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Álvaro Filho e Petrúcio: paraibanos com muito em comum

Sotaque, chapéu e trajetória campeã: o jogador de vôlei de praia Álvaro Filho e o velocista paralímpico Petrúcio Ferreira dividem muito mais do que a terra natal

Sotaque, chapéu e trajetória campeã: Álvaro Filho e Petrúcio Ferreira dividem muito mais do que só a Paraíba. O atleta de vôlei de praia nasceu na capital João Pessoa, já o velocista paralímpico em São José do Brejo do Cruz. Recentemente, nas conquistas do Mundial de Atletismo realizado em Dubai, Petrúcio adotou uma nova comemoração. Antiga tradição de Álvaro Filho. Assista ao vídeo!

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“Meu chapéu? Eu sou uma pessoa muito enraizada. Meu pai era vaqueiro. Meu pai é quem me pediu pra usar o chapéu de couro. O pessoal fala que é o chapéu de cangaceiro, mas, na verdade, aquele chapéu é o chapéu de vaqueiro. Que é o pessoal que vive na roça, pessoal trabalhar mesmo, do sertão da Paraíba. Não só da Paraíba, mas do nordeste inteiro. Isso pra proteger o sol, porque o sol é realmente de rachar a cabeça. Ele me pediu isso em 2011 e eu uso desde 2011 o chapéu de couro e é uma forma que eu tenho de honrar meu pai e levar a bandeira do nordeste pra onde eu for,” conta Álvaro Filho.

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Os paraibanos se conhecem. Petrúcio já sabia da comemoração do amigo e se inspirou. Colocou o chapéu na bagagem. Quando questionado, Álvaro Filho nem precisou que terminasse a pergunta: “Petrúcio! Ele é demais.”

E ainda terminou contando as conquistas: “O homem mais rápido do mundo. Exatamente. O paralímpico mais rápido do mundo. Estava conversando com ele, inclusive, no Campeonato Mundial agora. Mandando mensagem pra ele. Fiquei muito feliz porque ele conseguiu os objetivos dele. Bateu dois recordes, que é uma coisa impressionante. Que eu acredito que já eram dele. Ele bateu o próprio recorde. A gente fica feliz porque o Brasil precisa de ídolos e eu acho que o Petrúcio é um ídolo forte, já é campeão paralímpico, vai em busca da segunda medalha dele”.

Sobre a comemoração multiplicada e o chapéu, Álvaro já logo emenda: “Então eu desejo tudo de bom pro Petrúcio, que ele continue – assim como eu desde 2011 – levando a bandeira da Paraíba e do Nordeste para onde ele for”.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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