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Os Olímpicos

E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje? – Dia 7

Mais uma medalha no judô em dia de tricampeonatos de Riner e MacLennan.

Beatriz-Souza

O Olimpíada Todo Dia e Os Olímpicos seguem com o quadro “E se os Jogos Olímpicos de Tóquio Fossem hoje?”. Chegamos ao sétimo dia de competições no Japão. A sexta-feira (31) contaria com 21 finais.

Confira como foram os outros dias nos links: Dia 1, Dia 2, Dia 3, Dia 4, Dia 5 e Dia 6.

Medalha no peso pesado do judô

O último dia de disputas individuais do judô é dos pesos pesados. A primeira final é do acima de 78kg feminino, categoria que o Brasil tem uma bela disputa pela vaga. Maria Suelen Althemann, duas vezes prata em Mundiais e duas participações olímpicas, tem pela frente Beatriz Souza, que aos 22 anos quer a vaga. A disputa é boa e a vaga só será definida perto dos Jogos. E eu acho que a vaga fica com a Beatriz. Mas seja quem for, há uma boa chance de medalha, mas o caminho não é fácil.

Talvez a grande barreira seja a cubana Idalys Ortiz. Líder do ranking mundial e dona de oito medalhas mundiais e três olímpicas, incluindo o ouro em Londres, Ortiz tem um retrospecto amplamente favorável contra as brasileiras. A vaga japonesa é de Akira Sone, campeã mundial de 2019, que tirou a vaga de Sarah Asahina, campeã mundial em 2018. Além destas, a brasileira classificada terá pela frente a azeri Iryna Kindzerska, a turca Kayra Sayit e a bósnia Larisa Ceric.

Meu pódio:

  • Ouro – Akira Sona (JPN)
  • Prata – Idalys Ortiz (CUB)
  • Bronzes – Beatriz Souza (BRA) e Larisa Ceric (BIH)

O tricampeonato de Riner

Um dos maiores atletas da atualidade, o francês Teddy Riner ainda chega como favorito ao ouro em Tóquio. Bicampeão olímpico e octacampeão mundial da categoria acima de 100kg masculino. Riner ficou de setembro de 2010 a fevereiro de 2020 sem perder uma única luta, contabilizando 154 vitórias seguidas. Ele pode não ter voltado ao domínio que tinha, mas até os Jogos, com certeza levará o ouro. O checo Lukas Krpalek foi ouro no Rio na categoria abaixo, subiu de classe e já se sagrou campeão mundial em 2019. Fez duas lutas duras contra Riner em 2019. O japonês Hisayoshi Harasawa é outro que pode pegar pódio, assim como o neerlandês Roy Meyer, o israelense Or Sasson e o brasileiro Rafael Silva, que busca sua 3ª medalha olímpica.

Meu pódio:

  • Ouro – Teddy Riner (FRA)
  • Prata – Lukas Krpalek (CZE)
  • Bronzes – Hisayoshi Harasawa (JPN) e Or Sasson (ISR)

Mais uma dobradinha chinesa no tênis de mesa

Uma das competições mais difíceis do mundo é com certeza a seletiva olímpica de tênis de mesa da China. São tantos nomes bons, que quem conseguir passar por essa provação chega no Jogos Olímpicos como favorito absoluto ao ouro. Fan Zhendong, Xu Xin, Ma Long e Lin Gaoyuan são os favoritos às três vagas para os jogos, mas apenas dois competem no individual masculino. Minhas fichas vão para Fan Zhendong e Ma Long.

Ma Long é o atual tricampeão mundial e campeão olímpico. Ídolo do esporte, tem tudo para se tornar o primeiro bicampeão olímpica da história. O que pega será a disputa do bronze. A aposta da casa é o jovem Tomokazu Harimoto de apenas 17 anos. O sul-coreano Lee Sang-su, o espetacular alemão Timo Boll, o sueco vice campeão mundial Mattias Falck e o brasileiro Hugo Calderano também entram no bolo.

Meu pódio:

  • Ouro – Ma Long (CHN)
  • Prata – Fan Zhendong (CHN)
  • Bronze – Tomokazu Harimoto (JPN)

Disputas acirradas no BMX

A disputa do BMX masculino vai ser sensacional. Os neerlandeses Niek Kimmann, campeão mundial em 2015 e líder do ranking mundial, e Twan Van Gendt, atual campeão mundial, são fortes concorrentes, assim como a armada francesa, que contará com Sylvain André, campeão mundial em 2018, e Joris Daudet, campeão mundial em 2016. Vale mencionar os americanos Connor Fields, ouro no Rio, e Corben Sharrah, campeão mundial em 2017, o colombiano Carlos Ramirez, o suíço David Graf e porque não os brasileiros Anderson Ezequiel, bronze no Mundial de 2018, e Renato Rezende.

