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Completando 80 anos, Pacaembu não vive só de futebol

O complexo esportivo, que já foi palco dos Jogos Pan-Americanos de 1963, é normalmente aberto para os paulistanos se exercitarem, mas hoje atua no combate ao coronavírus

Completando 80 anos, Pacaembu não vive só de futebol e ajuda no combate ao coronavírus
Pacaembu foi concedido para a iniciativa privada no início deste ano (Foto: Divulgação/Prefeitura de SP)

Não é só de futebol que vive o Pacaembu. Completando 80 anos nesta segunda-feira (27), o complexo esportivo localizado na Zona Oeste de São Paulo já abrigou os Jogos Pan-Americanos de 1963 e fica aberto ao público em tempos normais. Hoje, porém, deixa os esportes momentaneamente para ajudar na luta contra o coronavírus.

Jogos Pan-Americanos de 1963

O Pacaembu se notabilizou por ser palco de grandes competições e conquistas de times paulistas de futebol. Entre os capítulos da história de oito décadas, o estádio abrigou os jogos na Copa de 1950, as despedidas de Romário e Ronaldo da seleção brasileira e as conquistas da Libertadores da América por Santos (2011) e Corinthians (2012). Sua história, porém, não se resume ao futebol.

Em 1963, o complexo foi um dos principais locais dos Jogos Pan-Americanos de São Paulo. A abertura aconteceu no estádio e recebeu mais de 50 mil pessoas. Além disso, recebeu as disputas de atletismo, boxe, futebol, judô, lutas, natação e parte das provas de hipismo.

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Na edição, o Brasil conquistou 14 medalhas de ouro, 20 de prata e 18 bronze, arrebatando o segundo lugar no quadro geral. Essa foi isolada a melhor participação do país em Jogos Pan-Americanos até o ano passado, quando os brasileiros repetiram o feito e terminaram a edição de Lima, no Peru, na vice-liderança.

Aberto aos paulistanos

Pacaembu é aberto para a população paulistana (Foto: Divulgação/Prefeitura de SP)

Mesmo com a administração concedida à iniciativa privada no início deste ano, o complexo esportivo segue aberto para o público em geral. É possível fazer diversas aulas que vão do futsal, vôlei e natação até pilates, alongamento e aeróbio. Qualquer pessoa que tem residência na capital paulista pode usufruir da maioria das instalações, basta fazer uma carteirinha.

Veja a estrutura do complexo:

  • piscina olímpica aquecida com arquibancada para 2.500 pessoas
  • ginásio poliesportivo coberto com capacidade para abrigar 2200 espectadores
  • ginásio de saibro coberto com assento para 800 pessoas
  • quadra externa de tênis com arquibancada para 1.500 pessoas
  • quadra poliesportiva externa com iluminação;
  • 3 espaços para caminhada com 500, 600 e 860m;
  • 2 salas de ginástica

Mais concorridos, o ginásio poliesportivo, o ginásio de saibro coberto, a quadra de tênis descoberta e o campo de futebol precisam de uma autorização da Secretaria Municipal de Esportes, mediante a pagamento. Algumas aulas gratuitas e com hora marcada acontecem nesses locais.

Ajuda no combate ao coronavírus

Além do estádio, o complexo esportivo, que já foi palco dos Jogos Pan-Americanos de 1963, é aberto aos paulistanos e, hoje, atua no combate ao coronavírus
Hospital de campanha montado no Estádio do Pacaembu (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Nas últimas semanas, entretanto, o Pacaembu deixou de ser palco dos esportes e passou a ajudar no combate ao coronavírus. A cidade de São Paulo vem se provando como o epicentro da pandemia no país. Um hospital de campanha, administrado pelo Hospital Albert Einstein e que tem como função principal liberar os leitos dos hospitais municipais para casos mais graves, foi montado no gramado do estádio.

+ Complexos esportivos na batalha contra a pandemia

De acordo com relatório emitido pela Prefeitura de São Paulo no último dia 26, o hospital de campanha do Pacaembu tem 132 pacientes internados em recuperação do coronavírus. Ao todo, mais de 210 pessoas receberam alta no local desde que ele foi inaugurado, no dia primeiro de abril.

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