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Tóquio 2020

E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje? – Dia 6

Mais duas medalhas brasileiras das mulheres no 6º dia de disputas dos Jogos Olímpicos; 17 medalhas finais disputadas no dia

Ana Sátila e Mayra Aguiar levam o Brasil para 11 medalhas (montagem/instagram)

O Olimpíada Todo Dia e Os Olímpicos seguem com o quadro “E se os Jogos Olímpicos de Tóquio Fossem hoje?”. Chegamos ao sexto dia de competições no Japão. A quinta-feira (30) contaria com 17 finais emais ótimas chances para o Brasil em dia de Mayra Aguiar e Ana Sátila.

Confira como foram os outros dias nos links: Dia 1, Dia 2, Dia 3, Dia 4 e Dia 5.

A terceira medalha de Mayra Aguiar

Chegou o dia de Mayra Aguiar brilhar nos 78kg feminino no judô. Bronze nas duas últimas Olimpíadas, Mayra é até hoje a única brasileira com duas medalhas olímpicas em provas individuais e com esta terceira, se iguala à Fofão, única brasileira com três pódios olímpicos. A brasileira já subiu ao pódio seis vezes nesta prova em Mundiais, com dois ouros em 2014 e 2017.

+ Confira a projeção do OTD para Mayra Aguiar

Mas o trabalho da brasileira, claro, não será fácil. No caminho, as duas últimas campeãs mundiais, a japonesa Shori Hamada e a francesa Madeleine Malonga.

A vaga francesa ainda não está definida, mas pode ter também Fanny Estelle Posvite, 3ª do mundo, ou até Audrey Tcheumeo, prata no Rio. Também podem ir ao pódio a britânica Natalie Powell, a cubana Kaliema Antomarchi, a holandesa Guusje Steenhuis e a kosovar Loriana Kuka.

Meu pódio:

  • Ouro – Mayra Aguiar (BRA)
  • Prata – Madeleine Malonga (FRA)
  • Bronzes – Shori Hamada (JPN) e Natalie Powell (GBR)
O blog Os Olímpicos com o Olimpíada Todo Dia chega ao Dia 5 das projeções do E se os Jogos Olímpicos de Tóquio Fossem hoje?; com medalhas verde-amarelas Japão
E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje? No Japão, Mayra Aguiar finalmente levaria seu ouro (Wander Roberto/COB)

Mais aberta impossível

Já a categoria até 100kg masculino está bem aberta. Tivemos 11 diferentes campeões nos 11 últimos mundiais. O atual campeão é o português Jorge Fonseca, talvez a grande supresa do Mundial em Tóquio.

O georgiano Varlam Liparteliani, prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 nos 90kg, subiu de classe logo após a Olimpíada e ainda pegou duas pratas nos Mundiais de 2017 e 2018.

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O sul-coreano Cho Guham lidera o ranking mundial e foi ouro no Mundial de 2018. O japonês Aaron Wolf, o azeri Elmar Gasimov, prata no Rio, e o russo Niyaz Ilyasov são boas pedidas de pódio. O checo campeão do Rio Lukas Krpalek subiu de categoria.

Meu pódio:

  • Ouro – Varlam Liparteliani (GEO)
  • Prata – Aaron Wolf (JPN)
  • Bronzes – Jorge Fonseca (POR) e Elmar Gasimov (AZE)
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E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje? Varlam Liparteliani levaria o ouro na categoria mais aberta do judô (Instagram/varlamliparteliani)

Medalha brasileira nas corredeiras

A prova do C1 feminino faz sua estreia olímpica na canoagem slalom e tem como favoritíssima, assim como foi no K1, a australiana Jessica Fox. Tetracampeã mundial na prova, Fox chega em Tóquio aos 26 anos com duas medalhas olímpicas nas costas (lembrando que a terceira veio dias antes no K1!), 10 títulos mundiais ao todo e 24 vitórias em Copas do Mundo no C1!

