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Handebol

Querendo Tóquio 2020, Seleção de handebol foca no Pan

Depois de comemorar a nona colocação no Mundial de Handebol, a Seleção já pensa na vaga para Tóquio 2020, que pode ser conquistada no Pan de Lima, neste ano.

Foto: Cbhb/Divulgação

Pela primeira vez na história do Mundial de handebol, o Brasil chegou à segunda fase para garantir a nona colocação no torneio. O feito inédito está longe de ser sorte. É fruto de uma somatória de esforços – acreditam os protagonistas da proeza. Isso porque, a história desse resultado começou ainda em 2011. Depois de perder no Pan-Americano daquele ano e ficar fora da Olimpíada de Londres, o grupo focou no ciclo olímpico de 2016. Dois anos mais tarde, veio a primeira oitavas final no Mundial. Dessa vez, a marca única. “Agora, estamos começando a colher frutos”, acredita Guilherme Valadão.

“O diferencial do grupo é o trabalho da equipe a longo prazo e a qualidade dos jogadores que vem a sete, oito anos, treinando na Seleção”, destaca o atleta, que foi MVP do duelo contra a Coreia no Mundial. Seus colegas de equipe fazem coro à fala. “A diferença foi a continuidade do trabalho que estamos fazendo, a quantidade de jogadores na Europa também tem um peso muito grande e sem dúvidas a mentalidade do grupo de fazer história”, avalia Haniel.

A Seleção Brasileira deixou a cidade de Colônia, na Alemanha, com 212 gols convertidos. E agora, depois de comemorar o ótimo resultado, o grupo já volta seu foco aos Jogos Pan-Americanos. O objetivo final é a ida aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Nesses próximos cinco meses, o foco total é priorizar a preparação para os jogos Pan-Americanos”, afirma Zeba. Depois de cinco mundiais dentro de quadra, pela primeira vez, ele atuou fora dela, como coordenador de seleções da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol).

Foto: Cbhb/Divulgação

HERMANOS, PERO NO MUCHO

Em solos peruanos, em julho, o principal desafio brasileiro em busca de uma vaga olímpica deve ser a Argentina. O time dos hermanos, que já protagonizou duros confrontos com os brasileiros, entra em quadra como um dos favoritos. “A gente sabe que os jogos contra a Argentina são sempre muito duros. Eles têm um plantel e um treinador muito bom”, avalia Zeba. A disputa continental, por sua vez, dá apenas uma vaga para Tóquio. “Se não rolar, a gente poderia ir para um pré-olímpico depois, onde seria mais complicado enfrentar os europeus”, destaca.

Se durante o Mundial, o Brasil procurou não olhar para trás, agora, o time vai precisar entender onde errou em busca de melhores resultados. “Vamos ter que ver o que foi mal feito contra a Argentina no último Pan, o que foi bem feito, o que mudou. Analisar tudo isso, conseguir ter um resultado melhor e ter a vaga na Olimpíada”, destacou Valadão

Borges acredita que será preciso concentração e muito foco para que o Brasil mantenha o resultado positivo nas competições. “ A gente sempre fala que, para o Brasil, vai ser difícil. Não importa em qual grupo a gente caia, não importa qual grupo estamos: seria difícil”, analisa atleta. “Temos que manter um trabalho muito forte até lá e fazer nosso melhor jogo da vida, porque, com certeza, vai ser como uma final”.

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