Meu pódio:

  • Ouro – Niek Kimmann (HOL)
  • Prata – Joris Daudet (FRA)
  • Bronze – Connor Fields (EUA)

Na disputa do BMX feminino, a briga deve ficar entre a neerlandesa Laura Smulders, campeã mundial em 2018 e líder do ranking mundial, e americana Alise Willoughby (ex-Post), ouro nos Mundiais de 2017 e 2019. Além delas, é bom mencionar a irmã de Laura, Merel Smulders, a dinamarquesa Simone Christensen, a australiana Saya Sakakibara e a americana Felicia Stancil. Bicampeã olímpica e tricampeã mundial, a colombiana Mariana Pajon ainda está entre as melhores do mundo e pode beliscar um pódio.

Meu pódio:

  • Ouro – Alise Willoughby (EUA)
  • Prata – Laura Smulders (HOL)
  • Bronze – Mariana Pajon (COL)

Russos com um ótimo dia na piscina

A primeira final da natação do dia será os 200m peito feminino, onde novamente teremos uma disputa entre a americana Lilly King e a russa Yulia Efimova. A russa é tricampeã mundial, enquanto King nunca ganhou uma medalha nesta prova. Só que no Mundial de 2019, King nadou demais nas eliminatórias e a disputa entre as duas prometia, mas a americana acabou desclassificada por um erro na chegada. Correm por fora pelo bronze a sul-africana Tatjana Schoenmaker, as canadenses Sydney Pickrem e Kelsey Wog e a americana Annie Lazor.

Meu pódio:

  • Ouro – Yulia Efimova (RUS)
  • Prata – Lilly King (EUA)
  • Bronze – Annie Lazor (EUA)

A final seguinte é os 200m costas masculino, onde espera-se uma bel disputa entre o americano Ryan Murphy, ouro no Rio, e o russo Evgeny Rylov, atual bicampeão mundial. O australiano Mitch Larkin, o japonês Ryosuke Irie, o polonês Radolaw Kawecki e o americano Jacob Pebley também tem boas chances de pódio. Vale ressaltar que os Estados Unidos venceram as seis últimas Olimpíadas com seis nadadores diferentes.

Meu pódio:

  • Ouro – Evgeny Rylov (RUS)
  • Prata – Ryan Murphy (EUA)
  • Bronze – Ryosuke Irie (JPN)

O bi de Simone Manuel

Os 100m livre feminino foram sensacionais no Rio de Janeiro, com o empate entre a americana Simone Manuel e a canadense Penny Oleksiak. Depois disso, Manuel venceu os Mundiais de 2017 e 2019 e desponta como favorita pro bicampeonato, enquanto Oleksiak não tem se mostrado uma grande nadadora em provas individuais, mas tem ajudado muito o Canadá nos revezamentos. A australiana Cate Campbell está mordida com a péssima atuação que teve no Rio, mas vale mesmo ficar de olho na sueca Sarah Sjöström. A australiana Emma McKeon, a canadense Taylor Ruck e as neerlandesas Femke Heemskerk e Ranomi Kromowidjojo correm por fora.

Meu pódio:

  • Ouro – Simone Manuel (EUA)
  • Prata – Cate Campbell (AUS)
  • Bronze – Sarah Sjöström (SWE)

O ouro dos 200m medley masculino deve ficar com os donos da casa, mais precisamente com o japonês Daiya Seto, campeão mundial em 2019 com 1:56.14. Seto chegou, inclusive, a marcar 1:55.55 em janeiro deste ano. Tentando manter a sequência de vitórias (Michael Phelps venceu nos quatro Jogos anteriores), os Estados Unidos contam com Chase Kalisz, bronze no último Mundial. O suíço Jeremy Desplanches, o alemão Philip Heintz, os chineses Wang Shun e Qin Haiyang e o britânico Duncan Scott vem na sequência.

Meu pódio:

  • Ouro – Daiya Seto (JPN)
  • Prata – Chase Kalisz (EUA)
  • Bronze – Wang Shun (CHN)

E começa o atletismo!

O primeiro dia de competições do atletismo é basicamente formado por eliminatórias, mas teremos uma única final fechando o dia, os 10.000m masculino. O britânico Mo Farah venceu em Londres e no Rio e levou os Mundiais de 2013, 2015 e 2017, mas com sua aposentadoria, o título deve voltar pra África. Joshua Cheptegei, de Uganda, venceu no Mundial de 2019 de Doha, seguido do etíope Yomif Kejelcha, que deve ter como companheiro de equipe Hagos Gebrhiwet, especializado nos 5.000m. Do Quênia, o principal nome da atualidade é Rhonex Kipruto, bronze em Doha. Poucos podem quebrar o domínio africano. Entre eles o canadense Mohammed Ahmed, o americano Lopez Lomong e o italiano Yemaneberhan Crippa. Mas curiosamente todos nasceram na África.