A britânica Mallory Franklin foi campeã mundial em 2017 e forte concorrente ao pódio, assim como a atual campeã mundial, a alemã Andrea Herzog, a austríaca Nadine Weratschnig e a checa Tereza Fiserova. Mas nossa torcida é toda de Ana Sátila. Em sua 3ª Olimpíada, a brasileira vem muito bem, com presença constante em finais de Mundiais e Copas do Mundo. Esta é a prova dela. Confira o que Ana precisa fazer para levar essa medalha

Meu pódio:

  • Ouro – Jessica Fox (AUS)
  • Prata – Ana Sátila (BRA)
  • Bronze – Mallory Franklin (GBR)
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E se os Jogos Olímpicos fossem hoje? Ana Sátila surpreenderia e levaria uma medalha no Japão (arquivo)

Novo show de Simone Biles

Outra medalha barbada é a vitória da americana Simone Biles no individual geral feminino. Pentacampeã mundial do individual geral, Biles vai pro seu segundo ouro olímpico na prova e deve ganhar com tranquilidade. A última bicampeã olímpica foi Vera Caslavska, da Tchecoslováquia, em 1964 e 1968.

+ Simone Biles é capa da Vogue

Biles só teria uma remota chance de perder para a outra americana que pegar final. A equipe ainda não está definida, mas podemos colocar como opções Sunisa Lee, Grace McCallum ou Morgan Hurd.

Entram na briga pelo bronze a chinesa Tang Xijing, a russa Angelina Melnikova, a canadense Ellie Black, a belga Nina Derwael e as brasileiras Flávia Saraiva e Rebeca Andrade.

Confira uma análise da prova feita pela própria Flavinha clicando aqui

Meu pódio:

  • Ouro – Simone Biles (EUA)
  • Prata – Sunisa Lee (EUA)
  • Bronze – Angelina Melnikova (RUS)
E se os Jogos Olímpicos fossem Hoje? Simone Biles dá show no individual-geral no Japão (Crédito: AFP)

Americanos nadando de braçadas no quadro

A primeira final da natação na piscina desta quinta-feira é os 800m livre masculino, que faz sua estreia olímpica.

O italiano Gregorio Paltrinieri é o grande favorito vindo do título mundial em 2019, onde venceu com recorde europeu tranquilamente. Podemos até ter uma dobradinha italiana com Gabriele Detti, campeão mundial em 2017. O ucraniano Mykhailo Romanchuk também deve chegar bem, embora tenha mais chances nos 1.500m livre. O norueguês Henrik Christiansen, o francês David Aubry e o australiano Jack McLoughlin brigam por medalha.

Meu pódio:

  • Ouro – Gregorio Paltrinieri (ITA)
  • Prata – Henrik Christiansen (NOR)
  • Bronze – Gabriele Detti (ITA)
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E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem Hoje?? Na estreia dos 800m livre, Gregorio Paltrinieri levaria o ouro (instagram/gregoriopaltrinieri)

Na caça ao russo

Em seguida, a final dos 200m peito masculino, onde o russo Anton Chupkov, bronze no Rio, chega animado após a belíssima final do Mundial, onde venceu com recorde mundial de 2min06s12, seu segundo título mundial da prova.

Mas o australiano Matthew Wilson, que chegou a igualar o recorde mundial anterior na semifinal, vai vir pra cima do russo. Os donos da casa contam com Ippei Watanabe e Shoma Sato.

Brigam pelo bronze também o australiano Zac Stubblety-Cook, o cazaque campeão dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 Dmitriy Balandin e o americano Andrew Wilson.

Meu pódio:

  • Ouro – Anton Chupkov (RUS)
  • Prata – Matthew Wilson (AUS)
  • Bronze – Zac Stubblety-Cook (AUS)

Adeus, Jejum!

Uma americana não vence os 200m borboleta feminino numa Olimpíada desde Sydney-2000 e num Mundial desde 1991. E esse jejum deve acabar agora em Tóquio. Prata em 2019, Hali Flickinger já fez esse ano marca 0.67 melhor que o tempo da húngara Boglarka Kapas na final do mundial.

Mas ela terá ao seu lado sua compatriota Regan Smith, que tem voado no nado costas e no nado borboleta. Smith também já baixou este ano o tempo de Kapas.

Kapas terá trabalho dentro da sua seletiva húngara, pois tem Katinka Hosszu e Zsuzsanna Jakabos como adversárias. A alemã Franziska Hentke e a australiana Brianna Throssell correm por fora.

