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Tubarão Clodoaldo Silva aposta em surpresas na Paralimpíada

Vem surpresas por aí! É nisso que aposta Clodoaldo Silva quando o assunto é a Paralimpíada de Tóquio 2020

Clodoaldo Silva, o Tubarão da natação, aposta em surpresas na Paralimpíada de Tóquio 2020
Clodoaldo Silva, o Tubarão - (Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

Com a Paralimpíada de Tóquio 2020 adiada, é bem possível que surpresas aconteçam. É nisso que aposta Clodoaldo Silva, o Tubarão, lenda paralímpica na natação.

“Se lembrarmos dos últimos Jogos Paralímpicos, um ano antes surgiram novos nomes que não eram cotados para a disputa de medalhas. Por que isso não pode acontecer agora, com esse prazo estendido?”, questiona o Tubarão, em entrevista à TV Brasil. “E a garotada, que chegaria com pouca experiência em Tóquio, vai ganhar um ano de competições internacionais e teremos surpresas em 2021”,aposta.

Na Paralimpíada de 2004, em Atenas, Clodoaldo Silva conquistou seis medalhas e entrou para o Hall da Fama brasileiro. Analista do esporte, Clodoaldo elogia o adiamento dos Jogos de Tóquio e prevê benefícios para os atletas paralímpicos, em especial.

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Clodoaldo foi favorável ao adiamento da Paralimpíada de Tóquio 2020, em especial para os atletas com deficiência. “A grande maioria está em grupos de risco e seria perigoso manter os Jogos para o mês de agosto. Além disso, nenhum atleta, nem os convencionais, estaria nas melhores condições para os Jogos. Ninguém está treinando como deveria. Foi uma decisão difícil, mas acertada”, comentou.

Natação no Brasil

O Brasil celebrou o Dia da Natação em 8 de abril. É uma data representativa, pois nessa modalidade o país conquistou 14 medalhas olímpicas, tem representantes no Hall da Fama Internacional e multicampeões e recordistas olímpicos e paralímpicos. Desses, um é Clodoaldo Silva, o Tubarão.

Clodoaldo Silva, o Tubarão da natação, aposta em surpresas na Paralimpíada de Tóquio 2020
São Paulo – O atleta paralímpico, Clodoaldo Silva, participa da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, no São Paulo Expo.(Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Dia da Natação foi criado para ajudar a promover a modalidade, que além dos muitos campeões, chama atenção pelos efeitos benéficos que traz para a saúde. Em números, só é menos praticada no Brasil que o futebol, o vôlei e o tênis de mesa. Ela chegou ao Brasil em 1897 e no ano seguinte já foi disputado o primeiro Campeonato Brasileiro.

Nos Jogos Olímpicos, a estreia brasileira na natação foi nos Jogos de Antuérpia, em 1920, com Orlando Amêndola e Ângelo Gammaro. Em 1932, em Los Angeles, Maria Lenk, aos 17 anos, tornou-se a primeira mulher sul-americana a competir numa edição dos Jogos. Ela também esteve em 1936 em Berlim, quando numa prova do nado peito introduziu a braçada do nado borboleta, que teria surgido ali. Atualmente, temos 14 medalhas olímpicas, ficando atrás do judô (22), da vela (18) e do atletismo (17).

Na natação dos Jogos Paralímpicos, o Brasil soma 102 medalhas, sendo a segunda modalidade que mais medalhas deu ao país, ficando atrás apenas do Atletismo, com 142. Entre os grandes campeões, nomes como Daniel Dias, o maior medalhista da natação paralímpica mundial e detentor do Prêmio Laureus de 2008, o Oscar do Esporte. Daniel sempre lembra que Clodoaldo foi sua referência na natação.

+ Daniel Dias apoia adiamento: ‘Seriam os Jogos mais injustos’

“Celebrar o Dia da Natação, para mim, é motivo de orgulho, pois foi através desse esporte que comecei minha fisioterapia de recuperação da paralisia cerebral, lá em Natal, onde nasci”, diz Clodoaldo, que agora em fevereiro completou 41 anos. “Graças à natação, participei de cinco paralimpíadas, ganhei 14 medalhas e bati seis recordes mundiais. Então fico muito feliz nesse dia, porque se a natação tem sua história como modalidade esportiva, ela também é muito importante na recuperação de muitas pessoas com deficiência”, completa o Tubarão paralímpico.

Além das conquistas olímpicas e paralímpicas, a natação brasileira tem história marcante nos Mundiais – com destaque para Ana Marcela Cunha – e tem três representantes no Hall da Fama Internacional: Maria Lenk, Gustavo Borges e Marcus Mattioli.

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