Meu pódio:

  • Ouro – Yomif Kejelcha (ETH)
  • Prata – Joshua Cheptegei (UGA)
  • Bronze – Rhonex Kipruto (KEN)

Dia dos barcos pra 1..

Abrindo o último dia do remo, o single skiff feminino deve ter como vencedora a irlandesa nascida na Letônia Sanita Puspure, atual bicampeã mundial. Ela sobrou nos dois mundiais, vencendo em 2019 com mais de três segundo de vantagem e em 2018 por quase seis segundos. Outras que brigam por medalha são a neozelandesa Emma Twigg, a suíça Jeannine Gmelin, campeã mundial em 2017, a austríaca Magdalena Lobnig e a britânica Victoria Thornley.

Meu pódio:

  • Ouro – Sanita Puspure (IRL)
  • Prata – Jeannine Gmelin (SUI)
  • Bronze – Emma Twigg (NZL)

Devemos ter uma belíssima disputa no single skiff masculino, assim como ocorreu no Mundial de 2019, quando a diferença do campeão pro 5º foi de praticamente um segundo. O alemão Oliver Zeidler venceu, seguido do dinamarquês Sverri Sandberg Nielsen e do norueguês Kjetil Borch, campeão mundial em 2018. Mas fique de olho no lituano Mindaugas Griskonis e no veteraníssimo checo Ondrej Synek, que já subiu três vezes ao pódio olímpico e 11 vezes ao mundial.

Meu pódio:

  • Ouro – Kjetil Borch (NOR)
  • Prata – Oliver Zeidler (GER)
  • Bronze – Ondrej Synek (CZE)

…e dos barcos pra 8 (na verdade 9)

Apesar da tradição americana no remo, os únicos ouros olímpicos femininos dos Estados Unidos vieram no Oito com feminino. As americanas venceram nas três últimas edições, dominando a prova por muitos anos inclusive em Mundiais, mas as coisas começaram a mudar em 2017, quando nem sequer subiram ao pódio do Mundial, vencido pela Romênia. Em 2018, as americanas voltaram ao topo, mas em 2019 caíram pro bronze. A vitória no ano passado ficou com a nova potência do remo feminino, a Nova Zelândia, que deve chegar como favorita nesta belíssima prova que contará apenas com 7 barcos. Austrália, Canadá e Romênia também entram na briga.

Meu pódio:

  • Ouro – Nova Zelândia
  • Prata – Estados Unidos
  • Bronze – Austrália

Fechando o programa do remo, o Oito com masculino, que deve ser mais uma bela prova. Desde a vitória britânica no Rio-2016, a Alemanha ficou com os três títulos mundiais seguidos. O timoneiro Martin Sauer já liderou os alemães em seis títulos mundiais e no ouro olímpico de Londres. A Grã-Bretanha, que vem com uma equipe totalmente diferente da campeã no Rio, Países Baixos e Austrália devem ficar com as outras medalhas.

Meu pódio:

  • Ouro – Alemanha
  • Prata – Grã-Bretanha
  • Bronze – Austrália

Todos os tops também nas duplas

A primeira final do tênis será a de duplas masculinas. Já é tradição olímpica os melhores jogadores individuais também disputarem as duplas e medalharem. Foi o caso do Roger Federer, ouro em Pequim, e de Rafael Nadal, ouro no Rio. Podemos ter também Novak Djokovic, Dominic Thiem e Alexander Zverev na chave de duplas. Mas jamais deixem os grandes duplistas de fora da briga, como os colombianos Robert Farah/Juan Sebastian Cabal, os alemães Kevin Krawietz/Andreas Mies, os franceses Nicolas Mahut/Pierre-Hugues Herbert, os croatas Mate Pavic/Ivan Dodig e os brasileiros Marcelo Melo/Bruno Soares. É muito difícil prever esta prova, pois as duplas mudam constantemente. Por isso vou colocar apenas países.

Meu pódio:

  • Ouro – Colômbia
  • Prata – Espanha
  • Bronze – França

Ucraniana boa na mira

Nesta sexta-feira, teremos no tiro apenas a prova da pistola 25m feminina. A ucraniana Olena Kostevych tem três medalhas olímpicas sendo um bronze nesta prova e é a atual campeã mundial e líder do ranking. A grega Anna Korakaki foi ouro no Rio e continua em boa fase. Boas apostas pra prova são as sul-coreanas Kim Minjung e Kim Jangmi, a chinesa Zhang Jingjing, a alemã Doreen Vennekamp e a russa Vitalina Batsarashkina. Uma boa pedida também é a húngara Veronika Major, que venceu duas e foi prata em outra etapa da Copa do Mundo de 2019.