Meu pódio:

  • Ouro – Hali Flickinger (EUA)
  • Prata – Regan Smith (EUA)
  • Bronze – Katinka Hosszu (HUN)
E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem Hoje?? Hali Flickinger quebraria jejum dos EUA (Instagram/halifkickinger)

O destaque americano das águas

Se chegar com o que promete, será difícil alguém bater o americano Caeleb Dressel nos 100m livre masculino. No Mundial de 2019, quando levou o bicampeonato, ele venceu com 46s96, apenas 0s12 a frente do australiano Kyle Chalmers. Na Olimpíada de Tóquio, entretanto, Dressel deve chegar melhor ainda para ser o grande destaque da natação dos Jogos Olímpicos.

A briga pelo 3º lugar deve ficar entre o americano Zach Apple, os russos Vladislav Grinev e Vladimir Morozov e o brasileiro Marcelo Chierighini.

Meu pódio:

  • Ouro – Caeleb Dressel (EUA)
  • Prata – Kyle Chalmers (AUS)
  • Bronze – Zach Apple (EUA)
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Happy 4th 🇺🇸

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Final de arrepiar!

Para fechar o dia, um revezamento 4x200m livre feminino com fortes emoções no Japão.

No Mundial de 2019, tivemos uma disputa espetacular entre Austrália e Estados Unidos e as australianas se deram melhor por apenas 0s37, graças a provas incríveis de Ariarne Titmus abrindo e Emma McKeon fechando. Esta disputa deve se repetir em Tóquio e tudo pode acontecer. Titmus e McKeon de um lado e Ledecky do outro.

Canadá, China, Rússia e Hungria duelam pelo bronze.

Meu pódio:

  • Ouro – Estados Unidos
  • Prata – Austrália
  • Bronze – Canadá

Irmãos croatas brilham no remo

Mais quatro finais agitam a raia olímpica de remo. A primeira final do dia é o Dois Sem masculino. Campeões olímpicos no Rio no double skiff, os irmãos croatas Martin e Valent Sinkovic mudaram de classe e disparam no favoritismo desta prova. Bicampeões mundiais em 2018 e 2019, venceram praticamente tudo que disputaram nesta nova classe.

Quem dominava essa classe antes eram os neozelandesas Eric Murray e Hamish Bond. Murray se aposentou e Bond migrou pro Oito Com. Enquanto isso, seus substitutos na equipe neozelandesa Thomas Murray e Michael Brake estão bem e vem do vice mundial de 2019.

Outras boas duplas são os italianos Matteo Lodo e Giuseppe Vicino, os australianos Sam Hardy e Joshua Hicks e os irmãos franceses Valentin e Théophile Onfroy.

Meu pódio:

  • Ouro – Croácia
  • Prata – Itália
  • Bronze – Nova Zelândia
E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem Hoje?e? Irmãos croatas favoritos ao ouro no Japão (Instagram/sinkovicbrothers)

Domínio neozelandês

As neozelandesas Grace Prendergast e Kerri Gowler venceram o Dois Sem Feminino nos Mundiais de 2019 e 2017, além de uma prata no de 2018 e chegam como favoritas ao pódio no Japão. Elas e praticamente todo o time da Nova Zelândia.

As canadenses Caileigh Filmer e Hillary Janssens foram campeãs mundiais em 2018 e bronze em 2019 e entram na briga por medalha, assim como os barcos da Austrália, Espanha, Estados Unidos e Itália.

As britânicas Helen Glover e Heather Stanning são bicampeãs olímpicas da prova, mas se aposentaram após o ouro no Rio.

Meu pódio:

  • Ouro – Nova Zelândia
  • Prata – Canadá
  • Bronze – Estados Unidos
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E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem Hoje? Prendergast e Kerri Gowler virão com tudo para a Olimpíada do Japão (Instagram/graceprendergast2)

A Nova Zelândia chega forte em mais uma prova no dia, agora no double skiff peso leve feminino. Zoe McBride e Jackie Kiddle venceram o Mundial de 2019 e foram bronze em 2017.

Os Países Baixos chegam com Marieke Keijser e Ilse Paulis, esta última campeã da Olimpíada do Rio com outra parceira. Boas opções são as britânicas Emily Craig e Imogen Grant, as romenas Ionela-Livia Cozmiuc e Gianina Beleaga, além do barco dos Estados Unidos.

