria até 60kg. Para conquistar o Prêmio Brasil Olímpico, ela superou adversárias de peso e que também estiveram no topo do mundo em 2019: Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, que ganhou o prêmio em 2018, e  a esgrimista Natalie Moellhausen. 

“Esse ano foi incrível, estou realizada. Mas Tóquio 2020 está logo ali, pretendo conseguir esse feito lá (medalha olímpica). Quero agradecer a todos que me ajudam, já que sozinha não chegaria a lugar algum. E acreditem em mim porque vou representar bem o Brasil em Tóquio”, afirmou a boxeadora.

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A disputa entre as mulheres foi muito acirrada. Todas as candidatas tinham motivos de sobra para levar o prêmio. Beatriz Ferreira e Nathalie Moellhausen conquistaram títulos inéditos para o Brasil. A primeira foi campeã mundial de boxe e a segunda de esgrima. O que fez a diferença a favor da pugilista foi a consistência de resultados. De 2017 a 2019, ela só não foi ao pódio uma vez.

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“Não tenho de cabeça não quantas vezes eu subi no pódio, mas foi bastante”, brincou Bia, que, além do título mundial, foi medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos.

Consistência também não faltou à Ana Marcela Cunha, que ganhou o Prêmio Brasil Olímpico em 2018, mas, apesar dela ter subido no pódio em praticamente todas as competições internacionais que disputou no ano, falhou justamente na prova olímpica da maratona aquática, os 10km, prova em que ficou em quinto lugar no Mundial. Este fato pode ter sido preponderante para que ela não levasse o troféu para casa pelo segundo ano seguido, mas não tira o brilho da temporada de 2019 vivida por ela. Entre tantas conquistas, ela foi campeã mundial dos 5km e dos 10km e levou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos. 

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Já Hugo Calderano foi eleito atleta da torcida numa disputa apertada com a ginasta Flávia Saraiva. Sexto colocado no ranking mundial do tênis de mesa, o atleta largou na frente desde o começo da votação, mas, uma campanha feita pela torcida do Flamengo, clube da ginasta, por pouco não fez ela virar o placar. Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Ana Sátila (canoagem slalom), Bruno Rezende (vôlei), Ítalo Ferreira (surfe), Mayra Aguiar (judô), Nathalie Moelhausen (esgrima), Paulo André (atletismo) e Pedro Barros (skate) foram os outros concorrentes da votação.

O mesatenista não pode comparecer ao evento já que disputa as finais do Circuito Mundial da ITTF, a partir desta quinta-feira, 12, em Zhenghou (China), mas enviou uma mensagem que foi exibida no telão do auditório. “Esse prêmio é de todos os atletas e fãs do tênis de mesa no Brasil e também de todos os nossos amigos familiares que aprenderam a gostar do nosso esporte. Muito obrigado a todos que votaram todos os dias nas últimas semanas. Eu tenho muito orgulho de ter sido escolhido por vocês e é uma grande honra representar o tênis de mesa no Brasil”, disse Calderano.

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Para completar a lista de vencedores, Renan Dal Zotto, do vôlei masculino, e Mateus Alves, da seleção brasileira de boxe, que foram premiados como os melhores técnicos do ano. O primeiro foi campeão da Copa do Mundo e garantiu a vaga olímpica para a seleção masculina, enquanto Mateus foi um dos grandes responsáveis pela medalha de ouro de Beatriz Ferreira e a de bronze de Hebert de Souza no Mundial de boxe.

(Foto: Ricardo Bufolin)

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O Prêmio Brasil Olímpico também premiou os melhores de cada modalidade em 2019. Conheça os vencedores: 

Atletismo: Darlan Romani

Badminton: Ygor Coelho

Basquete 5X5: Erika Souza

Basquete 3X3: Jefferson Socas

Beisebol: Rodrigo Takahashi

Boxe: Beatriz Ferreira

Canoagem Slalom: Ana Satila

Canoagem Velocidade: Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX Freestyle: Cauan Madona

Ciclismo BMX Racing: Paôla Reis

Ciclismo Estrada: Magno Nazaret

Ciclismo Mountain Bike: Henrique Avancini

Ciclismo Pista: Daniela Lionço – Wellyda Rodrigues

Desportos Na Neve: Michel Macedo

Desportos No Gelo: Nicole Silveira

Escalada Esportiva: Cesar Grosso

Esgrima: Nathalie Moellhausen

Futebol: Alisson Becker

Ginástica Artística: Arthur Nory

Ginástica Rítmica: Bárbara Domingos

Ginástica Trampolim: Camilla Gomes

Golfe: Alexandre Rocha

Handebol: Eduarda Amorim

Hipismo Adestramento: João Paulo dos Santos

Hipismo CCE: Carlos Eduardo Parro

Hipismo Saltos: Marlon Zanotelli

Hóquei Sobre Grama e Indoor: Mayara Eiko Ugochi Fedrizzi

Judô: Mayra Aguiar

Karatê: Valéria Kumizaki

Levantamento de Pesos: Fernando Reis

Maratona Aquática: Ana Marcela Cunha

Nado Artístico: Luisa Borges

Natação: Bruno Fratus

Pentatlo Moderno: Iêda Guimarães

Polo Aquático: Gustavo Guimarães

Remo: Pau Vela Maggi – Xavier Vela Maggi

Rugby : Rafaela Zanellato

Saltos Ornamentais: Isaac Souza – Kaique Kauan De Morais Alves

Skate: Pamela Rosa

Softbol: Mayra Sayumi Akamine

Surf: Gabriel Medina

Taekwondo: Milena Titoneli

Tênis: João Menezes

Tênis de Mesa: Hugo Calderano

Tiro com Arco: Marcus Vinicius D’Almeida

Tiro Esportivo: Leonardo Lustoza

Triathlon: Luisa Baptista

Vela: Kahena Kunze – Martine Grael

Vôlei de Praia: Agatha Rippel – Eduarda Lisboa

Voleibol: Bruno Rezende

Wrestling: Lais Nunes

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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