Meu pódio:

  • Ouro – Olena Kostevych (UKR)
  • Prata – Anna Korakaki (GRE)
  • Bronze – Veronika Major (HUN)

Coreia no topo! De novo!

As sul-coreanas são favoritas absolutas no individual feminino do tiro com arco. Desde Los Angeles-1984, a Coreia do Sul só não ficou com o ouro no feminino em Pequim-2008, apesar do retrospecto em Mundiais não ser exatamente o melhor, já que o último título de uma coreana ser de 2009. Ainda assim, Kang Chae-young é a favorita, apesar da equipe coreana ainda não estar totalmente definida. Suas compatriotas Choi Misun e An San, a taiwanesa Tan Ya-ting, a russa Ksenia Perova e a indiana Deepika Kumari são as mais cotadas para o pódio individual.

Meu pódio:

  • Ouro – Kang Chae-young (KOR)
  • Prata – Ksenia Perova (RUS)
  • Bronze – Tan Ya-ting (TPE)

Checo fecha com ouro no slalom

A última disputa da canoagem slalom é o K1 masculino. O time checo é muito forte, mas apenas um pode competir em Tóquio. Provável que a vaga fique com Jiri Prskavec, bicampeão mundial e bronze no Rio. O veterano esloveno Peter Kauzer foi prata no Rio, já venceu duas vezes o título mundial também e deve fazer sua despedida olímpica em Tóquio, mas ainda segue em altíssimo nível, vindo do 2º lugar geral da Copa do Mundo de 2019. De olho também no britânica Joe Clarke, ouro no Rio, no espanhol David Llorente, no alemão Hannes Aigner e no francês Boris Neveu.

Meu pódio:

  • Ouro – Jiri Prskavec (CZE)
  • Prata – Peter Kauzer (SLO)
  • Bronze – Hannes Aigner (GER)

Domínio asiático no badminton

Os asiáticos são a potência do badminton e devem completar o pódio da primeira prova que será definida, as duplas mistas. Os chineses Zhang Siwei e Huang Yaqiong lideram o ranking e são os atuais bicampeões mundiais e são os favoritos, assim como seus compatriotas Wang Yilyu e Huang Dongping. Os tailandeses Dechapol Puavaranukroh e Sapsiree Taerattanachai estão em 3º no ranking e foram prata no Mundial de 2019. Os malaios Chan Peng Soon e Goh Liu Ying foram prata no Rio e são a única dupla remanescente do último pódio olímpico. Os únicos não asiáticos que podem quebrar esse domínio são os britânicos Marcus Ellis e Lauren Smith.

Meu pódio:

  • Ouro – Zheng Siwei/Huang Yaqiong (CHN)
  • Prata – Dechapol Puavaranukroh/Sapsiree Taerattanachai (THA)
  • Bronze – Yuta Watanabe/Arisa Higashino (JPN)

E só dá França na espada

A França domina a espada por equipes masculina. Eles ganharam nas últimas três disputas olímpicas, venceram 10 dos últimos 15 Mundiais e lideram o ranking mundial, apesar de só ter um atleta no top-10 individual. A Suíça venceu o Mundial de 2018 e é a atual vice-líder do ranking. A Itália é sempre uma forte concorrente em qualquer arma da esgrima. Hungria e Rússia também são fortes, mas no momento estão fora da zona de classificação olímpica.

Meu pódio:

  • Ouro – França
  • Prata – Itália
  • Bronze – Suíça

O tricampeonato de MacLennan

Na ginástica de trampolim feminina, vale ficar de olho na atual bicampeã olímpica, a canadense Rosie MacLennan. Ela também já faturou duas vezes o título mundial da prova e soma ao todo 18 medalhas em Mundiais, incluindo um bronze em 2019. Neste Mundial, tivemos uma interessante dobradinha japonesa com Hikaru Mori e Chisato Doihata, o que coloca o país com boas chances de faturar sua primeira medalha olímpica no trampolim acrobático. As chinesas são sempre uma aposta segura com Huang Yanfei e Zhu Xueying. De olho também na francesa Lea Labrousse e nas britânicas Laura Gallagher e Bryony Page, prata no Rio.

Meu pódio:

  • Ouro – Rosie MacLennan (CAN)
  • Prata – Hikaru Mori (JPN)
  • Bronze – Huang Yanfei (CHN)

Apos 133 finais, os Estados Unidos assumem a liderança do quadro de medalhas com 16 ouros e já passam das 50 medalhas no total. China com 15 vem em seguida e o Japão segue muito bem em casa com 10 ouros e 29 medalhas. Austrália com 9 e Rússia com 7 vem na sequência.

O Brasil, com o bronze no judô, chega a 12 medalhas em 7 dias.

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