Meu pódio:

  • Ouro – Nova Zelândia
  • Prata – Países Baixos
  • Bronze – Romênia

Trevo de quatro skiffs

No double skiff peso leve masculino, a aposta fica com os irlandeses Fintan McCarthy e Paul O’Donovan, campeões mundiais de 2019. Paul competia com seu irmão Gary (foram prata no Rio), mas Gary optou em 2019 por competir no single skiff peso leve, prova que não é olímpica.

Os italianos Stefano Oppo e Pietro Ruta estão mordidos, vindos de três pratas seguidas em mundiais nesta prova. Outros barcos que brigam por medalha na Olimpíada do Japão são os da Alemanha, Noruega, Bélgica e Espanha.

Meu pódio:

  • Ouro – Irlanda
  • Prata – Itália
  • Bronze – Bélgica

Rússia e Itália na final na esgrima

Na esgrima, decisão do florete por equipes feminino deve ser entre Rússia e Itália.

Inna Deriglazova, praticamente imbatível em 2019, com apenas uma derrota, lidera o time russo campeão mundial em 2019 sobre a mesma Itália, que venceu quatro das cinco últimas disputas olímpicas. Esta prova não foi disputada na Olimpíada do Rio há quatro anos, e a final de Londres foi exatamente entre essas duas equipes.

Já a disputa do bronze deve ficar entre americanas e francesas.

Meu pódio:

  • Ouro – Itália
  • Prata – Rússia
  • Bronze – Estados Unidos

Nem sei quem é, mas são favoritas…

Apesar de ainda não sabermos quem serão as chinesas que disputarão a prova individual feminina do tênis de mesa, elas já são favoritas para se enfrentarem na final.

A disputa deve ficar entre Liu Shiwen, Chen Meng e Ding Ning, com leve vantagem para as duas primeiras, finalistas mundiais em 2019, apesar de Ding Ning defender o título olímpico.

Se tem alguém que pode estragar essa festa é Mima Ito, do Japão, que terá 20 anos nos Jogos. A taiwanesa Cheng I-Ching e Feng Tianwei, de Singapura, podem sonhar com um bronze.

Meu pódio:

  • Ouro – Chen Meng (CHN)
  • Prata – Liu Shiwen (CHN)
  • Bronze – Mima Ito (JPN)

Dia de alegria no tiro, mesmo nas disputas da fossa

Podemos ter uma medalha inédita na final da fossa olímpica feminina do tiro.

Alessandra Perilli, de San Marino, lidera o ranking mundial e pode buscar a primeira medalha olímpica da história de seu pequeno país.

A tarefa não será fácil.

A eslovaca Zuzana Stefecekova venceu o Mundial de 2018, mas praticamente não competiu em 2019. A Itália é sempre uma boa opção e provas de tiro ao prato e chega forte com Jessica Rossi, ouro em Londres-2012. De olho também na chinesa Wang Xiaojing, na finlandesa Satu Makela-Nummela, ouro na Olimpíada de Pequim-2008, na espanhola Fatima Galvez e na libanesa Ray Bassil, que também pode conquistar a primeira medalha da história de seu pais.

Meu pódio:

  • Ouro – Wang Xiaojing (CHN)
  • Prata – Alessandra Perilli (SMR)
  • Bronze – Jessica Rossi (ITA)

Líder do ranking fora da Olimpíada

Fechando o dia no Japão, a fossa olímpica masculina deve ter uma bela disputa entre o campeão da Olimpíada do Rio, o croata Josip Glasnovic, o espanhol Alberto Fernandez, campeão mundial de 2018, o britânico Matthew John Coward-Holley, o russo Alexey Alipov e o kuwaitiano Khaled Almudhaf.

Curiosamente, o líder do ranking mundial é o italiano Mauro De Filippis, mas a Itália não conseguiu vaga olímpica pra prova ainda e só terá uma única opção.

Meu pódio:

  • Ouro – Alberto Fernandez (ESP)
  • Prata – Josip Glasnovic (CRO)
  • Bronze – Alexey Alipov (RUS)

Resumo do dia 6 do E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje?

Com 112 provas disputadas até aqui, os Estados Unidos assumem a liderança do quadro com 14 ouros, graça a um bom dia na natação.

A China vem logo atrás com 13 ouros.

Austrália com 9, Japão com 8 e Coreia do Sul e Hungria com 6 vem na sequencia.

O Brasil chega a 11 medalhas, numa espetacular primeira semana dos Jogos.

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