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Polo Aquático

A evolução de Viviane Bahia até virar capitã da seleção

Do início sem muita pretensão até o ápice na Rio-2016. Viviane Bahia teve uma trajetória de evolução dentro do polo aquático

Viviane Bahia em ação pela seleção de polo aquático feminino
Viviane Bahia em ação pela seleção de polo aquático feminino (Facebook/vivisbahia)

“Acho que tive sorte”. Certamente não foi só por isso que Viviane Bahia se tornou uma das principais atletas brasileiras de polo aquático. Hoje capitã da seleção, a atleta foi evoluindo dentro da modalidade.

E a sorte veio de uma combinação de escolhas de Viviane Bahia ao longo da carreira. Mas tudo começou de uma forma meio despretensiosa. “Eu sempre fiz natação, desde me conheço por gente, e sempre gostei muito de esportes na água”, disse a atleta, em uma live no instagram da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).

O início

Só que para sair da natação e mudar para o polo aquático, Viviane teve que acabar mudando de cidade. “Quando me mudei pra São Paulo com meus pais, eu entrei para a equipe de natação do Paineiras, que é um clube forte no nado sincronizado. Mas enquanto eu fazia a minha aulinha, tinha o nado e o polo também ao lado, e o polo aquático era legal de assistir. E eu queria competir, no final decidi pelo polo.”

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Rapidamente, Viviane chamou atenção e entrou para a seleção júnior do Brasil. Mas o Paineiras do Morumby não tinha uma equipe para a atleta seguir competindo. O jeito foi mudar para outro clube paulistano.

“Assim que entrei na seleção júnior, eu mudei para o Pinheiros, que tinha uma equipe de polo aquático para eu seguir treinando. Pouco tempo depois eu já fui para a seleção principal.”

O mundo é o limite

Foi então que uma oportunidade surgiu. Destaque na seleção e no Pinheiros, Viviane Bahia foi indicada para integrar a Universidade do Arizona. “A equipe precisava de uma marcadora. Uma amiga acabou me indicando, o técnico gostou, entrou em contato e eu fui para lá.”

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A primeira experiência fora de casa moldou a jovem atleta. “No Brasil sempre tem aquela coisa, ou você estuda ou é atleta. Mas nos Estados Unidos é o contrário, lá você estuda para ser um atleta melhor. Por isso eles são uma potência.”

Mais experiente e com mais consciência, Viviane Bahia viu o esporte lhe dar outra oportunidade de crescer ainda mais e vivenciar outra cultura.

Mudança total

Convidada para jogar no Bordeaux, a atleta não pensou duas vezes em jogar na França. Contudo, a função era totalmente outra. Durante toda a carreira, Viviane tinha sido marcadora, mas o técnico a queria em outra função.

“Eu era muito focada em defender, eu era muito marcadora. Então eu sempre tive o pensamento de defender. Mas quando cheguei na França, o técnico falou pra eu ser chutadora. Eu nunca tinha tido esse papel na vida.”

Desafio dado, desafio aceito. Em suas duas primeiras temporadas, Viviane Bahia teve um destaque enorme no ataque. “Essa mudança aumentou muita confiança dentro do polo aquático. Mostrou que eu soube acatar o papel e fazer o que o time precisava. Me desenvolvi no ataque e como pessoa.”

Viviane Bahia e as companheiras de seleção de polo aquático feminino na Rio-2016
Seleção de polo aquático feminino na Rio-2016 (Facebook/vivisbahia)

O ápice

Todo atleta sonha com uma olimpíada, e com Viviane não foi diferente. Mas o sonho foi realizado na Rio-2016. “Nossa, foi incrível, tenho nem palavras para descrever. É realmente é isso. É um sonho. É o ápice, foi o momento mais especial da minha vida. O que eu senti eu não consigo descrever.”

Só que a capitã da seleção também destaca outro momento inesquecível na carreira. “O bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima foi muito especial. Mostrou que a gente tem um grupo muito unido e forte”.

O sonho para Tóquio 2020 já acabou. Mas a seleção de polo aquático feminina quer manter o grupo unido para buscar uma classificação para Paris 2024.

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